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Lançada a plataforma Eosolar, uma parceria entre a UFMA e empresas privadas para o primeiro mapa digital sobre o potencial da energia eólica e solar no Maranhão
Foi lançada, na segunda-feira, 14, a plataforma Eosolar, em evento realizado no Business Center do Blue Tree Tower, na capital maranhense. O projeto teve início em agosto de 2020 e teve pesquisa executada pelo Instituto de Energia Elétrica (IEE) da UFMA, com investimentos da Equatorial Energia e Gera Maranhão, em parceria com a Agência Nacional de Energia (Aneel) e a empresa Camargo Schubert. A plataforma consiste no primeiro mapa digital interativo sobre o potencial de geração de energia eólica e solar do Estado do Maranhão, tendo a proposta de ser um meio fomentador para os investimentos elétricos e pesquisas acadêmicas.
As energias renováveis contribuem com a redução dos impactos ambientais e constituem o futuro da produção de eletricidade, tendo a capacidade de ser uma fonte natural que se regenera continuamente, sem intervenção humana. O projeto Eosolar, por meio dos estudos e pesquisas sobre a implementação de energia solar e eólica, visa também contribuir diretamente para a matriz de energia limpa no Brasil.
O projeto de pesquisa foi coordenado pela Universidade Federal do Maranhão e contou com tecnologia de ponta para a realização de medições. O reitor Natalino Salgado destacou a contribuição da ciência e da pesquisa para uma energia mais limpa. “A Universidade tem um Instituto de Energia Elétrica que trabalha com corpo docente extenso, na busca de nós ampliarmos a energia verde, uma luta constante no mundo. Esse é um processo que já estava desenhado e agora se acelera. A pesquisa envolve empresas e a Universidade, com nossos professores, pesquisadores, alunos da pós-graduação, com benefícios para toda sociedade. Focar, trabalhar, conduzir energia limpa é o futuro da humanidade”, expressou.
O professor Osvaldo Saavedra, um dos docentes envolvidos na execução da pesquisa, pontuou a metodologia inovadora, moderna, realizada com equipamentos de última geração que permitem, por exemplo, fazer a leitura do potencial eólico a grandes alturas. Além disso, o professor ponderou a importância desse projeto. “Nós podemos, neste momento, realizar uma avaliação do potencial mais saturado e mais econômico. O nosso estado não tinha um mapa eólico, nem solar. Por meio dessa parceria, foi possível tornar realidade esse mapa, cuja primeira versão a gente hoje. Essa conjunção, essa participação colaborativa entre empresas e Universidade é muito positiva, porque estamos trazendo a experiência da empresa para dentro da Universidade e, portanto, melhorando a capacitação e conhecimento prático dos nossos alunos, além de prepará-los para o mercado de trabalho”, ponderou.
O CEO do grupo Equatorial, Augusto Miranda, falou sobre a importante funcionalidade do mapa. “Esse mapa é inovador, interativo, permitindo ao investidor identificar o potencial de cada região, como escoar essa energia, e aí justamente se sente estimulado a fazer o devido investimento. Hoje o Estado do Maranhão, em termos de geração distribuída, é o quarto do Nordeste, mas tem todas as condições de andar a passos mais largos, e esse mapa, com certeza, vai nos ajudar a acelerar”, expressou.
Para o vice-governador do Maranhão, Carlos Brandão, esse trabalho criará mais empregos e investimentos no setor. “A gente precisava desse portfólio para que a pudéssemos atrair grandes investimentos, empresas, gerar emprego e gerar renda e modernizar a nossa energia”, pontuou.
O encontro contou com a presença de representantes das instituições fomentadoras e parceiras, entre eles a superintendente adjunta da Aneel, Carmen Sanches, e engenheiros e professores responsáveis pelo levantamento de dados. Além da apresentação da plataforma, foi entregue ao vice-governador um quadro com o mapa relativo aos dados coletados. A plataforma pode ser acessada pelo endereço eosolar.equatorialenergia.com.br.
Por: Alan Veras
Fotos: Sansão Hortegal
Revisão: Jáder Cavalcante