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Equipes da UFMA instalam torres micrometereológicas do projeto Eosolar, em Paulino Neves - MA
Foram instaladas, entre os dias 14 e 17 de setembro, em Paulino Neves – MA, as torres micrometereológicas do projeto Eosolar, desenvolvido pelo Instituto de Energia Elétrica (IEE) da UFMA, com investimento dos grupos Equatorial e Gera Maranhão, além de parceria da Fundação Sousândrade, Camargo Schubert Engenheiros Associados, Albitec Consultoria e Manutenção de Sistemas e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará. O projeto visa ao mapeamento e à avaliação do potencial para produção de energia eólica e solar do estado em diferentes escalas temporais e espaciais.
O Eosolar tem como produto um mapa eólico e solar com a perspectiva de ser um agente fomentador de investimentos da indústria de energias renováveis. Foi instalado um Light Detection and Raging (Lidar), sensor que, por meio de laser, faz cerca de vinte mil medições em apenas um segundo e consegue estimar a velocidade do vento em vinte níveis diferentes, em um espaço de 40 a 300 metros de altura; um Sonic Detection and Ranging (Sodar), que funciona como o Lidar, porém utiliza ondas sonoras no lugar de feixe de laser; e duas torres micrometereológicas, que são capazes de medir diferentes níveis de ventos com precisão e repetições muito altas, de variações de décimos de segundo até dias, meses e anos.
A instalação dos equipamentos foi realizada por professores do departamento de Engenharia Elétrica e do departamento de Engenharia da Computação, além de estudantes dessas graduações, do mestrado e do doutorado.
O pró-reitor da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização, Fernando Carvalho, comentou os resultados que esse projeto está proporcionando para a Universidade. “Para a UFMA, esse projeto está dando excelentes frutos, como desenvolvimento de teses, dissertações e monografias relacionadas ao tema e à interação entre a academia e a indústria por meio da criação, com a participação dos estudantes, de serviços e produtos inovadores que proporcionam melhorias para a sociedade”, afirmou.
Segundo o diretor da Gestão de Inovação e Serviços Tecnológicos da Ageufma, Shigeaki Lima, a área onde se fez a instalação já havia sido sondada; é uma área interessante para pesquisa, então foram instalados todos os equipamentos no local, que representam microtorres meteorológicas, que medem até 10 metros de altura, medem ainda a velocidade, direção do vento, umidade, pressão, temperatura, entre outros elementos, e os perfilhadores, Sodar e Lidar, que medem a velocidade e a direção do vento, que são informações importantes para a construção desse mapa.
“O mapa possui dois vieses: para a empresa financiadora, o projeto tem como produto o mapa eólico, já para nós, pesquisadores da área de geração de energia, juntamente com os pesquisadores da área meteorológica e oceanográficas, existem outros produtos, que são estudos relacionados à rugosidade do terreno, determinação de camadas limites, melhoria dos modelos meteorológicos, ou seja, assuntos bem específicos da área. Nesse viés, para a academia, acredito que teremos diversos estudos que virarão monografias, dissertações e teses relacionadas ao tema, o que fortalece ainda mais a UFMA, como conhecedora dessa área de geração de energia, por meio da fonte eólica. Nós estivemos no local com uma equipe, para instalarmos os equipamentos e deixarmos em operação. Já estamos recebendo as medições e, nesse ritmo, acredito que, em um prazo de seis meses, já teremos a primeira versão do mapa, uma versão 0, e com um ano, já teremos uma versão mais melhorada”, detalhou Shigeaki.
Por: Kelle Dias
Produção: Marcos Paulo Albuquerque
Revisão: Jáder Cavalcante