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Emoção e resistência: Festival Guarnicê celebra a força do cinema nacional e maranhense em noite memorável de premiação. Confira os premiados!
Com muita emoção e aplausos calorosos, chegou ao fim, na última quarta-feira, 6, a 48ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, promovido pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA). Reunindo realizadores, convidados, júris, patrocinadores e o público em geral, a noite de encerramento foi uma verdadeira celebração da arte e da diversidade que marcam o cinema nacional, com destaque para as produções e os talentos maranhenses.
Com o tema “Faz parte da nossa Natureza... respirar cinema”, o festival reafirmou sua vocação como um dos mais longevos e relevantes do país, ao apresentar 89 filmes e videoclipes em oito mostras competitivas, além de 15 jogos digitais na Mostra Guarnicê de Jogos — um espaço que valoriza as narrativas contemporâneas e interativas do audiovisual.
Promovido por meio da Diretoria de Assuntos Culturais (DAC) da Pró-Reitoria de Extensão e Cultura (Proec), o festival evidenciou, mais uma vez, a capacidade da Universidade de democratizar o acesso à cultura, valorizar a produção artística nacional e fortalecer laços com as comunidades locais.
Um Guarnicê inovador e transformador
“Nós estamos com um sentimento de dever cumprido, é mais uma edição do Guarnicê de Cinema que a Universidade realiza, que foi diferente, foi inovador. O Guarnicê que nós levamos para a sala de cinema, que nós criamos a Resenha Guarnicê, ou seja, atividades após as sessões dos filmes. Eu tenho certeza que a nossa gestão vai continuar trabalhando para que a gente possa realizar outros ‘Guarnicês’, cada vez melhor, que possa realmente levar a cultura, levar a extensão do nosso estado e da nossa Universidade”, declarou o reitor da UFMA, Fernando Carvalho, durante a cerimônia de encerramento.
A pró-reitora de Extensão e Cultura, Zefinha Bentivi, destacou a importância histórica do projeto: “Já dá pra sentir que foi um sucesso muito grande. O festival é o maior projeto de extensão, a gente chama de extensão cultural, que a Universidade desenvolve há 48 anos e vai ao encontro da sociedade, das comunidades, é o nosso papel democratizar o saber, democratizar a cultura”.
Para a diretora de Assuntos Culturais da UFMA, Roselis Barbosa, o Guarnicê é uma experiência de transformação: “Quando a gente sai do Festival Guarnicê de Cinema, a gente sai diferente, porque ele nos proporciona experiências e vivências que vão para a lei da exibição de filmes. É muito mais informação, é conexão, é troca. Então, tudo isso transforma o Festival nesse grande evento de audiovisual e de grande importância para o nosso estado”.
Cinema, território e memória: o impacto de Silêncio na Boaiada
Um dos momentos mais comoventes da noite foi a consagração do documentário “Silêncio na Boaiada”, premiado pelo júri popular como melhor curta-metragem maranhense. A obra retrata os efeitos da pandemia da covid-19 sobre o tradicional Bumba Meu Boi da Floresta de Mestre Apolônio, do quilombo urbano Liberdade, em São Luís.
A diretora Luiza Fernandes, emocionada, dedicou o prêmio à sua comunidade: “É a realização de um sonho. Eu sempre penso que construir junto é a forma mais interessante de se fazer uma imagem que traga a transformação. Então, eu tô muito feliz com esse prêmio, eu acredito que todos nós”.
Novos talentos, muitas conquistas
A jovem Vitória Campos foi um dos grandes destaques da edição, levando três troféus: melhor videoclipe da mostra universitária, melhor videoclipe por júri popular, com Bye, e melhor direção de arte na categoria curta-metragem maranhense, pelo filme Faro.
“Eu fiquei muito feliz e muito emocionada mesmo, porque eu não esperava, e foi muito bom. Eu já trabalho ativamente com audiovisual desde que eu iniciei a oficina na escola de cinema há dois anos. E isso é uma experiência incrível, porque é o que eu amo muito”, celebrou.
Outro nome celebrado foi o do cineasta Fábio Meira, que levou cinco troféus pelo filme MAMBEMBE, um projeto sonhado há mais de uma década: “É um filme, sobre um filme que eu tentei fazer há quinze anos. Então é o que eu comentei no começo. O meu primeiro festival foi o Guarnicê em 2005, há 20 anos. Então, voltar agora e ganhar cinco prêmios me deixou muito surpreso, estou muito feliz e estou muito agradecido”.

Música, cultura e celebração
A noite de encerramento também contou com apresentação da cantora Cecília Leite, que interpretou clássicos da música popular maranhense, além de uma performance artística que exaltou referências culturais do estado, emocionando o público do festival.
Festival Guarnicê na plataforma Itaú Cultural Play
Celebrando mais uma edição da parceria entre o festival e a plataforma Itaú Cultural Play. A partir desta quinta-feira, 7 de agosto, a plataforma (itauculturalplay.com.br) lança uma mostra especial com sete curtas e longas-metragens, entre maranhenses e nacionais, participantes desta edição do Guarnicê. Os filmes estarão disponíveis gratuitamente até o dia 23 de agosto, somando-se a um acervo de mais de 400 títulos brasileiros de diversos gêneros, formatos e épocas.
O Festival Guarnicê de Cinema é uma realização da Universidade Federal do Maranhão e do Ministério da Cultura, por meio da Lei Paulo Gustavo, com patrocínio do Banco do Nordeste, Governo Federal e Itaú.
Conta ainda com o apoio institucional da Assembleia Legislativa, Rede Nacional de Ensino e Pesquisa/Eduplay, Sesc, Fundação Sousândrade, Canal Brasil, Cardume, Itaú Cultural Play, São Luís Shopping, Louvre Magazine, Vallent Produções, TV UFMA, Rádio Universidade, Associação Maranhense de Desenvolvedores de Jogos (AMAGAMES) e Tudo Pronto Produções.
O Guarnicê se despede mais uma vez como símbolo de resistência e amor ao cinema, deixando no público o desejo de respirar, cada vez mais, a arte que transforma. Que venha a 49ª edição!
Confira a lista completa de vencedores da 48ª edição do Festival Guarnicê de Cinema, aqui!
Por: Ingrid Trindade
Fotos: Giovanna Carvalho, Ingrid Trindade e Festival Guarnicê
Revisão: Jáder Cavalcante