Reitor destaca crescimento da UFMA e diz acreditar em impulso para o ensino superior com novo governo

O reitor Natalino Salgado participou, nesta quinta-feira, 26, do quadro Bastidores, que vai ao ar de segunda a sexta no telejornal Bom Dia Mirante, apresentado pelos jornalistas Clóvis Cabalau e Vanessa Fonseca.

“Nós temos tido cortes desde 2014, mas, nos últimos cinco anos, tivemos um corte consubstancial que afetou consideravelmente a rede federal de ensino, o que comprometeu a assistência estudantil, as pesquisas, as infraestruturas dos laboratórios, além da manutenção predial dos centros e câmpus, e continuidade das obras que a Universidade estava desenvolvendo no processo de expansão”, afirmou o reitor ao responder à pergunta de Cabalau sobre os cortes orçamentários.

O reitor completou, ainda, enfatizando que, para fazer a gestão da Universidade, é necessário um “malabarismo” grande e implementar boas práticas de gestão para aprender a lidar com poucos recursos.

“Quando estávamos fazendo o planejamento da Universidade, fomos surpreendidos com a pandemia, que foi uma situação inesperada, porque comprometeu consubstancialmente o ensino e tivemos que nos reinventar. Logo no primeiro momento, fizemos uma paralisação de dois meses, e, logo em seguida, retomamos com um planejamento, realizamos pesquisas, conseguimos identificar que havia uma exclusão digital dos nossos alunos, então ofertamos tablets, chips de internet, criamos uma diretoria nova de tecnologia na educação, para capacitar estudantes e professores quanto ao uso das tecnologias em sala de aula e adotarmos um formato híbrido”, lembrou Natalino.

Ele também falou do investimento na área de Tecnologia da Informação, com aquisição de novos softwares, com um de anatomia para a área da saúde, no qual é possível simular diversas situações práticas e que servem de aprendizado para os estudantes da área. O reitor também destacou as parcerias que foram firmadas para retomar as obras. “Às vezes, as grandes dificuldades que temos são as empresas licitadas. A nossa biblioteca central, por exemplo, tem empenhado cinco milhões de reais há quatro anos e estamos na quarta empresa. Uma determinada construtora ganha a licitação, não dá continuidade, passa por uma questão judicial, ela é afastada do serviço, gerando uma defasagem, ocasionando uma nova licitação. Agora, por exemplo, com o apoio da bancada federal maranhense, que destinou recursos para a obra, estamos com uma nova, que começou há uma semana, e nosso objetivo é que finalizemos até o fim do ano”, detalhou o reitor.

Indagado sobre a retomada dos recursos suspensos, a ampliação das universidades públicas, e a perspectiva para este ano, o reitor afirmou que há uma percepção clara do compromisso do governo para investir em educação, como um princípio básico de cidadania e desenvolvimento do país. “Estivemos na posse de vários ministros, incluindo o da educação, que tem tido um discurso muito propositivo. Hoje, o Brasil tem um ministro muito qualificado que tem uma liderança política, foi ex-governador do Ceará, reeleito e que tem bons indicadores na área da educação e tem compromisso em atender às demandas da educação, que são bastante extensas”, disse Natalino.

Ao longo dos treze minutos de entrevista, o reitor também destacou a reforma do prédio do antigo SIOGE, que abrigará o curso de Arqueologia, a criação da EBSERH, para gerenciar os Hospitais Universitários, os investimentos na pesquisa, nas bolsas, e na assistência estudantil, o ensino EAD, o ensino remoto, a evasão estudantil por causa da pandemia de covid-19, entre outros assuntos.

Confira a entrevista na íntegra

  Por: Sansão Hortegal

Revisão: Jáder Cavalcante