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Diretoria de Acessibilidade da UFMA realiza I Encontro Interinstitucional de Tradutores e Intérpretes de Libras

publicado: 06/10/2022 08h40, última modificação: 06/10/2022 08h40
Em parceria com o Núcleo de Acessibilidade da Uema e CAS, o encontro foi realizado na terça-feira, 4, no Auditório Ribamar Carvalho, da UFMA
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A Diretoria de Acessibilidade (Daces) da Universidade Federal do Maranhão realizou, na manhã de ontem, 4, no Auditório Ribamar Carvalho, da Cidade Universitária Dom Delgado, o I Encontro Interinstitucional de Tradutores e Intérpretes de Libras, em parceria com o Núcleo de Acessibilidade (NAU) da Universidade Estadual do Maranhão (Uema) e o Centro de Ensino de Apoio à Pessoa com Surdez Professora Maria da Glória Costa Arcangeli (CAS). Com a temática “Tradutores Intérpretes de Libras de Sinais (tils)”, o evento teve por objetivo debater o papel desses profissionais como um agente de inclusão social e acessibilidade.

A mesa de abertura contou com a participação da diretora da Daces, Maria Nilza Oliveira Quixaba; da coordenadora do NAU, Marilda de Fátima Lopes Rosa; da gestora geral do CAS, Vanessa Lúcio Nascimento Coelho; e do professor de Língua Brasileira de Sinais (Libras) do NAU e tradutor e intérprete de Libras da Assembleia Legislativa do Estado do Maranhão, Ricardo Oliveira Barros. A palestra foi ministrada pela docente intérprete de Libras da Prefeitura Municipal de São José de Ribamar, Walquiria Pereira da Silva Dias, que também atua como intérprete de Libras na UFMA.

A palestrante abordou sobre o tema “Acessibilidade e Políticas Linguísticas: desdobramentos na atuação do tradutor e intérprete de libras-português”, em que um dos pontos discutidos foi o intérprete sob a perspectiva de uma acessibilidade política linguística, haja vista que esses profissionais são os responsáveis por tornar possível e acessível a comunicação entre pessoas de culturas e línguas diferentes.

Segundo a gestora geral do CAS, o encontro foi um momento para compartilhar experiências e, com isso, trazer novas metodologias, técnicas de tradução e interpretação, a fim de favorecer as atividades dos intérpretes de Libras. “A ocasião visou oportunizar técnicas, estratégias e metodologias aos mais novos profissionais dessa área, sobretudo ampliar um leque de formação e informação acerca dessa profissão, que é cheia de desafios”, enfatizou Vanessa Nascimento.

Outro ponto em questão é a interpretação do profissional tradutor e intérprete de Libras como um recurso humano de acessibilidade e inclusão social. “Esse profissional tem suas subjetividades e, quando lidam com elas, também precisam lidar com as questões das pessoas surdas. Assim sendo, estamos proporcionando esse espaço para pensar o que é relativo aos intérpretes e à sua subjetividade”, comentou o professor Ricardo Barros.

Os profissionais tils são indivíduos situados em contextos enunciativos construídos por meio do contato entre pessoas surdas e ouvintes. Na visão da tradutora e intérprete de Libras da Daces, Roselane Laiza Lima Martins, é fundamental proporcionar um espaço de discussão sobre os papéis que eles assumem para a promoção da acessibilidade e inclusão institucionais e, ainda, de como a subjetividade se constrói ou interfere com base nessas situações.

Na manhã do mesmo dia, também ocorreu a oficina “Surdos como clientes de serviços de interpretação”, ministrada por Louize Oliveira e Ricardo Barros, ambos do NAU, em que discutiram as posturas adequadas aos surdos diante de atendimentos realizados por tils; e a oficina “Interpretação direta: mapeando as principais dificuldades”, ministrada por Danielson Silva e Janaína Teles, ambos do CAS, que objetivou proporcionar ao tradutor e intérprete de Libras – Língua Portuguesa, momento de reflexão acerca da sua prática na interpretação direta, reconhecendo as limitações, a fim de traçar estratégias eficazes de melhoria.

Pela tarde, ocorreu a Oficina “Lexicografia acadêmica da Libras”, liderada por César Rafael Santos, da Pró-Reitoria de Ensino (Proen) da UFMA, em que o objetivo foi socializar terminologias comuns à academia, compreendendo esse espaço como área de conhecimento específico; e a oficina “Transcrição de literatura em Libras”, também liderada por Ricardo Barros, que partiu da ideia de transcrição proposta por Haroldo de Campos. Além disso, essa oficina visou oferecer uma oportunidade de experimentação da tradução de literatura da Libras para o português. No final, houve a roda de conversa “Resgate histórico dos Tils na ilha de São Luís”.

Saiba mais

No dia 26 de setembro, é comemorado o Dia Nacional do Surdo, data vista por toda a comunidade surda como momento de reflexão sobre as conquistas por direitos sociais e, ainda, sobre os desafios das pessoas surdas no Brasil. Já no dia 30 do mesmo mês, comemora-se o Dia Internacional do Surdo e Dia Internacional do Tradutor Intérprete de Línguas de Sinais.

Confira as fotos:

I Encontro Interinstitucional de Tradutores e Intérpretes de Libras

Por: Lucas Araújo

Produção: Bruna Castro

Fotografia: Bruno Goulart

Revisão: Jáder Cavalcante

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