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Colação de Grau do Centro de Ciências de Pinheiro consagra jornada de desafios superados

publicado: 15/03/2024 07h45, última modificação: 15/03/2024 07h45
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Mudar-se do Pará para a cidade de Pinheiro, no Maranhão, foi só o primeiro dos tantos desafios que Eduarda de Queiroz Pacheco teve de superar até chegar ao dia 7 de março e finalizar sua jornada no curso de Engenharia da Pesca, da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), com a tão sonhada colação de grau.

“Eu não sou daqui, sou do Pará, então eu tive algumas dificuldades no início, mas, graças a Deus, deu tudo certo, consegui concluir. Muito feliz por ter conseguido”, revelou a formanda Eduarda.

Outros noventa estudantes dos cursos de Educação Física, Enfermagem, Ciências Humanas – Filosofia, Ciências Humanas – História, Ciências Naturais – Biologia e Engenharia da Pesca também venceram suas dificuldades e participaram da cerimônia de colação de grau do Centro de Ciências de Pinheiro (CCPI), que foi presidida pelo reitor da UFMA, Fernando Carvalho.

“Este é um momento de comemoração dos nossos formandos. Nós estamos aqui prestigiando porque é importante. Também é o momento em que a Universidade entrega para a sociedade seus profissionais, formados com alta qualidade, cumprindo a missão da Universidade, de gerar recursos humanos para atender não só às empresas, mas também ao serviço público e a outros setores da sociedade”, declarou o reitor.

Para o diretor do CCPI, Alexandre Vitor de Lima, o que existe é um sentimento de satisfação com a conclusão de curso dos 91 discentes “Eu me sinto muito satisfeito de ter colocado no mercado de trabalho esses profissionais, que estão saindo daqui da enfermagem, da engenharia de pesca, da educação física, da filosofia, da história e da medicina, que também faz parte de nosso ciclo aqui. É uma conquista do Centro de Pinheiro e da Baixada Maranhense, que é tão carente desses profissionais”, pontuou Alexandre. 

Colação de Grau Campus Pinheiro 2023.2

Victor Bruno Soares de Souza refletiu sobre as recompensas depois de ter ultrapassado barreiras ao longo da graduação em enfermagem. “É muito complexo. É um sentimento de muita gratidão, mas também vem à minha mente o sentimento de cada pequena coisa, que eu que eu pensava que não era nada, durante a minha graduação, e hoje eu vejo que é muito importante. Eu fico feliz por ter ultrapassado barreiras e enfrentado dificuldades e desafios, e agora vem a recompensa de uma formação, de uma graduação, de uma porta se abrindo de muitas oportunidades que podem vir. É muito gratificante! Agradeço a Deus imensamente porque eu acho que, sem Ele, eu não teria chegado até aqui”, expressou o formando.

A jornada da graduação também foi abordada pelo paraninfo oficial, o professor Herikson Araujo Costa, do Curso de Educação Física, que iniciou seu discurso com a observação: “A gente quer chegar ao fim, mas a gente não valoriza o percurso”. Ao enumerar os desafios que a maioria enfrentou, até para chegar ao Câmpus, o paraninfo definiu os alunos como rebeldes. Rebeldes por desafiarem as circunstâncias para alcançarem o objetivo da educação superior.

“Vocês são rebeldes. Essa foi a palavra que encontrei para denominá-los. A busca pela educação é o maior ato de rebeldia que um cidadão nascido e criado em locais em que as oportunidades são escassas tem. Refiro-me, nesta fala, a regiões como a nossa, no interior do Maranhão, representado neste momento pela Baixada Maranhense”, ressaltou Herikson.

A formanda Eduarda, do início da reportagem, que chegou a Pinheiro sem conhecer nada nem ninguém, mostra a sua rebeldia mais um vez: agora, faz planos para alçar novos voos. “Não sei se vou voltar (para o estado de origem). Eu estou fazendo pós-graduação, pretendo fazer mestrado e onde eu arrumar emprego eu ‘tô’ indo”, afirma entre risos e um olhar cúmplice para mãe.

Carla de Queiroz, mãe da Eduarda, compartilhou os sentimentos que sentiu ao ver a filha sair para o mundo e a felicidade do momento. “Meu coração ficou muito apertado devido a ela não ter ninguém aqui. Ela veio com a cara, a coragem e fé em Deus, e deu tudo certo. Eu fico emocionada. Tive medo, angústia, um sentimento conflituoso, mas deu tudo certo, graças a Deus. Eu tô feliz”, concluiu, emocionada, a mãe da formanda.

Por: Ingrid Trindade

Fotos: Ingrid Trindade

Revisão: Jáder Cavalcante

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