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Celebração dos trinta e cinco anos do curso de Turismo relembra a história do bacharelado em exposição
Na manhã de terça-feira, 27, comemorou-se os 35 anos do curso de Turismo da UFMA, na data que também marca o Dia do Turismólogo. O evento foi realizado no Complexo Fábrica Santa Amélia. A programação foi iniciada com a exposição “Espaço memória do curso de Turismo”, que segundo Thays Pinho, coordenadora do curso, busca fazer um resgate histórico do curso desde o início, que passa pelo Centro de Ciências Sociais (CCSo) até a sua instalação na Fábrica Santa Amélia.
A aluna Milena Coelho, do sexto período de Turismo, ficou entusiasmada com o evento. “É a primeira vez que eu estou participando de um evento presencial, porque a gente teve vários outros eventos on-line e híbridos aqui na Fábrica. O professor Saulo Santos, secretário municipal de Turismo, veio participar, o que é muito importante por conta dos 35 anos de Turismo”, comentou.
Houve também uma palestra com o professor da UFMA e secretário municipal de Turismo de São Luís, Saulo Santos. Ele abordou sobre a “Gestão Pública e Turismo” em relação a sua experiência de gestão na Prefeitura. Ao final, foi cantado o parabéns ao curso.
O vice-reitor Marcos Fábio Belo Matos disse já ter uma experiência anterior com o curso de Turismo: “Fui professor da Faculdade São Luís, encontrei colegas que hoje são professores aqui. Eu gostaria de parabenizar os professores, técnicos e alunos, pois Turismo é um curso muito importante para o desenvolvimento do estado. Poucos estados tem potencial turístico tão grande quanto o nosso, mas ainda pouco desenvolvido”, relatou.
Criado em 1987 pela Resolução Nº 14/87 do Conselho Superior Universitário (Consun), o curso de Turismo oferece à sociedade a formação superior em nível de bacharelado. O curso foi instituído durante a gestão do reitor José Maria Cabral Marques com o objetivo de expandir a UFMA e, ao mesmo tempo, atender às novas demandas do mercado. Demonstrou seu pioneirismo ao fundar, em 1994, a Labotur Jr, primeira empresa júnior de Turismo do Brasil.
A professora Thays Pinho enfatizou a satisfação de fazer parte dos 35 anos do curso. “São 35 anos de muitas conquistas e temos ainda muitos desafios pela frente, então é um prazer enorme participar desse momento, que foi pensado com muito carinho e amor, além de ter a colaboração dos alunos e docentes. A gente fez um convite a toda comunidade, convidamos a reitoria e as pró-reitorias para poder estar aqui neste momento, então, esperamos um público significativo, principalmente dos cursos de Turismo e Hotelaria”, lembrou.
Inicialmente, vinculado aos Departamentos de Geografia e História, no turno vespertino, o curso enfrentou sérias dificuldades estruturais e físicas, pela ausência de suporte técnico, de acervo bibliográfico, de laboratórios especializados, tampouco de docentes com formação na área.
Em decorrência desse cenário de dificuldades, o curso deixou de ser ofertado nos anos de 1989 e 1990, e, somente em 1994, foi reconhecido, por meio da Portaria Nº 1.847, pelo então Ministério da Educação e do Desporto. Por quase duas décadas, o curso permaneceu no Departamento de História, no Centro de Ciências Humanas (CCH).
Em 2005, na gestão do reitor Fernando Ramos, foi criado o Departamento de Turismo e Hotelaria (Detuh), instalado no CCSo. O curso passou a funcionar no turno matutino e a ter um quadro docente formado na área e infraestrutura própria composta por acervo bibliográfico, periódicos, monografias e laboratório de informática.
Durante a primeira gestão do reitor Natalino Salgado, em 2009, foi iniciado, em parceria com Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o processo de restauração da Fábrica Santa Amélia, no Centro Histórico, para abrigar os cursos de Turismo e Hotelaria da UFMA.
Em 2018, o Detuh e os cursos migraram para a Fábrica, com o intuito de favorecer maior aproximação dos discentes e docentes com um dos principais produtos turísticos da cidade, o Centro Histórico, bem como a possibilidade de execução de projetos de pesquisa e extensão no entorno do complexo.
A professora Mônica Araújo foi a primeira professora do bacharelado com a formação em Turismo, e disse que a sua trajetória caminha em junto com o curso, pois ela também possui 35 anos de docência na Universidade, em que ressaltou um esforço coletivo dos professores, alunos e servidores tanto nas atividades de ensino, pesquisa e extensão, como no mercado de trabalho.
No curso de Turismo, existem, atualmente, sete grupos de pesquisa e cerca de dez projetos de extensão em andamento. A pesquisa, o ensino e a extensão são realizados de forma concomitante, com ênfase na formação humana do profissional de Turismo, ponderando sempre com o profissionalismo crítico e ético, sendo o primeiro curso de graduação da UFMA a ter em sua grade curricular a carga horária de extensão, por meio da Resolução 2.500/2022, que aprova o novo Projeto Político-Pedagógico do Curso.
A professora Marilene Sabino foi aluna da primeira turma de Turismo e afirmou optou pelo respectivo bacharelado enquanto já estava na graduação. “Fazia o curso de Engenharia Civil na Uema e quando o surgiu o curso de Turismo, eu pensei que era isso o que eu queria para minha vida, pois eu queria participar do desenvolvimento do Turismo no estado do Maranhão, que tem um potencial imenso e inesgotável, porque é um patrimônio cultural”, declarou.
O professor Anderson Lourenço afirmou que é fundamental que o curso de Turismo esteja localizado em áreas turísticas, e a vocação turística de São Luís está no Centro Histórico e o curso ganha um presente na sua trajetória que é o de ocupar especificamente o Complexo de Fábricas Santa Amélia.
O Complexo é constituído pelo prédio central com quatorze salas de aulas, dois laboratórios de informática, uma sala de reunião, duas salas para coordenações, uma sala do Detuh, duas salas para os centros acadêmicos, espaço para a sala dos professores, auditórios modulares, área de vivência, espaço para o museu, empresas juniores Labotur (Turismo) e Hospitality Consult Jr. (Hotelaria); biblioteca setorial, núcleos de projetos e pesquisas (compostos por sete salas); e espaço para Hotel-Escola, Restaurante-Escola e laboratórios; além do auditório.
A professora e diretora do CCSo, Lindalva Maciel, enfatizou a importância da Fábrica Santa Amélia para os cursos de Turismo e Hotelaria, e mencionou que a diretoria, junto com os departamentos desses cursos, oferece sustentação aos bacharelados em Turismo e em Hotelaria.
Por: Jarina Milena
Produção: Bruna Castro