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UFMA inicia Semana pela Dignidade Menstrual com foco em conscientização, combate a tabus e inclusão social
Teve início nessa segunda-feira, 19, a Semana pela Dignidade Menstrual, promovida pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Pró-reitoria de Assuntos Estudantis (Proaes) e pela Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ações Afirmativas (DIDAAF), em parceria com a Organização Meninas que Brilham, a Secretaria Municipal da Criança e Assistência Social, o Centro de Referência de Assistência Social (CRAS), a Escola de Saúde Pública do Maranhão e a Secretaria de Estado da Saúde, considerando o Dia Internacional da Dignidade Menstrual, celebrado em 28 de maio. Criada pela Organização Mundial da Saúde (OMS), a data tem por objetivo chamar atenção para a falta de acesso a produtos de higiene adequados enfrentada por meninas, mulheres e demais pessoas que menstruam em situação de vulnerabilidade.
A programação da semana se estende até o dia 23 de maio, com rodas de conversa realizadas em diversos centros acadêmicos do Câmpus Bacanga. As atividades têm por foco a conscientização da comunidade acadêmica sobre a importância da dignidade menstrual como um direito humano e uma questão de saúde pública, além de discutir ações concretas para garantir o acesso à informação e a políticas públicas voltadas à equidade menstrual.
De acordo com Gisa Carvalho, uma das organizadoras do evento, “[organizamos] esse evento para fazer um trabalho de conscientização sobre a temática da menstruação trazendo mais informações para trabalharmos com essa questão em torno da menstruação que ainda é um tabu que é biológico mas também é social, então estamos trabalhando com informação e conscientização em relação a esse tema”.
O primeiro centro a receber a programação foi o Centro de Ciências Biológicas e da Saúde (CCBS), que contou com a participação de Alexsandra Barros, pedagoga da Escola de Saúde Pública do Maranhão. “Acho superválido, porque entendo que, para além da questão política, existe também uma necessidade de que a instituição Universidade possa abrir espaço para discussões pertinentes à educação sexual, trazendo para seu currículo esse despertar cidadão democrático e inclusivo”, pontuou Alexsandra.
Bia Diniz, diretora executiva e fundadora da organização Meninas que Brilham, destacou a importância de discutir o tema dentro da Universidade. “O espaço da Universidade é plural em que a gente constrói narrativas e espaços de conhecimento, então a Universidade tem que ser o primeiro espaço para quebrar esse tabu e estigma que existe por trás da menstruação, aqui a gente forma profissionais e é um espaço de troca de conhecimento, então devemos começar a cortar esse estigma dentro do espaço da Universidade”.
Para a aluna do 5º período de Relações Públicas Giovana Garcia, “é muito importante refletir sobre a dignidade menstrual dentro do centro acadêmico, porque aqui a gente se depara com várias situações, pessoas que menstruam e não têm acesso a absorventes e itens de higiene, ou um local adequado para se higienizar nesse período. É muito importante como estudante olhar para essas pessoas e refletir sobre esse tema”.
Nos próximos dias, as rodas de conversa seguirão para o Centro de Ciências Sociais (CCSo), Centro de Ciências Exatas e Tecnologia (CCET) e Centro de Ciências Humanas (CCH).
Além das atividades educativas, a programação inclui o mutirão de orientação e cadastro no Programa de Dignidade Menstrual do Governo Federal, que será realizado no dia 23 de maio, no auditório da Superintendência de Tecnologias na Educação. Durante o mutirão, também será oferecido apoio técnico para atualização do CadÚnico e esclarecimentos sobre o tema, facilitando o acesso de pessoas em situação de vulnerabilidade a políticas públicas essenciais.
A Semana pela Dignidade Menstrual reafirma o compromisso da UFMA com a inclusão, o respeito à diversidade de corpos menstruantes — incluindo a população LGBTQIAPN+ — e a promoção de direitos fundamentais. A iniciativa visa não apenas combater o estigma em torno da menstruação, mas também garantir dignidade e acesso igualitário para todas as pessoas que menstruam.
Para mais informações sobre a programação, acesse a página do evento no SigEventos, clicando aqui.
Por: Maria Clara Botentuit
Fotos: Ingrid Trindade
Revisão: Jáder Cavalcante