UFMA lidera rede que transforma biodiversidade amazônica em inovação

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) está à frente de uma iniciativa nacional que promete impulsionar o uso sustentável de recursos naturais da Amazônia Legal. Com apoio do concelho nacional de desenvolvimento científico e tecnológico (CNPq), a instituição coordena o projeto o projeto FitoAmazônia, uma rede formada por universidades e centros de pesquisa que promete transformar a riqueza da biodiversidade em produtos inovadores para a saúde, meio ambiente e bem-estar. 

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Aprovado na chamada “Pró-Amazônia”, o projeto conecta seis instituições: além da UFMA, participam UEMASUL, UFPA, UFAM, UNIFAP e o tradicional Museu Paraense Emílio Goeldi. Juntas, essas equipes vão pesquisar compostos extraídos de espécies típicas, como babaçu, buriti, cacau e até própolis vermelha, com foco em desenvolver soluções para a chamada “Saúde Única”, conceito que integra saúde humana, animal e ambiental.

Organizada em núcleos especializados — de botânica a biotecnologia —, a rede vai desde o mapeamento de plantas até a criação de fórmulas, testes de segurança e aplicação comercial. O trabalho abrange um território estratégico que liga São Luís, Imperatriz, Manaus, Belém e Macapá, mesclando Amazônia, Cerrado e zonas de transição.

Um diferencial do FitoAmazônia é aproximar ciência e comunidades tradicionais: extrativistas, quebradeiras de coco e apicultores serão parceiros na coleta de matéria-prima, respeitando práticas de manejo sustentável e gerando novas oportunidades de renda.

Para o professor Antonio Marcus de Andrade Paes, coordenador da rede, a expectativa é unir saberes populares, tecnologia e conservação ambiental para transformar o potencial da floresta em desenvolvimento local. Além das pesquisas de laboratório, o projeto também investe em divulgação: já possui perfil no Instagram (@fitoamazonia) e site www.fitoamazonia.org que em breve, um site reunirá dados, publicações e novidades para o público.