Novembro é o mês da Consciência Negra

Foto: Miguel Nery/TV Mirante

Ano após ano o mês de novembro vem se transformando em uma  ferramenta de enfrentamento ao racismo no país, em São Luís do Maranhão não é diferente. A data remonta o assassinato de uma importante liderança quilombola, Zumbi dos Palmares, morto em uma emboscada em 1695. Zumbi é exemplo de resistência e luta contra a escravidão do povo negro. Apesar de a data ser reconhecida nacionalmente, o feriado ainda é restrito à algumas cidades, podendo se transformar em feriado nacional devido ao PL 3268/2021 que tramita no Senado Federal. 

Segundo dados do IBGE o Maranhão possui a terceira maior população de negros do Brasil e em novembro de 2018 teve o primeiro território reconhecido oficialmente como quilombo urbano, o processo teve ínicio em 2018 por meio da autodefinição da própria comunidade como população remanscente de quilombos. No dia 13 de novembro daquele ano o reconhecimento do território da Liberdade, envolvendo os bairros Liberdade, Camboa, Fé em Deus e Diamante, pela Fundação Cultural Palmares  foi publicado no Diário Oficial da União. Uma medida importante para a garantia de políticas públicas específicas para as populações quilombolas.

Confira reportagem da TV UFMA sobre a Liberdade como Quilombo Urbano:

Neste ano, diversas programações movimentam a cidade no mês de novembro, dentre elas a 2ª edição da Feira MA Preta que  tem como principal objetivo valorizar e divulgar o trabalho de afroempreendedores, envolvendo diversos segmentos como arte, culinária, literatura, artesanato, moda e muito mais. Ela acontece entre os dias 13 e 20 de novembro, no Ceprama, das 16h à 01h. Uma novidade desta edição é  o 1º Festival de Literatura Preta do Maranhão, que além de divulgar escritores e escritoras negras está provendo  palestras e oficinas.

Para saber mais assista o Sala de Entrevista com a coordenadora geral da Feira MA Preta, Ana Rosa:

Ainda sobre as programações da cidade, foi inaugurada no dia 10 de novembro a exposição Ancestralidade, realizada em parceria com o Centro de Cultura Popular Domingos Vieira Filho, a Secretária de Cultura do Maranhão(Secma) e a Secretaria de Igualdade Racial(SEIR) que tematiza elementos importantes das religiões de matriz africana do Maranhão, como o Tambor de Mina, Pajelança e Brinquedo de Cura. A curadoria da exposição é do antropólogo e pesquisador Sebastião Cardoso e pode ser visitada na Casa de Negro Cosme, Rua do Giz, 476, Praia Grande até o dia 13 de dezembro.

Vale à pena conferir:

No calendário de atividades da cidade também está prevista a tradicional Marcha da Periferia que neste ano traz o tema "Enquanto houver Racismo não haverá democracia". A caminhada vai acontecer no dia 20 de novembro a partir das 15h no bairro da Liberdade. 

Fique por dentro: