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Nanossatélite da UFMA pode ajudar pescadores à deriva

Tragédias podem ser evitadas com o desenvolvimento do projeto

Imagina estar perdido no mar, sem localização, completamente à deriva e poder contar com uma ajuda vinda dos céus?

Isso pode se tornar realidade com O Aldebaran 1,  nanossatélite que está sendo desenvolvido no Laboratório de Eletrônica e Sistemas Embarcados Espaciais (LABESEE) da UFMA, sob coordenação dos professores Carlos Brito, Luís Cláudio e José de Ribamar Braga, responsável pelo teste dos equipamentos que já está na sua reta final.

O nanossatélite é fruto da parceria entre a Universidade Federal do Maranhão, a Agência Espacial Brasileira (AEB) e outras instituições, como a Fundação Sousândrade, e foi fator determinante para que o curso de Engenharia Aeroespacial da UFMA desenvolvesse um dos primeiros nanossatélites de propriedade nacional.

Além de possibilitar o desenvolvimento da pesquisa e da inovação na instituição, a capacitação dos alunos, ele também tem diversas funções sociais, como a de retransmitir sinais para auxiliar no resgate de pescadores e embarcações que podem estar em situação de naufrágio em alto mar, na costa maranhense.

Outra função do nanosatélite é mapear zonas de queimada em regiões maranhenses.

De acordo com a Secretaria de Agricultura e Pesca do Estado existem pelo menos 12 mil embarcações pesqueiras no litoral maranhense, a atividade evolve risco e nem sempre termina bem. Como o que ocorreu em Julho de 2020 com Francisco José Pereira, 25 anos, Lucas dos Santos, 18 anos e André Veras, 27 anos, os pescadores desapareceram após sair do posto do Braga no município de Raposa em direção ao farol de Santana no município de Humberto de Campos. E nunca foram encontrados.

Casos como este são comuns e poderão ser evitados, ou até mesmo solucionados com o nanosatélite Aldebaran 1. Para Kleanderson Sousa isso representará um conforto maior para os familiares dos pescadores que geralmente ficam em casa preocupados.

As regras para sua produção e funcionamento seguem determinações sugeridas pela Agência Espacial europeia, pela NASA entre outros órgãos de controle aeroespacial. A parte física do satélite já está pronta e a realização de testes no INPE será entre dezembro deste ano e janeiro de 2023. A expectativa é o lançamento seja realizado direto do Centro de lançamento de Alcantara (CLA).