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XIII Simpósio Internacional de Investigação em Arte discutirá, nos dias 8 e 9 de junho, ecologia sonora em evento semipresencial

publicado: 07/06/2022 14h35, última modificação: 07/06/2022 20h50
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Será realizado, nos dias 8 e 9 de junho, o XIII Simpósio Internacional de Investigação em Arte (SIIA). Este ano, o evento tem como tema “Arte e Ambiente” e conta com a organização e moderação do professor Marco Aurelio Aparecido da Silva, do Mestrado Profissional em Artes (Profartes); e do professor Levi Leonildo, da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (Utad), de Portugal. Como o simpósio ocorrerá em Portugal, a organização do evento disponibilizou um link na plataforma Zoom para os interessados.

A programação conta com palestras e workshops. No dia 8, a abertura será com o professor Leonardo Fuks, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), com o tema “Para além da escuta acústica: quantas são as diferentes naturezas do som?”. Já no dia 9, o professor Marcelo Petraglia, do Instituto OuvirAtivo, de São Paulo, abordará sobre “As dimensões do ambiente sonoro do ponto de escuta do ouvinte”. Este ano, a edição do SIIA trará temáticas relacionadas à ecologia sonora.

O professor Marco Aurelio lidera o Grupo de Estudos e Pesquisa em Ecologia Sonora (Gepes), vinculado ao Profartes. O grupo aborda a ecologia sonora, a ecologia acústica e a música. Essa área de atuação ainda é árida no país, e o pesquisador é o único representante da UFMA nessa linha de pesquisa e um dos poucos do Brasil. Segundo ele, as pessoas, de maneira geral, produzem vários sons no dia a dia, muitas vezes, de forma inconsciente e irresponsável, o que pode causar danos à saúde humana. Por isso é necessária a conscientização da importância de um equilíbrio sonoro.

A ecologia sonora trata do equilíbrio entre os sons emitidos pelo ser humano e os sons fornecidos pela natureza, a fim de evitar possíveis danos, como a poluição ruidosa do ambiente. “O som se dissipa no ar, e as pessoas têm a falsa sensação de que a poluição sonora passa rapidamente, mas isso vai causando uma série de estresses, e a sociedade, gradualmente, vai ficando surda. A exposição a níveis de 85 decibéis por 8 horas consecutivas, em 10 anos, por exemplo, causa surdez irreversível no ser humano”, explicou.

Como solução, o professor Marco Aurelio defende que um projeto nacional de educação sonora pode fomentar o equilíbrio e a responsabilidade que os sons emitidos trazem, além de preparar as crianças para uma educação musical. “A inconsciência entre a fonte de sons e o ambiente, essa falta de responsabilidade sonora, se dá por falta de educação musical nas escolas”, explicou.

O simpósio é uma ação do Grupo de Estudos e Pesquisa em Ecologia Sonora em parceria com a Fundação Mundis, com a Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, e patrocínio da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), todas, instituições de Portugal.

Como participar

O evento seguirá o fuso horário português, por isso os interessados devem acessar a sala do Zoom um pouco mais cedo. Nos dois dias, a programação iniciará a partir das 10h (horário de Brasília). Para ter acesso, basta informar o ID da reunião: 828 0441 2279 e a senha: 008021. Para acessar o link do Zoom, clique aqui.

Por: João Meireles

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Revisão: Jáder Cavalcante

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