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Voando alto: projeto de extensão da UFMA leva estudantes indígenas para a etapa nacional da Mostra Brasileira de Foguetes

publicado: 19/07/2024 10h13, última modificação: 19/07/2024 11h34
Voando alto: projeto de extensão da UFMA leva estudantes indígenas para a etapa nacional da Mostra Brasileira de Foguetes

Durante os meses de abril e maio deste ano, o projeto de extensão Voando Alto, desenvolvido em parceria pela Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e pelo Instituto Federal do Maranhão (IFMA),,l de Grajaú, realizou a Mostra Brasileira de Foguetes (MOBFOG) nos níveis 1, 2 e 3, com 30 estudantes do 1° ao 9° ano, de quatro aldeias da Terra Indígena Bacurizinho, que fica a 34 km da sede do município de Grajaú. No total, quinze equipes, de todos os níveis, participaram da competição,  e três conseguiram medalha de ouro e prata e a classificação para a Jornada de Foguetes. Serão nove alunos indígenas competindo em nível nacional.

Para que possam participar da Jornada de Foguetes, as equipes do nível 3 precisavam fazer lançamentos que alcançassem acima de 100 metros. As três equipes conseguiram obter resultados acima de 200 metros e conquistaram a classificação para a Jornada.

A MOBFOG resultou de oficinas ministradas pela equipe do Voando Alto, em que os estudantes das aldeias Arymy, Piaçaba, Tamarindo e Utahu aprenderam a construir os foguetes. Coordenado pelos professores Daniely Gaspar, da UFMA, e Genilson Martins, do IFMA, o projeto de extensão tem o objetivo de despertar nos alunos o interesse pela ciência.

Celebrando os resultados, a coordenadora do projeto pela UFMA, Daniely Gaspar, destaca a importância de ter esses alunos em uma competição nacional. “Poder proporcionar aos alunos indígenas a oportunidade de ampliar seus conhecimentos e também sua visão de mundo ao levá-los a uma competição nacional, com alunos de todo o país, e vê-los competir no mesmo nível, graças ao nosso trabalho, é algo fantástico, é uma iniciativa que pode ter impactos profundos e duradouros tanto para os alunos quanto para a sociedade em geral, ao promover a inclusão, equidade e o diálogo intercultural, contribuindo para a construção de uma sociedade mais diversa e harmoniosa”, ressaltou Daniely.

kaywã Guajajara, medalhista de prata na MOBFOG, acredita que a participação na Jornada de Foguetes é uma oportunidade de atingir outras aldeias indígenas e mostrar o poder de transformação da educação. “Meu nome é kaywã Guajajara, moro aqui na Arymy. A nossa equipe foi classificada na competição MOBFOG em 2024. E é essa oportunidade de mostrar a participação da equipe de Indígenas, que pode alcançar várias aldeias e várias comunidades indígenas. E mostrar que a educação transforma, assim como a gente está transformando a nossa vida. A gente espera aprender ainda mais para trazer para a nossa comunidade. Para nós, alunos indígenas, isso é um sonho realizado. Somos três equipes indígenas e precisamos de apoio para participar de uma competição nacional. E mostrar que a educação atravessa fronteiras, línguas, culturas e traz transformação”, declarou kaywã.

A Jornada de Foguetes ocorre em novembro, na cidade de Barra do Piraí, no Rio de Janeiro.

Equipes classificadas

1° lugar – Ywar – Aldeia Tamarindo – Medalha de ouro.

2° lugar – Arymy Ete – Aldeia Arymy e Tamarino – Medalha de prata.

3° lugar – Zahy Tata – Aldeias Arymy, Piaçaba e Utahu – Medalha de prata.

Por: Ingrid Trindade

Revisão: Jáder Cavalcante 

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