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V Colóquio do PPGEPE destaca diversidade e inclusão como caminhos para transformar práticas educativas em Imperatriz

publicado: 09/12/2025 10h32, última modificação: 09/12/2025 18h02
V Colóquio do PPGEPE destaca diversidade e inclusão como caminhos para transformar práticas educativas em Imperatriz

O coloquio se consolida como espaco de debate qualificado sobre diversidade e inclusao na formação e nas praticas pedagogicas. Foto: Rosiane Stefane

O fortalecimento da produção científica regional e o compromisso com uma educação inclusiva e socialmente engajada marcaram a abertura do V Colóquio do Programa de Pós-Graduação em Educação e Práticas Educativas (PPGEPE), realizado no Centro de Ciências de Imperatriz da Universidade Federal do Maranhão. Com o tema "Diversidade e inclusão na formação e nas práticas pedagógicas", o Colóquio reuniu docentes, discentes e representantes de diversos segmentos sociais. O evento se consolida como espaço de debate qualificado sobre diversidade e inclusão na formação e nas práticas pedagógicas, temas centrais das demandas educacionais contemporâneas.

O PPGEPE tem como um dos objetivos formar docentes para atuar não apenas em escolas públicas e privadas, mas também em ambientes alternativos de educação, como ONGs, comunidades indígenas, quilombolas, de quebradeiras de coco babaçu e outros grupos sociais, que, historicamente, encontram obstáculos para acessar políticas educacionais equitativas. 

A programação do V Colóquio reforça o caráter investigativo do Programa, que incentiva a produção de estudos e produtos educacionais voltados à solução de problemáticas concretas enfrentadas pelas instituições de ensino. Assim, o Colóquio busca transformar escolas e espaços comunitários em laboratórios de articulação entre teoria e prática, onde as demandas reais orientam a construção de conhecimento científico. 

Evento registrou 252 inscritos com 134 trabalhos aprovados para apresentação. Foto: Rosiane Stefane

De acordo com a coordenação do Programa, o V Colóquio superou todas as expectativas em termos de participação e engajamento acadêmico. O coordenador, Jonata Ferreira de Moura, destacou que o evento, realizado de 3 a 5 de dezembro, registrou “252 inscritos, com 134 trabalhos aprovados para apresentação”, número significativamente superior ao do ano anterior. Conforme explicou, a presença ativa dos estudantes evidenciou o fortalecimento da produção científica: foram 99 trabalhos de mestrandos e 42 de graduandos, o que, segundo ele, demonstra “uma grande participação dos alunos da pós e da graduação durante o evento”. 

As discussões também se destacaram pela qualidade, já que, como ressaltou o coordenador, muitas pessoas compareceram para apresentar, mas também para ouvir e debater, resultando em diálogos bem profícuos, que favoreceram a divulgação e o amadurecimento das pesquisas em andamento. Ainda segundo o docente, as palestras temáticas — envolvendo formação de professores, diversidade e pessoas com deficiência — reforçaram o compromisso do PPGEPE com uma formação crítica e inclusiva, alinhada ao propósito coletivo de “organizar e fortalecer” o colóquio em sua quinta edição.

A participação estudantil também evidenciou o impacto formativo do evento. Para o pedagogo e técnico do Programa, Gustavo Soares dos Santos, que acompanhou o colóquio nos bastidores e também ativamente nas palestras, minicursos e apresentações de trabalho, a integração entre diferentes níveis de formação reforça o compromisso do PPGEPE com uma educação articulada entre ensino, pesquisa e extensão. Ele destaca que o aprendizado mais significativo foi compreender a inclusão baseada na sensibilidade e da reflexão crítica, alinhada ao estudo constante. Ao mencionar Paulo Freire, Gustavo relembra que “não existe ensino sem pesquisa, assim como não existe prática sem teoria”, reforçando que ambos os campos caminham juntos na construção da formação docente. Segundo ele, a palestra de abertura da professora Joyce, da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, foi um dos momentos mais marcantes, especialmente por “falar dos movimentos de luta”, permitindo perceber com mais clareza a importância das mobilizações contemporâneas em defesa das mulheres, das pessoas com deficiência e da inclusão em espaços formais e não formais.

Por: Rosiane Stefane - Núcleo de Comunicação CCIm

Fotos: Rosiane Stefane

Revisão: Jáder Cavalcante

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