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Universidade FM vence Prêmio ADPEMA de Jornalismo Roberto Fernandes

publicado: 26/09/2025 15h43, última modificação: 26/09/2025 18h07
Universidade FM vence Prêmio ADPEMA de Jornalismo Roberto Fernandes

A Universidade FM (106,9), emissora pertencente à Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e à Fundação Sousândrade (FSADU), foi destaque na segunda edição do Prêmio ADPEMA de Jornalismo Roberto Fernandes, promovido pela Associação das Defensoras e Defensores Públicos do Estado do Maranhão (ADPEMA). A cerimônia de premiação ocorreu na noite dessa quinta-feira, 25, na sede da Defensoria Pública do Estado do Maranhão, no bairro Renascença, em São Luís.

Com o tema “Acesso à Justiça: a transformação social por meio da atuação da Defensoria”, a premiação teve por objetivo valorizar profissionais da comunicação que atuam com compromisso pela igualdade, cidadania, promoção dos direitos humanos e democratização da informação.

Participação e Categorias

Esta edição do prêmio contou com quarenta inscrições, divididas em duas categorias principais: Graduandos e Profissionais. Na categoria Profissional, os trabalhos foram distribuídos nas subcategorias Jornalismo em Texto, Jornalismo em Áudio, Jornalismo em Vídeo e Fotojornalismo.

Sob a direção da professora Josie Bastos — diretora‑geral da Rádio Universidade FM e docente do Departamento de Comunicação Social da UFMA — a emissora conquistou dois prêmios na subcategoria Jornalismo em Áudio: o primeiro e o terceiro lugares.

O Núcleo de Jornalismo da Rádio Universidade FM é coordenado pelo jornalista Adalberto Júnior, que foi representado, na cerimônia de premiação, pelo coordenador do Núcleo de Produção, Rildo Corrêa. Ele destacou a importância do reconhecimento da produção jornalística da emissora por meio do Prêmio ADPEMA. “Receber este importante reconhecimento é motivo de orgulho e demonstra a força, a qualidade e a credibilidade do jornalismo produzido pela Rádio Universidade FM. A emissora segue firme em seu compromisso de informar com responsabilidade, denunciar injustiças, dar visibilidade aos mais diversos temas e contribuir para uma sociedade mais consciente e conhecedora de seus direitos”, avaliou.

Rildo Corrêa também ressaltou o poder transformador do jornalismo. “Acreditamos que o jornalismo tem o poder de transformar realidades. Seguimos contando histórias que tocam, esclarecem e inspiram. Agradecemos esse reconhecimento”.

Primeiro lugar: “Laços de Amor e Justiça” – repórter Borges Júnior

A reportagem “Laços de Amor e Justiça: Histórias que Transformam Vidas no Maranhão por Meio da Atuação da Defensoria Pública – Dupla Maternidade”, assinada pelo jornalista Borges Júnior, ficou com o primeiro lugar na categoria Jornalismo em Áudio.

O trabalho narra a história emocionante de um casal homoafetivo formado por duas mulheres que decidiram ter uma filha. No momento da emissão do registro de nascimento, queriam garantir o nome de ambas no documento — desejo que se tornou realidade graças ao suporte jurídico da Defensoria Pública do Estado do Maranhão.

A matéria abordou uma ação pioneira que garantiu direitos, promoveu cidadania e contribuiu para que outras famílias na mesma situação buscassem orientação jurídica. “Estou surpreso e reconheço a importância do trabalho da Defensoria. Uma instituição séria, comprometida com a inclusão e o acesso a direitos. Tanto que premiou essa reportagem sobre um casal homoafetivo. Elas tiveram uma criança e, na hora da emissão do registro de nascimento, contaram com o suporte da Defensoria. Uma ação pioneira que abriu caminhos”, afirmou Borges Júnior.

Terceiro lugar: “O Nome que Transforma” – Hellen Quécia e Marcos Belfort

A terceira colocação foi conquistada com a reportagem “O Nome que Transforma: Reescrevendo Vidas, Libertando Identidades”, idealizada, produzida e apresentada pela jornalista Hellen Quecia Carvalho Rocha, em parceria com o radialista Marcos Belfort.

A produção, alusiva ao Dia Internacional da Visibilidade Trans, celebrado em 31 de março, apresenta histórias de aceitação, coragem e resistência de pessoas trans que passaram pelo processo de retificação de nome e gênero. A reportagem traz reflexões sobre a importância desse direito como forma de oficializar a identidade e a vivência das pessoas trans.

Sobre a premiação, Quecia Carvalho expressou satisfação com o reconhecimento. “Acredito que o sentimento não poderia ser outro além de felicidade. Felicidade por ver um trabalho que adoramos produzir e fazer acontecer sendo reconhecido; felicidade porque é um tema que merece ser falado, discutido e celebrado. Agradeço à ADPEMA pelo reconhecimento e à Rádio Universidade FM, na pessoa de Paulo Pellegrini e da professora Josie Bastos, por apoiarem esse projeto desde o início”, ponderou.

Ela também destacou a importância das pessoas que contribuíram para que a produção ganhasse forma. “Agradeço especialmente às pessoas que aceitaram ser as vozes desse documentário. Esse sempre foi o objetivo: que quem vivencia ou vivenciou o processo de retificação de nome pudesse, em primeira pessoa, contar sua história ao mundo”, avaliou Quecia.

Reconhecimento contínuo

Esta não é a primeira vez que a Universidade FM tem seu trabalho reconhecido pela ADPEMA. Na primeira edição do prêmio, realizada em novembro de 2012, a emissora também foi premiada na categoria áudio com reportagem assinada por Borges Júnior.

A conquista da Universidade FM reafirma o compromisso da emissora com o jornalismo de qualidade, a promoção dos direitos humanos e a valorização da diversidade e da justiça social.

Reconhecimento e Homenagem

Durante o evento, também foi prestada uma homenagem especial ao jornalista Sidney Pereira, em reconhecimento aos mais de trinta anos de serviços prestados à comunicação maranhense. Sua trajetória foi lembrada como exemplo de dedicação e superação dos desafios do jornalismo.

Por: Rádio Universidade FM

Fotos: Assessoria DPE / ADPEMA

Revisão: Jáder Cavalcante

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