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UFMA sedia evento Brasil Pela Igualdade Racial com lançamento de ações do Ministério da Igualdade Racial
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Na última quarta-feira, 21, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) recebeu o evento "Brasil pela Igualdade Racial: Memória, Respeito e Direitos", promovido em parceria com o Ministério da Igualdade Racial (MIR). O evento teve como destaque o lançamento de várias ações importantes para a promoção da igualdade racial no Brasil, além da abertura do III Seminário Internacional Caminhos Amefricanos, que reuniu representantes de países da África e América Latina para discutir a história e cultura africana, afro-brasileira e da diáspora africana. A iniciativa também visou promover intercâmbios culturais entre Brasil, Moçambique, Cabo Verde, Colômbia e outros países.
Entre as autoridades presentes no evento, estavam o Reitor da UFMA, Fernando Carvalho; a Secretária Nacional de Políticas de Ações Afirmativas, Combate e Superação do Racismo do Ministério da Igualdade Racial (SEPAR), Márcia Lima; a Vice-prefeita de São Luís, Esmênia Miranda; a Representante do Fundo de População das Nações Unidas no Brasil, Florbella Fernandes; e o Secretário de Igualdade Racial do Maranhão, Gerson Pinheiro. O evento destacou a importância da colaboração entre as diferentes esferas de governo e instituições para promover ações afirmativas e o fortalecimento das políticas públicas de igualdade racial.
Em sua fala, o Reitor da UFMA, Fernando Carvalho, ressaltou a importância de sediar um evento tão relevante para a população negra e a sociedade como um todo. Ele afirmou ainda que a Universidade está sempre à disposição para colaborar em ações que envolvam a promoção da igualdade racial. "Para a Universidade Federal do Maranhão, sediar este grande evento é uma enorme honra, pois ele traz uma discussão e também o lançamento de várias ações do Ministério da Igualdade Racial, que são importantíssimas para a população negra", afirmou o reitor.
MIR anuncia pacote de ações
Durante a ocasião, diversas atividades marcaram a agenda, destacando-se o anúncio do edital do programa Amefricanos 2025, que contará com oportunidades de intercâmbio para os países Angola, Peru e República Dominicana. Também foi assinado um Acordo de Cooperação Técnica com o SEBRAE, visando fomentar iniciativas de empreendedorismo e inclusão para a população negra. A divulgação dos resultados da pesquisa Amefricanidades nas universidades, realizada no âmbito do Observatório Amefricanidades, trouxe à tona dados significativos sobre a presença e o impacto das questões étnico-raciais nas instituições de ensino superior. Além disso, o evento contou com a entrega do Índice de Vulnerabilidade da Juventude Negra, ferramenta importante para monitorar e orientar políticas públicas voltadas à proteção e ao desenvolvimento da juventude negra no Brasil. Essas ações refletem o comprometimento do evento com o avanço das políticas de igualdade racial e a promoção de uma sociedade mais justa e inclusiva.
A secretária Márcia Lima também falou sobre a importância do evento para o fortalecimento das políticas de igualdade racial no Brasil. Ela destacou que as ações lançadas no evento são um passo importante para enfrentar o racismo no país e promover um ambiente mais inclusivo. "Tem sido muito importante que a gente possa construir diálogos com diferentes universidades fora do eixo Sudeste, onde normalmente tudo se dá. Isso é uma das prioridades do governo federal e também do Ministério da Igualdade Racial", disse Márcia Lima.
Experiências do programa Caminhos Amefricanos
Durante o evento, intercambistas que participam do programa Caminhos Amefricanos compartilharam suas experiências. Dorca da Ester Mondlane, aluna de Moçambique, destacou sua satisfação com a oportunidade de aprender com outros intercambistas, como os brasileiros, cabo-verdianos e colombianos. "Essa é a minha primeira vez fora de Moçambique, e a experiência tem sido incrível. A troca com outros intercambistas está me ajudando a crescer como profissional. Eu vou levar esse aprendizado para o meu país", disse Dorca.
Outro intercambista, Azevedo Daniel, de Moçambique, também expressou sua motivação para participar do programa. Ele falou sobre o desejo de entender melhor a africanidade fora do continente africano e a importância de aprender sobre as práticas culturais e a história dos países envolvidos. "O que me motivou a participar do programa foi a oportunidade de entender como a nossa africanidade é vivida fora do continente africano. A troca de saberes entre os países envolvidos é fundamental para fortalecer a luta contra o racismo e promover a união entre os povos", declarou Azevedo.
A professora colombiana Fanny Quiñones, que também esteve presente no evento, destacou a importância dos diálogos entre países da diáspora africana. Ela enfatizou que esses intercâmbios são essenciais para o fortalecimento das políticas públicas de inclusão e para o reconhecimento das populações negras na América Latina e no Caribe. "Esses diálogos são fundamentais para o reconhecimento e valorização das populações negras. Precisamos criar redes colaborativas que nos permitam avançar juntos", afirmou Fanny Quiñones.
A coordenadora geral de Implementação do Programa Caminhos Amefricanos e docente da UFMA, Cidinalva Câmara, também falou sobre o impacto do programa. Ela destacou que a expectativa é que o programa continue nos próximos anos, promovendo a troca de experiências e ampliando as parcerias com outros países. "Para nós (UFMA) e para o Ministério Federal, é muito bom o pacote de políticas públicas que foi anunciado hoje, estamos participando do desenvolvimento dessas ações e também na continuação do próprio programa", concluiu Cidinalva Câmara.
O evento "Brasil pela Igualdade Racial" foi, portanto, um importante marco na luta contra o racismo e pela promoção da igualdade racial, destacando a importância da colaboração entre países e instituições para garantir políticas públicas eficazes e transformar a sociedade em um ambiente mais inclusivo.
Por: Geovanna Selma
Fotos: Ingrid Trindade
Revisão: Jáder Cavalcante