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UFMA realizará evento internacional sobre migração, gênero e saúde em São Luís
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Programa de Pós-Graduação em Saúde Coletiva (PPGSC), realizará, nos dias 16 e 17 de outubro, o evento Internacional “Migração, Gênero e Saúde por uma Política Intersetorial e Interseccional para Migrantes”, no Câmpus Dom Delgado. O encontro tem por objetivo debater sobre os desafios acerca das necessidades das mulheres em situação de deslocamento no Brasil e em outros países da América Central e do Sul, contando com a participação de instituições de ensino e de pesquisa, além de instâncias de gestão pública relacionadas à atenção à saúde, à assistência social e aos direitos humanos.
O Projeto Redressing Gendered Health Inequalities of Displaced Women and Girls in contexts of Protracted Crisis in Central and South America (ReGHID), desenvolvido, desde 2020, em parceria pela Universidade de Southampton, a Fundação Oswaldo Cruz e a Universidade Federal do Maranhão, vem procurando responder a essa necessidade, coproduzindo, com acadêmicos, formuladores de políticas públicas e organizações não governamentais, novos conhecimentos e evidências sobre os desafios contextuais dos direitos à saúde sexual e reprodutiva enfrentados por mulheres, adultas e adolescentes, em situações de deslocamento prolongado na América Central e América do Sul.
Segundo Zeni Carvalho Lamy, organizadora do evento e docente do Departamento de Saúde Pública da UFMA, a migração é um fator determinante das condições de saúde. O processo migratório produz consequências imediatas no âmbito da saúde pública nos países receptores e também revela efeitos intergeracionais e de longo prazo no desenvolvimento social e no bem-estar dos migrantes, em particular das mulheres.
“No evento ora proposto, discutiremos pesquisas empíricas, relatos de experiências sobre o tema saúde das pessoas em deslocamento, incluindo o direito à saúde sexual e reprodutiva, com o intuito de incentivar o desenvolvimento de políticas como respostas abrangentes às questões da migração, em apoio à Agenda 2030 (ODS). Conhecer experiências e estudos empíricos sobre as pressões e os desafios que os fluxos de pessoas deslocadas criam para os estados receptores, especialmente para os sistemas de saúde, é uma tarefa importante para subsidiar políticas voltadas a essa população. Atenção especial deve ser voltada à capacidade local de fornecer atendimento adequado, equitativo e acessível à saúde sexual e reprodutiva desse segmento, salvaguardando seus direitos inalienáveis”, afirma a docente
As inscrições para o evento podem ser realizadas de 14 de agosto a 16 de outubro, para submissões de trabalhos científicos, os resumos podem ser enviados até 5 de setembro, pelo site do evento.
Por: Alexandre Burity
Produção: Sarah Dantas
Revisão: Jáder Cavalcante