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UFMA realiza seminário em celebração aos dez anos da Lei Brasileira de Inclusão
No dia 30 de julho, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Pró-reitoria de Assistência Estudantil (Proaes) e da sua Diretoria de Acessibilidade (Daces), promoveu o seminário “Do papel à prática: o que a Lei Brasileira de Inclusão nos ensina em dez anos?”. Realizado no Auditório Central, o evento reuniu especialistas, estudantes e a comunidade acadêmica para refletir sobre os avanços e desafios na efetivação dos direitos das pessoas com deficiência.
A ocasião contou com palestras que abordaram a inclusão sob diferentes perspectivas. Entre os palestrantes, estavam Cosmo Sobral da Silva, defensor público do Núcleo de Defesa do Idoso, da Pessoa com Deficiência e da Saúde; Edgar dos Santos da Ponte Júnior, do Comitê Gestor de Políticas da Pessoa com Deficiência da Sedes e Danielle Machado, psicóloga e psicopedagoga, especialista no Transtorno do Espectro Autista.
Para a palestrante Danielle Machado, a Lei Brasileira de Inclusão (LBI), em seus anos de vigência, conquistou muitos êxitos. Ela, sendo uma pessoa com autismo, também compartilhou suas experiências profissionais: “A lei é muito importante porque ela veio justamente para nos garantir e promover esses direitos e também dar acesso a muitas coisas que nos eram impossibilitadas, como a educação, a saúde, o esporte, o lazer. E o meu papel aqui é falar das vivências do profissional, sendo uma pessoa com deficiência dentro do espectro autista, como psicopedagoga”, ressaltou ela.
Segundo a Chefe da subseção de Gestão Multidisciplinar da DACES, Josenilde Oliveira, o evento buscou dar visibilidade a luta das pessoas com deficiência na sociedade:
“Esse seminário demonstra que essas pessoas existem, que devem ocupar os espaços na sociedade, um espaço de direito. Temos um momento, sim, de celebração desse processo histórico, mas também de afirmação de um compromisso de manter os direitos, avançar na luta e oferecer melhores condições de acessibilidade nos mais diversos espaços e campos da vida social”, destacou.
A programação também contou com participações artísticas inclusivas. A licenciada em Teatro e mestranda de Artes Cênicas da UFMA, Thag Santos, esteve presente para realizar a performance. Ela, na condição de pessoa surda, destacou a importância da lei, apesar de seu descumprimento em alguns espaços.
“Gostaria de parabenizar a LBI, apesar de suas falhas durante a trajetória. A Daces, por exemplo, sempre teve um esforço de fazer valer a acessibilidade de verdade”.
O seminário reforçou a relevância da legislação e seu papel na promoção da cidadania das pessoas com deficiência. Ao reunir toda a comunidade, a UFMA buscou celebrar o progresso conquistado ao longo desses dez anos, além de incentivar reflexões e práticas que contribuam para uma sociedade cada vez mais inclusiva e acessível.
Por: Giovanna Carvalho
Revisão: Jáder Cavalcante