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UFMA realiza, nesta quinta-feira, webinário com o professor Augusto Moura para falar sobre a mortalidade no Brasil

publicado: 02/02/2022 21h12, última modificação: 03/02/2022 21h47
UFMA realiza, amanhã, webinário com o professor Augusto Moura para falar sobre a mortalidade no Brasil.jpg

Na série de webinários realizados pela Universidade Federal do Maranhão, no "Saúde Para Você", um portal voltado para subsidiar a aquisição de conhecimentos ao corpo docente e de técnicos-administrativos da UFMA, aos profissionais do Hospital Universitário e aos discentes, por meio da educação em saúde e da educação permanente em saúde, ocorrerá, nesta qiunta-feira, 3, com início às 16h30, com transmissão pelo canal da UFMA, no YouTube. o webinário intitulado "Covid-19: Excesso de mortalidade no Brasil em 2020", ministrado pelo médico epidemiologista do Núcleo de Modelagem Covid e professor da UFMA, Antonio Augusto Moura Silva.

O docente integra o Comitê Operativo de Emergência de Crise decorrente do Novo Coronavírus (Sars-Cov2 e Covid-19) da UFMA, criado para avaliar a atual situação da pandemia no país e deliberar a respeito de orientações sobre procedimentos a serem seguidos no âmbito da Universidade. O professor Augusto Moura tem se dedicado diariamente a estudar e analisar a atual situação da pandemia no Maranhão, no Brasil e no mundo.

Nas mais diversas entrevistas que ele tem concedido, ele afirma que o aumento no número de casos se deve a uma soma de elementos, em que, apesar de haver uma cepa mais transmissível e o número de internações e óbitos poder vir a subir mais ainda, o cenário atual poderá ser considerado menos grave, devido à campanha de vacinação. "Nós tivemos vários fatores: a chegada das chuvas, as festas de fim de ano, a chegada da Ômicron, gerando aí, essa dupla epidemia. Essa variante parece causar uma doença menos grave, então os países que já passaram, ou que estão passando por epidemia de Ômicron, estão realmente tendo um número muito menor de internações e óbitos, comparado às ondas anteriores”, explicou o pesquisador durante entervista concedida ao quadro Rádio Opinião do Jornal Rádio Universidade.

Ele reconhece que os números da vacinação em São Luís deixam a cidade em outro momento, mas que não é hora de relaxar. “Já não é mais aquele momento daquelas restrições em lockdown, não vamos mais viver isso, provavelmente. Mas ainda precisamos de alguma redução de mobilidade para deter um pouco o crescimento dessa onda”, afirmou.

Desde o início da pandemia, em março de 2020, até o momento, o número de óbitos no Brasil chega a 628 mil vítimas e 25,6 milhões de casos, e, no Maranhão,10.495 óbitos e 388 mil infectados. Por esse crescimento consubstancial, durante a entrevista, ele defende que o carnaval não seja realizado neste ano e que as pessoas procurem tomar as vacinas disponíveis: “A vacina não dá garantia de proteção contra a infecção, contra a doença, mas a redução da hospitalização e da morte é muito grande para quem toma vacina”, finaliza.

Saiba +

Antônio Augusto é médico epidemiologista, professor titular da UFMA, doutor em Medicina Preventiva pela Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto (USP), pós-doutor em Epidemiologia pela Universidade de Oxford, pesquisador 1-A do CNPq, editor-chefe da Revista Ciência & Saúde Coletiva.

Por: Sansão Hortegal

Revisão: Jáder Cavalcante

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