UFMA que transforma o Maranhão: extensão e interiorização marcam dois anos de gestão

A Universidade Federal do Maranhão, nos últimos dois anos, consolidou um novo ciclo para a extensão universitária e para o diálogo com os maranhenses. Com crescimento expressivo de projetos, ampliação da curricularização da extensão e fortalecimento das ações culturais e sociais, a UFMA expandiu sua presença em comunidades rurais, quilombolas, cidades do interior e espaços culturais, alcançando milhares de pessoas.

Sob a coordenação da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), órgão gestor das políticas e ações de extensão e cultura da UFMA, as iniciativas passaram a combinar formação, inclusão, cidadania, cultura e inovação, conectando a universidade às diferentes realidades que busca transformar.

Desde 2019, a Proec também passou a executar projetos próprios, ampliando o alcance institucional e o diálogo com setores públicos, privados e com a sociedade civil.

Para a pró-reitora de Extensão e Cultura, Zefinha Bentivi a consolidação desse ciclo só foi possível porque a universidade reconhece a extensão como parte do processo formativo.

“Na gestão do professor Fernando Carvalho, nós da Pró-reitoria de Extensão e Cultura temos a honra e a alegria de dizer dos nossos avanços. Avançamos muito com o processo de curricularização da extensão, aumentamos em 80% o número de projetos institucionalizados. Na cultura, temos o Guarnicê, hoje alcançando mais de cinquenta e dois países, uma tecnologia que só melhora a cada dia. Ampliamos bolsas de extensão, enfim, o programa Mais Cultura tem realizado exposições, tem realizado encontros, tem patrocinado o nosso Palacete Gentil Braga uma série de encontros entre fazedores de cultura. Tudo isso porque temos o apoio de toda uma equipe que trabalha unida e trabalha muito forte para que tenhamos chegado aos dois anos com tanto sucesso, com tanta felicidade”, destacou a pró-reitora.

Dados que mostram impacto

Desde 2023, com a atual gestão, a universidade aumentou em 80% o número de projetos institucionalizados, com destaque para iniciativas de formação profissional, direitos humanos, cidadania digital, cultura e envelhecimento ativo.

No campo da qualificação profissional e inclusão social, os projetos “Oportuniza Mais”; “Viva mais Cidadania”; “São Luís Alfabetiza” e a “Universidade da Terceira Idade (UNITI)” se destacam.

Formatura do projeto Oportuniza Mais em Codó. Foto: Leo Santos

Em parceria com o Ministério do Trabalho e Emprego e aporte de mais de R$ 3 milhões, o projeto Oportuniza Mais, implantado em 2025, já capacitou cerca de 700 jovens e adultos em situação de vulnerabilidade socioeconômica, ampliando as oportunidades de trabalho dessas pessoas. Ainda em andamento, estima-se que o projeto alcance entre 3.000 e 5.000 pessoas indiretamente, por meio da circulação de informações, do fortalecimento das redes locais e dos efeitos sociais da formação. 

Com o objetivo de promover, proteger e defender os direitos humanos e fortalecer a cidadania de pessoas idosas, o projeto Viva Mais Cidadania, uma parceria entre a UFMA e o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania, já alcançou 81 alunos, nos povoados de Peru, Santa Maria e Itamatatiua. Do total, 53 alunos foram considerados formados, o que corresponde a uma média de aproximadamente 18 formados por povoado. O projeto, ainda em andamento, tem um investimento de R$ 300 mil.

Fruto da parceria entre a Universidade Federal do Maranhão, a Secretaria Municipal de Educação e a Fundação Josué Montello, o projeto “São Luís Alfabetiza: um salto para o futuro” é uma iniciativa de formação continuada para os professores, com o objetivo de ajudar a melhorar a qualidade do aprendizado dos estudantes da rede pública municipal de São Luís. Em andamento e com investimento de R$ 10,8 milhões, estima-se que o projeto alcance um público de aproximadamente 37.530 pessoas.

A UNITI desenvolve ações educativas de forma natural apostando no valor da educação na transformação que pode promover. Foto: Dcom

Com foco no idoso enquanto agente de sua própria história e valorizando sua experiência de vida, há 30 anos, Universidade Integrada da Terceira Idade (UNITI), proporciona ao idoso a autodescoberta e a readaptação das vivências relacionais tanto no ambiente familiar quanto social, dando a oportunidade de compartilhar expressões, pensamentos e sentimentos. Somente em 2025, 150 idosos estão sendo beneficiados, com recurso proveniente de Emenda Parlamentar no valor de R$100 mil.

Encerramento 47º Festival Guarnicê de Cinema, no Teatro Arthur Azevedo. Foto: Gabriel Jansen

Na cultura, desde novembro de 2023, as ações culturais desenvolvidas pela Diretoria de Ações Culturais (DAC) fazem parte do Programa Mais Cultura, que reúne exposições, recitais, oficinas, mostras de cinema e eventos musicais, que alcançam o Brasil e o mundo.

Nos últimos dois anos, foram realizadas as edições 46º, 47º e 48º do Festival Guarnicê de Cinema, com mais de 1.000 filmes inscritos por edição; mais de 35 mil espectadores online; até 3.200 participantes presenciais e alcance internacional em até 52 países.

Foram mais de 100 ações culturais, entre exposições, concertos, oficinas e recitais, executadas ou apoiadas entre 2023 e 2025, que proporcionaram o fortalecimento dos espaços culturais da UFMA, especialmente o Palacete Gentil Braga.

Alguns projetos estratégicos desenvolvidos pela Pró-reitoria de Extensão e Cultura renovaram o papel social da UFMA, como o projeto “Alcântara: dos Dinossauros à Era Espacial”.

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), em parceria com o Musa, promovem o Projeto Alcântara: dos Dinossauros à Era Espacial. Foto: Sarah Dantas/Dcom

Com um investimento de R$ 3,19 milhões, o projeto “Alcântara: dos Dinossauros à Era Espacial” é uma parceria entre a Universidade Federal do Maranhão e o Instituto Brasileiro de Museus que fortalece o turismo cultural em Alcântara, valorizando o patrimônio da região e abraçando estudantes de diferentes níveis; moradores; povos originários e quilombolas de Alcântara; visitantes em geral e turistas, além de pesquisadores e profissionais ligados à história, arqueologia, paleontologia e museologia.

Interiorização: a UFMA onde o Maranhão está

Os programas chegaram diretamente a cidades como Codó, Timon, Presidente Dutra, Alcântara, Raposa e bairros periféricos de São Luís, levando: cursos profissionalizantes; ações de saúde e bem-estar; atividades culturais; rodas de conversa; formação continuada de professores; projetos de direitos humanos; alfabetização e letramento; inclusão digital.

A interiorização também ampliou a participação das comunidades indígenas, quilombolas e ribeirinhas em ações da universidade.

Comunidade fortalecida, universidade transformada

Mais que números, os dois anos de gestão marcaram a consolidação de uma universidade que está presente nas comunidades, escuta as pessoas, atua nos desafios sociais, valoriza a cultura e a memória e forma cidadãos e cidadãs com impacto real no Maranhão.

A extensão reafirma o papel da UFMA como instituição que não apenas produz conhecimento, mas muda vidas e fortalece comunidades inteiras.

Por: Dcom

Fotos: Karla Costa, Léo Santos e Dcom