UFMA participa de simulação nacional do Conselho de Segurança da ONU na PUC-SP

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA) marcou presença na 8ª Simulação Interfaculdades do Conselho de Segurança das Nações Unidas, realizada no último 20 de outubro, na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). O evento, coordenado pelo professor Márcio Guimarães, reuniu instituições de ensino superior de todo o país e teve como tema central a Crise Humanitária no Sudão, promovendo um exercício prático de diplomacia, negociação e análise crítica do direito internacional contemporâneo.

A equipe da UFMA, composta por Danilo Arruda, Guilherme Botega, Johann Merkx, Kalil Bahury, Natalia Micenas e Nicole Corrêa, atuou sob a orientação de Cássius Guimarães Chai, representando a República Popular da China no Conselho de Segurança. Os estudantes dos cursos de Direito e Comunicação Social mostraram preparo técnico, domínio das pautas multilaterais e sensibilidade ética diante do complexo cenário geopolítico em debate.

Durante as rodadas de negociação, os representantes maranhenses defenderam uma postura diplomática equilibrada, com ênfase no respeito à soberania do Sudão, na necessidade de um cessar-fogo imediato e na criação de corredores humanitários seguros. A equipe também destacou a importância do protagonismo africano nas iniciativas de mediação e reconstrução pós-conflito, além de reafirmar o valor do multilateralismo genuíno, da cooperação Sul-Sul e do direito internacional humanitário como instrumentos essenciais de paz e reconstrução social.

A participação na simulação proporcionou aos discentes uma imersão prática nos mecanismos de deliberação internacional, aproximando teoria e prática na análise das dinâmicas de segurança global, dos direitos humanos e do sistema internacional de justiça. Para Chai, a experiência vai além do aprendizado técnico:

“A simulação não apenas aprimora a compreensão sobre os mecanismos institucionais da ONU, mas também desperta a consciência ética e a responsabilidade dos futuros profissionais diante dos desafios da humanidade. Trata-se de um exercício de empatia, razão pública e compromisso civilizatório”.

O estudante Kalil Bahury destacou o orgulho de representar o Maranhão em um evento de alcance nacional: “Posso resumir minha experiência em uma palavra: sucesso. Participar de um evento em uma das universidades mais prestigiadas do país, em contato direto com instituições de ensino de todo o Brasil, foi uma experiência incrível. A equipe conseguiu cumprir perfeitamente tudo o que havia sido planejado. De forma pessoal, posso afirmar que mostramos a força do nosso estado, que deve ser cada vez mais valorizado. Foi uma vivência enriquecedora e uma grande vitrine para o sucesso do Maranhão.”

Já Nicole Corrêa, que participa de simulações da ONU desde o Ensino Fundamental, ressaltou o aprendizado proporcionado pela diversidade de participantes. “a Simulação Interfacudades foi, na realidade, a minha primeira simulação em nível universitário. Participar junto com estudantes de outras faculdades me fez ver como era o estilo de simulação dessas outras cidades. Permitiu que eu tivesse um intercâmbio cultural muito além do intercâmbio simbólico dos países que estávamos representando, além de ter um ritmo mais acelerado do que as simulações que já tinha participado. Para a área de comunicação, foi uma forma de perceber como essas variáveis interferem na nossa convivência”.

Os integrantes da equipe fazem parte do Grupo de Pesquisa “Cultura, Direito e Sociedade”, reconhecido, nacional e internacionalmente, por sua atuação nas áreas de governança global, direitos humanos, geopolítica e desenvolvimento sustentável. A participação na Simulação Interfaculdades integra as atividades extensionistas e formativas da graduação e reforça o protagonismo acadêmico da UFMA no diálogo entre Direito, Comunicação e Relações Internacionais.

A presença da UFMA na simulação reafirma o compromisso da Universidade com a formação crítica, ética e cidadã, que une ensino, pesquisa e extensão na construção de uma educação comprometida com os desafios globais contemporâneos.

Por: Ingrid Trindade

Foto: acervo pessoal

Revisão: Jáder Cavalcante