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UFMA moderniza estrutura organizacional com a criação de diretorias que se pautam pela inclusão e inovação
Com o objetivo de modernizar, incluir e dar mais transparência a seus atos, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) aprovou modificações em sua estrutura organizacional. Com essa reorganização estrutural, a UFMA simplifica e garante maior agilidade aos processos e diálogos entre todas as suas unidades, promovendo uma gestão acadêmica e administrativa mais dinâmica, inovadora e eficiente.
Entre as principais mudanças trazidas pela resolução 329/2024 – Consad, estão a criação de duas diretorias: Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ação Afirmativa (DIDAAF) e a Diretoria de Inteligência Artificial, que demonstram o compromisso da Universidade com uma sociedade mais justa e igualitária e, ainda, antenada com os avanços tecnológicos e como estes podem ser utilizados em prol dos processos educacionais.
“O novo organograma, já em vigência, busca aprimorar os mecanismos de governança e autonomia financeira da instituição. É válido ressaltar que essas modificações não implicaram aumento do orçamento, uma vez que a UFMA não criou nem recebeu mais cargos de direção e funções gratificadas”, afirma o reitor da UFMA, Fernando Carvalho.
INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL – A Diretoria de Inteligência Artificial, que está vinculada à Superintendência de Tecnologia e Informação (STI), foi criada para desenvolver e aplicar ferramentas de inteligência artificial, automatizando processos administrativos, melhorando o ensino e a aprendizagem, e apoiando a pesquisa e extensão da instituição. Entre suas responsabilidades, estão a promoção de projetos inovadores, a integração de tecnologias avançadas e a expansão do desenvolvimento tecnológico. A UFMA será pioneira ao implementar a assistente virtual Mara, que auxiliará no atendimento ao público interno e externo, otimizando processos administrativos.
A diretoria também se destaca pela automação de processos administrativos e pelo uso de ferramentas de inteligência artificial para apoiar professores e alunos. Além disso, promove o uso de IA em projetos de pesquisa e extensão, disseminando o uso responsável dessas ferramentas na academia e na sociedade. Iniciativas como a criação de chatbots para atendimento ao público e sistemas automatizados para atividades internas estão em andamento. A diretoria busca estabelecer parcerias com instituições de ensino, empresas e órgãos públicos para desenvolver soluções baseadas em IA.
De acordo com o diretor de Inteligência Artificial da UFMA, Rodrigo Sávio, a criação da diretoria tem por propósito implementar ferramentas que otimizem os processos administrativos e educacionais da instituição. Sávio destaca que a diretoria tem o objetivo de demonstrar como essas ferramentas podem ser aliadas na melhoria da eficiência operacional e na qualidade da educação em instituições de ensino superior.
"O que queremos é trazer a inteligência artificial de um modo funcional, garantindo que tanto professores quanto alunos possam confiar no que estão recebendo. Acredito que podemos superar essas barreiras de forma ética, com os pés no chão, alcançando resultados validados. Vejo isso com bons olhos, porque esse tipo de inteligência artificial, a inteligência artificial generativa, que é capaz de produzir e gerar textos, nos aproxima da educação ideal, aquela que é mais individualizada e atende às particularidades de cada aluno. Sabemos que os alunos aprendem de maneiras diferentes, com materiais e abordagens diferentes. Na gestão, especialmente na administração pública, essas ferramentas também nos aproximam de uma administração mais eficiente, em que os processos são mais rápidos, e os gestores têm mais tempo para se dedicar a ações estratégicas, livres das tarefas operacionais. As ferramentas são meios, não fins. Elas possuem um grande poder para trazer eficiência, mas não as vejo substituindo as pessoas. Pelo contrário, elas potencializam as pessoas, trazendo novas habilidades", frisa.
MAIS DIVERSIDADE E INCLUSÃO - A Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ação Afirmativa (DIDAAF) se dedicará a implementar políticas que promovam a igualdade e a inclusão no ambiente universitário. Seu foco principal é assegurar que toda a comunidade acadêmica, independentemente de origem ou identidade, tenha acesso igualitário às oportunidades educacionais e possa participar plenamente da vida acadêmica. A DIDAAF visa criar um ambiente que valorize a diversidade e combata discriminações e preconceitos.
Entre seus objetivos, a DIDAAF propõe a valorização da diferença e da diversidade nos espaços administrativos e acadêmicos; a inclusão de segmentos historicamente discriminados – como negros, indígenas, quilombolas e o público LGBTQIA+; e a promoção da igualdade de oportunidades e tratamento de gênero, fortalecendo a luta política e acadêmica por uma UFMA plural, respeitosa da diversidade e inclusiva.
Além da política de acesso à Universidade, a Diretoria vai avançar com políticas de permanência para essas comunidades. Diretamente vinculada à reitoria da UFMA, a Diretoria conta com a Divisão de Gênero e Diversidade (Diged) e a Divisão de Ação Afirmativa e Relações Raciais (Diafre) e atuará como suporte institucional e de formação por meio de parcerias com outros órgãos, inserção do debate sobre essas temáticas nas matrizes curriculares, promoção da formação social, fóruns de discussão e ações educativas nas escolas, visando aos alunos de ensino médio, que serão os futuros discentes da instituição.
O diretor da DIDAAF, Acildo Leite, sublinha a importância da UFMA em desenvolver iniciativas que assegurem a inclusão, o acesso e a permanência dessas comunidades na universidade. Ele também ressalta o avanço considerável que a instituição alcançou com a criação da diretoria, a qual vai formalizar os diálogos e as ações focadas na promoção da igualdade de gênero.
“Com a diretoria, nós iremos avançar, porque saímos de um trabalho quase que voluntário, de professores, pesquisadores e estudiosos que têm um compromisso político, para ter um espaço institucional de ampliação da diversidade. A diretoria tem potencialidade para sairmos apenas do direito ao acesso para ampliar a permanência, e essas ações serão desenvolvidas com outras pró-reitorias, pois a diretoria vai trabalhar com a transversalidade. Ter uma divisão voltada para a diversidade de gênero, com possibilidades concretas de tratar dessas pluralidades de gênero na comunidade LGBTQIA+, é extremamente importante. A diretoria abre possibilidades para garantir o acesso e a plena participação desses estudantes e dessas estudantes dentro do espaço universitário”, expressa.
Revisão: Jáder Cavalcante