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UFMA inova e cria o primeiro modelo de governança sustentável da rede metropolitana de dados de São Luís

publicado: 12/02/2025 11h02, última modificação: 12/02/2025 13h22
UFMA inova e cria o primeiro modelo de governança sustentável da rede metropolitana de dados de São Luís

As instituições participantes do Comitê Gestor da Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep) de São Luís reuniram-se na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) para discutir o planejamento da governança da Rede em 2025. A Redecomep é um programa do Ministério da Ciência e Tecnologia, coordenado pela Rede Nacional de Ensino e Pesquisa (RNP), que implanta redes de fibras ópticas de alta velocidade em regiões metropolitanas para conectar instituições de ensino e pesquisa.

Durante a reunião, que ocorreu na última sexta-feira,7, foram discutidas estratégias para aprimorar a gestão da Redecomep, além de planos para manutenção e expansão da infraestrutura. O Comitê Gestor é responsável por definir diretrizes, elaborar regimentos internos e estabelecer políticas de governança. Além disso, um Comitê Técnico acompanha a qualidade dos serviços e a capacidade da rede, garantindo que atenda às necessidades das instituições consorciadas.

O encontro contou com a presença de representantes da UFMA, Universidade Estadual do Maranhão (UEMA), Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), Rede Sarah, Centro de Lançamento de Alcântara (CLA), Instituto Estadual de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (IEMA), entre outras instituições participantes.

Inovar para expandir

Recentemente, conforme o acordo de cooperação com a RNP, a UFMA passou a ser representante de direito e de uso da rede. Dessa forma, a Universidade assume a responsabilidade de manter, expandir e melhorar toda a rede, juntamente com o comitê gestor.

A partir disso, a UFMA propôs um modelo de governança, que não existia anteriormente, que promove sustentação financeira para a rede por meio do rateio de custos entre as instituições. Segundo o coordenador da Redecomep de São Luís, Santana Neto, o modelo, que deve ser adotado agora, vai tornar a rede mais funcional, beneficiando a sociedade maranhense, especialmente o ensino e a pesquisa. Expansão; avanço tecnológico; diminuição de custos; maior cooperação entre as instituições são alguns desses benefícios.

“Existe a possibilidade de expansão da rede, levar mais cabos e fibra óptica dentro da região metropolitana de São Luís. Outro benefício para as instituições é a cooperação mútua, as instituições de ensino e pesquisa poderão cooperar de uma forma mais intensa. Outro benefício é o custo. A gente diminui o custo de comunicação das instituições por meio dessas redes.Isso possibilita que a gente possa gerir, de forma eficiente, essas despesas, baixando o custo para todas as instituições” enumera Santana Neto.

O coordenador ainda cita outros ganhos: “outro benefício é o uso de tecnologias que estão bem recentes. A gente já vê a análise de dados, onde tanto a ciência quanto a pesquisa podem utilizar essa massa de dados e tomar decisões, verificar formas de analisar esses dados. A própria IA é uma tecnologia que pode ser utilizada nessa rede de forma muito intensa porque isso é uma rede de alta velocidade, então essa troca de informações pode ser feita de uma forma muito mais fluida. O uso dessa rede para a eficiência das instituições, no caso que a gente pode citar, é compartilhamento de data centers. Então, as instituições podem, de alguma forma, melhorar a sua eficiência mediante colaboração, colocando, disponibilizando suas informações não só na sua estrutura, como na estrutura de outras instituições”.

Santana Neto finaliza citando a conexão em alta velocidade e a manutenção mais eficiente como benefícios gerados pela adoção do modelo de governança. “Por último, lógico, conexão em alta velocidade. [...] e a manutenção, a garantia de funcionamento dessa rede, porque agora nós teremos esse rateio de despesas. Então, o benefício de ter essa rede sempre ali com as manutenções, tanto preventivas quanto emergenciais, corretivas e emergenciais”, conclui o coordenador.

Sobre a Redecomep

Em 2005, a RNP dava início ao Programa Redes Comunitárias de Educação e Pesquisa (Redecomep), uma iniciativa do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), voltada para a implantação de redes de fibras ópticas de alta velocidade em regiões metropolitanas do Brasil, criando uma nova e robusta infraestrutura nacional para comunicação e colaboração em todas as áreas do conhecimento.

A iniciativa é de extrema relevância para a integração entre instituições de ensino e pesquisa, gestores e formuladores de políticas públicas nas unidades federativas. O provimento de infraestrutura avançada em Tecnologias da Informação e Comunicação (TIC) representa a capilarização efetiva de uma política nacional comprometida com o avanço da ciência, tecnologia e inovação no país.

No Maranhão, a Redecomep tem sido fundamental para ampliar a colaboração acadêmica e o desenvolvimento tecnológico na região.

A reunião reforçou o compromisso das entidades participantes em fortalecer a Redecomep no Maranhão, assegurando uma infraestrutura de conectividade robusta para ensino, pesquisa e inovação.

Por: Ingrid Trindade

Revisão: Jáder Cavalcante 

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