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UFMA impulsiona pós-graduação e inovação com crescimento expressivo em pesquisa, propriedade intelectual e novos cursos
Nos últimos dois anos, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) registrou avanços robustos em indicadores que refletem diretamente o impacto científico, tecnológico e social produzido pela universidade, resultado de um novo ciclo de expansão e fortalecimento da pós-graduação, impulsionado pela gestão do reitor, Fernando Carvalho, e pela atuação estratégica da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-graduação, Inovação e Internacionalização (AGEUFMA).
Entre os destaques está o crescimento de 39% nos depósitos de propriedade intelectual junto ao INPI, além de um aumento significativo no número de projetos de inovação e na implantação de novos cursos stricto sensu. Esses resultados consolidam a UFMA como um ambiente de pesquisa fortalecido, inovador e alinhado às demandas contemporâneas da sociedade.
Inovação em ritmo acelerado
A elevação de 95 para 133 depósitos de propriedade intelectual demonstra a maturidade crescente dos pesquisadores quanto à proteção do conhecimento produzido. Somado a isso, a AGEUFMA registrou um aumento relevante de 317% nos novos projetos de inovação cadastrados no SIGAA, saltando de 17 para 71 iniciativas.
A UFMA figura ainda entre as líderes nacionais em propriedade intelectual: no ranking INPI 2023, a instituição aparece na 13ª posição entre todas as entidades brasileiras, com 33 depósitos de patentes e 29 registros de programas de computador. No Nordeste, está em 3º lugar entre as Universidades Públicas Federais.
“Em dois anos de gestão do professor Fernando Carvalho, o depósito de propriedade intelectual na UFMA cresceu 39%, subindo de 95 para 133 depósitos, demonstrando a conscientização dos pesquisadores na necessidade da proteção das novas tecnologias desenvolvidas na universidade. Isso pode ser observado também no aumento do número de projetos de inovação cadastrados no SIGAA, que subiu de 17 para 71, ou seja, um aumento de 317%. Muitas pessoas na universidade já faziam projetos de inovação, mas entendiam um projeto de inovação como um projeto de pesquisa. E nossa Diretoria de Inovação e Serviços Tecnológicos tem trabalhado bastante para conscientizar os pesquisadores e mostrar para eles a diferença entre os dois processos, o de pesquisa e o de inovação tecnológica”, pontua a pró-reitora da Ageufma, Flávia Nascimento.

Apresentação de pesquisa durante o Seminário de Iniciação Científica. Foto:divulgação
A diretora de Inovação e Serviços Tecnológicos, Alana Moura, credita os números a uma mudança no perfil das pesquisas: mais próximas das demandas reais das empresas e da sociedade, tornando a produção científica mais aplicada e socialmente relevante.
“Uma mudança que está acontecendo é que os pesquisadores estão mais ligados à realidade das empresas e da sociedade. Principalmente depois da Covid-19, em que ficou muito claro esse afastamento que a academia tinha da sociedade. Agora, eles tão cada vez mais tentando fazer TCCs, dissertações, teses aproximando a ciência de demandas reais”, ressaltou Alana.
Esses números revelam que a Universidade vive um período de intensa atividade em Pesquisa e Desenvolvimento (P&D), com criação de tecnologias industriais, produtos e processos que têm potencial real de aplicação.
Expansão da pós-graduação reforça compromisso com formação de excelência
Mais oportunidades de qualificação avançada, formação de pesquisadores, atração de talentos para o Maranhão e fortalecimento a interiorização da ciência no estado. Além dos avanços em inovação, nos últimos dois anos a UFMA ampliou sua estrutura de pós-graduação, tanto no interior quanto na capital, com a implantação de 9 novos programas de pós-graduação Stricto Sensu e 14 novos cursos de mestrado e doutorado. Houve crescimento também no número de alunos ingressantes na pós-graduação: 1449 (90,7%) no Mestrado; 299 (72,8%) no Doutorado e 1352 (212%) na Especialização.

Aula inaugural do Mestrado Interinstitucional em Matemática Aplicada e Computacional no Centro de Ciências de Codó (CCCo). Foto: Dcom
Os esforços de interiorização da pós-graduação tem provocado impactos significativos no Maranhão, a exemplo do Câmpus de Codó, onde novos programas vêm ampliando oportunidades e fortalecendo a formação acadêmica na região. Nesse contexto, destaca-se a importância dos cursos recém-implementados e das parcerias institucionais que têm contribuído para qualificar profissionais e transformar a realidade local, como comenta o diretor do Centro de Ciências de Codó (CCCO), Arlane Vieira:
“A pós-graduação no interior já começa a transformar trajetórias, mesmo antes da formatura das primeiras turmas. No Programa de Pós-graduação em Ensino na Educação Básica (PPEEB), iniciado em setembro de 2025, temos professores que já atuam nas escolas da região e também recém-graduados, muitos deles formados nos cursos do próprio Centro de Ciências de Codó (CCCO). O mesmo vale para o Minter em Matemática Aplicada e Computacional, iniciado em agosto de 2024, fruto da parceria com a SEDUC/MA e a UNICAMP. O programa deve formar cerca de trinta mestres em 2026 e atender uma demanda histórica por profissionais qualificados no interior do Maranhão. Essa mistura de experiências cria um ambiente acadêmico muito rico, que combina a prática da sala de aula com o entusiasmo de quem está começando a carreira”.
Ainda segundo Arlane, implementar cursos de pós-graduação no interior é “essencial porque aproxima a formação avançada das pessoas e prepara profissionais que fazem a diferença nas escolas e no ensino superior em diversos municípios”.

Aula Magna do primeiro mestrado do Baixo Parnaíba, no Centro de Ciências de São Bernardo (CCSb). Foto: Dcom
O curso de Doutorado em Saúde e Tecnologia do Centro de Ciências de Imperatriz, um dos novos doutorados implantados, o primeiro da UFMA no interior na área de saúde com interseção com a tecnologia e atende a uma demanda reprimida de formação avançada, permitindo que mestres da instituição e de outras universidades permaneçam na região para concluir a formação, além de favorecer a fixação de pesquisadores no interior, contribuindo diretamente para o desenvolvimento tecnológico, a inovação e o crescimento da produção científica local.
Para o coordenador do Doutorado em Saúde e Tecnologia, Aramys Silva dos Reis, “a criação do programa representa uma conquista histórica para a UFMA e para toda a Região Sul do Maranhão” e destaca que o programa já entra em sua segunda turma com grande procura, resultado da necessidade acumulada de qualificação em áreas estratégicas como saúde, tecnologia, alimentos, biologia e química.
Ainda segundo o coordenador, o doutorado impulsionou a criação de soluções tecnológicas e ampliou o protagonismo do Centro de Ciências de Imperatriz, que hoje se destaca como um dos câmpus da UFMA que mais deposita patentes, reflexo direto da consolidação da pós-graduação na região. “A presença do doutorado aqui fortaleceu muito o interior do estado, em especial, essa região sul do estado, porque não está só promovendo um desenvolvimento tecnológico, está permitindo um avanço na inovação”, ressaltou o coordenador.
Para a doutoranda em Saúde e Tecnologia, Fernanda Faria, a oportunidade de cursar o programa em sua própria cidade simboliza também uma forma de ascensão pessoal e profissional. “A implementação do doutorado em Imperatriz possibilitou a continuidade de um sonho, seguir na pesquisa e alcançar o título de doutora, sem a necessidade de passar por todo um processo de mudança que é caro de muitas maneiras, financeiramente e emocionalmente, que muitas vezes foi um impeditivo para aqueles que não puderam seguir em frente e agora tem essa oportunidade perto de casa. Além disso é, com certeza, um marco pro desenvolvimento científico da região. Pessoalmente, é uma oportunidade única participar e ver nossa região crescer em seu potencial de inovação científica”, declarou Fernanda.

Aporte histórico de recursos para ciência e pesquisa
O investimento em ciência também alcançou níveis mais altos. Entre 2024 e 2025, a UFMA captou R$ 104.198.468,76 em fomento para pesquisa, provenientes das principais agências brasileiras. O volume de recursos tem permitido ampliar e modernizar laboratórios, consolidar grupos de pesquisa e fomentar projetos com impacto social e econômico. Nesse contexto, houve também o aumento do número de bolsas de mestrado (41,8%) e doutorado (27,8%).
O acesso à bolsa garante condições reais de dedicação integral à pesquisa, permitindo a continuidade e a qualidade do trabalho científico. “Como bolsista há também a vantagem de poder me dedicar à pesquisa em tempo integral, o que para pesquisa experimental, que é o meu caso, é muito válido. Passamos muito tempo no laboratório, investidos em nossos experimentos, em escrever e cumprir com nossas responsabilidades, e ter o suporte da bolsa, mesmo que ainda haja espaço para melhorias, é certamente imprescindível", expressou a doutoranda Fernanda Faria.
“Outro fato importante que nós conseguimos, é, graças também à gestão do Governo Federal, do presidente Lula, foi o aporte financeiro em projetos de pesquisa institucional. Nós tivemos um total arrecadado nesses dois anos em torno de 104 milhões de reais, da FINEP, do CNPQ, da CAPES e do BNB, e aumentamos o aporte de bolsas, principalmente do CNPQ e da FAPEMA. Então, estamos no caminho certo e esses dados têm contribuído para que a UFMA atinja patamares importantes, tanto nos rankings nacionais quanto nos rankings internacionais”, declarou a pró-reitora da Ageufma, Flávia Nascimento.
UFMA se consolida como referência nacional em ciência e inovação
Os resultados alcançados nos últimos dois anos reforçam o compromisso da Universidade com uma pós-graduação forte, inovadora e socialmente relevante. A combinação de novos cursos, maior captação de recursos, expansão da cultura de propriedade intelectual e aceleração dos projetos de inovação coloca a UFMA em posição de destaque no cenário científico nacional.
Com políticas bem estruturadas e equipes engajadas, a instituição segue ampliando fronteiras, movimentando a ciência e gerando soluções para o Maranhão e para o país. Avançar sempre!
Por: Dcom
Fotos: Dcom
Infográfico: Érika Viana