UFMA exibe documentário “Ouvidos Calados” e promove roda de conversa no âmbito da campanha Setembro Amarelo

Como parte da campanha Setembro Amarelo, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Diretoria de Assuntos Culturais (DAC) e da Divisão de Qualidade de Vida (DQV-PROGEP), com o apoio da Divisão de Atendimento e Ações em Saúde (DAAS-PROAES), realiza,  na sexta-feira, 27, com início às 10h, a exibição do documentário “Ouvidos Calados”, dirigido por Mauro Baptistella. O evento ocorre no Auditório Mário Meireles, no Centro de Ciências Humanas (CCH).

A exibição será seguida por uma roda de conversa com profissionais da área da saúde mental, abordando temas essenciais sobre a prevenção ao suicídio. A iniciativa integra as atividades do Setembro Amarelo, campanha nacional de conscientização que visa informar a população sobre os fatores de risco, os sinais de alerta e as formas de prevenção, além de oferecer apoio a pessoas que estão em situações de vulnerabilidade. A técnica-administrativa e psicóloga da UFMA, Alynne Virginya, explica como surgiu a ideia do evento. "A ideia surgiu da necessidade urgente de promover o diálogo sobre saúde mental e oferecer informações baseadas em evidências sobre os fatores de risco, sinais de alerta e formas de apoio a pessoas em vulnerabilidade emocional. A organização envolveu profissionais de diferentes áreas e a comunidade acadêmica para que pudéssemos alcançar o maior número de pessoas possível”, coloca. 

A produção cinematográfica “Ouvidos Calados”, foi lançada em 2018 e exibida no Festival Guarnicê de Cinema, promovido pela UFMA, por meio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec). O documentário aborda, de forma sensível e profunda, o delicado tema do suicídio, trazendo à tona depoimentos de pessoas que vivenciaram essa realidade de perto, seja por experiência pessoal seja por convivência com amigos e familiares.

Ao longo do filme, Baptistella convida o público a refletir sobre as múltiplas camadas de sofrimento emocional que podem levar alguém a tomar uma decisão tão drástica. A obra é um importante instrumento para humanizar o debate sobre o suicídio e abrir espaço para o diálogo, um dos principais focos da campanha Setembro Amarelo.

A roda de conversa que ocorrerá após a exibição do documentário busca, sobretudo, desmitificar o tema do suicídio, que, muitas vezes, é tratado com um tabu. De acordo com especialistas, falar sobre o assunto de maneira aberta e responsável é fundamental para que pessoas em sofrimento se sintam seguras para buscar ajuda. Além disso, é uma oportunidade de orientar a comunidade acadêmica e a população em geral sobre os recursos disponíveis para quem precisa de apoio psicológico. A interação com o público será incentivada, criando um ambiente de troca e acolhimento, onde dúvidas poderão ser esclarecidas e experiências compartilhadas.

A campanha Setembro Amarelo surgiu no Brasil em 2015, e, desde então, instituições, organizações e entidades governamentais têm se unido para promover ações que visam informar, alertar e apoiar a população sobre a importância de cuidar da saúde mental. A escolha do mês de setembro para a campanha faz referência ao Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio, celebrado em 10 de setembro.

De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), o suicídio é uma das principais causas de morte em todo o mundo, especialmente entre jovens. No Brasil, os números também são alarmantes, destacando a necessidade urgente de discutir e implementar políticas de prevenção e cuidado com a saúde mental.

O evento é gratuito e aberto ao público, reforçando o convite para que a comunidade acadêmica e o público externo participem e contribuam para essa importante reflexão. Segundo Alynne, a expectativa é que essa ação não apenas informe, mas também promova acolhimento. "Esperamos que o evento não apenas informe, mas também promova um espaço de acolhimento e troca de experiências, contribuindo para uma cultura de prevenção ao suicídio e cuidado com a saúde mental em nossa comunidade".

As ações da UFMA em prol da campanha Setembro Amarelo reforçam a importância de discutir abertamente a saúde mental, principalmente em um contexto em que os índices de suicídio continuam altos no Brasil. Para quem deseja participar, as inscrições podem ser feitas on-line, por meio deste link.

Por: Geovanna Selma 

Revisão: Jáder Cavalcante