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Instituto de Energia Elétrica da UFMA apresenta plataformas de prospecção do projeto EoSolar ao diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica

publicado: 30/07/2021 17h15, última modificação: 31/07/2021 09h01
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Na quinta-feira, 29, foi apresentado o funcionamento das plataformas de prospecção do Projeto EoSolar, do Instituto de Energia Elétria (IEE) da UFMA, ao diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), Sandoval Feitosa, e às instituições parceiras. Desenvolvido pela Universidade Federal do Maranhão com investimento dos grupos Equatorial e Gera Maranhão, além de parceria da Fundação Sousândrade, Camargo Schubert Engenheiros Associados, Albitec Consultoria e Manutenção de Sistemas e da Federação das Indústrias do Estado do Ceará, o projeto visa ao mapeamento e à avaliação do potencial para produção de energia eólica e solar do estado em diferentes escalas temporais e espaciais.

O EoSolar terá produtos inovadores, como o Light Detection and Raging (Lidar), um sensor que, por meio de laser, faz cerca de vinte mil medições em apenas um segundo e consegue estimar a velocidade do vento em vinte níveis diferentes num espaço de 40 a 300 metros de altura; o Sonic Detection and Ranging (Sodar), que funciona basicamente como o Lidar, porém utiliza ondas sonoras no lugar de feixe de laser; e duas torres micrometereológicas que são capazes de medir diferentes níveis de ventos com precisão e repetições muito altas, de variações de décimos de segundo até dias, meses e anos.

Fernando Carvalho, pró-reitor da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (Ageufma), comentou os frutos da parceria da instituição com empresas privadas: “A nossa Universidade, na gestão do reitor Natalino Salgado, está investindo no desenvolvimento de mais projetos de inovação como este. Temos feito mudanças para que possamos nos aproximar ainda mais dessas empresas e assim gerarmos mais empregos e maior qualidade de vida para nossa população. Agradeço a nossos pesquisadores, à Aneel e ao Gera Maranhão e à Equatorial o financiamento deste projeto que, a meu ver, é um dos mais importantes que estão sendo desenvolvidos dentro da UFMA”.

Sandoval Feitosa, diretor da Aneel, falou sobre o ciclo que é necessário ser estimulado para a união entre a universidade pública e toda a sociedade. “A Universidade precisa do desenvolvimento teórico, mas também da prática. Precisa desenvolver resultados para a sociedade para que esta passe a acreditar e, consequentemente, investir na instituição de ensino. Os investimentos do governo são limitados, então é preciso seduzir a indústria que, ao perceber como a universidade aumenta sua produtividade e lucros, investe ainda mais”, afirmou.

Instituto de Energia Elétrica da UFMA apresenta plataformas de prospecção do projeto EoSolar ao diretor da Agência Nacional de Energia Elétrica - 29-07-2021

O presidente da Gera Maranhão, Lauro Fiuza, destacou a importância de estar presente em um momento de transição nas formas de geração de energia: “O mundo está mudando, e o Brasil é um dos poucos países com geração de energia em todos os espectros possíveis. Vemos nessa transição a oportunidade de participar da pesquisa sobre o que será o futuro da geração de energia do Brasil. Não existe desenvolvimento econômico sem pesquisa. E a pesquisa está na Universidade, e o empresariado vai buscar. É assim na Europa, nos Estados Unidos, e nós precisamos copiar e seguir esses passos. É fundamental para o Brasil esse casamento entre a universidade pública e a iniciativa privada”.

Professor Denisson Queiroz Oliveira, coordenador do projeto, também deu destaque à importância da união entre os setores público e privado. “Essas parcerias são importantes para fomentar a interação entre Universidade e empresa. Mostra que a Universidade é capaz de contribuir com o crescimento da sociedade e com os interesses do mercado. É interessante ir além dos muros, interagir com diversas instituições e, dessa forma, buscar um bem comum para todos. Além disso, quando você executa um projeto deste nível com sucesso, cria respeito em relação ao trabalho e isso vai sendo replicado em projetos anteriores”, analisou.

Segundo o gerente corporativo de digital e inovação do Grupo Equatorial, Marcelo Fernandes Augusto Jr, a união entre a UFMA, a ANEEL, a Gera Maranhão e o Grupo Equatorial Energia neste projeto é muito importante, pois os investimentos em pesquisa neste projeto trarão um produto essencial à sociedade, de maneira muito positiva, com informações valiosas para todos os que possuem interesse na temática de geração de energia no Maranhão. “O projeto EoSolar é de grande relevância porque contribuirá para atrair grandes investimentos para o Maranhão, além de reunir dados e informações inovadoras para a comunidade científica que estuda energias renováveis. Isso tudo faz parte das dezenas de iniciativas de inovação e sustentabilidade do Grupo Equatorial. O Maranhão dispõe de 426 MW em potência eólica e ainda nenhuma usina solar fotovoltaica de grande porte. Se dobrar a potência eólica instalada, e tiver o mesmo de potência equivalente em usinas solares, representa investimentos superiores a R$ 3 bilhões”, ressalta Marcelo Augusto.

O professor Felipe Pimenta, da Universidade Federal de Santa Catarina, comentou a importância positiva dessas parcerias para a instituição pública: “É fundamental porque casamento entre áreas diferentes permitem desenvolvimento de projetos mais arrojados e inovadores. Os alunos ganham experiência com outros pesquisadores, e isso vai formar uma nova visão, não só da ciência, mas também de problemas econômicos e sociais que precisam ser desenvolvidos com a ajuda da Universidade. Além disso, o financiamento público é limitado, portanto é necessário parcerias como esta, para que seja possível a compra de equipamentos e outras coisas. Sem a empresa privada não seria possível custear tudo”.

Por último, o professor Shigeaki de Lima, diretor da Gestão de Inovação e Serviços Tecnológicos da Ageufma, falou da importância do investimento nesse tipo de tecnologia de energia renovável. “É realmente necessário conhecer esse potencial de fontes renováveis. Você precisa colocar equipamentos para levantar esse potencial, e isso permite a você colocar as políticas públicas para o estado, para a Universidade e o empresariado em geral, então todo o mundo nesse conjunto acaba sendo beneficiado. Por isso a importância desse networking entre as instituições, entre professores e alunos. Tudo isso facilita o futuro, a evolução da sociedade”, destacou.

Por: Kaio Lima

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Revisão: Jáder Cavalcante

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