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UFMA abre as portas para o concerto “Vozes Ancestrais”

publicado: 15/08/2025 11h21, última modificação: 15/08/2025 11h30
UFMA abre as portas para o concerto “Vozes Ancestrais”

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (Proec), acolheu o concerto “Vozes Ancestrais: a música coral afro-indígena brasileira”, na última quarta-feira, 13, no auditório central, Câmpus Bacanga. Sendo promovida pela Universidade Federal de Campina Grande (UFCG), a programação continua até hoje, 15, no Palacete Gentil Braga, a partir das 18h.

Fortalecendo as nossa raízes, a tradição popular, o saber e a história dos povos indígenas, a realização da iniciativa na terra maranhense reafirma os costumes vivenciados aqui, como ressalta a pró-reitora da Proec, Zefinha Bentivi: “A importância é imensa, primeiro, que nós somos um estado formado, basicamente, pela população afro-brasileira e as populações indígenas. Valorizar essas etnias é fundamental. São duas universidades em parceria, mostrando a responsabilidade que a Universidade Federal do Maranhão tem com suas coirmãs”.

A programação contou com a apresentação de diversos grupos: Coro de Câmara de Campina Grande, Madrigal Sons das Águas; Coral da UFMA e Coral São João. Para o regente do coro campinense, Vladimir Silva, a parceria com a universidade maranhense e com os demais corais é essencial, e a visita ao Maranhão faz parte de um grande projeto: 

 “A ideia era exatamente visitar estados que o coral ainda não havia visitado e que também tenha uma tradição coral muito forte, porque o projeto também consiste nessa interação com as comunidades locais. Então, durante essa temporada, vamos visitar comunidades tradicionais, afroquilombolas e também indígenas e também visitar os coros locais. Sem a presença e o apoio da UFMA, teria sido muito mais difícil, e nós entendemos que o espaço acadêmico é o local ideal para a gente também ter esse tipo de repertório. A Pró-reitoria de Assuntos Culturais e a Pró-reitoria de Extensão daqui são muito fortes, e isso é essencial, porque a universidade é ciência, é tecnologia, é inovação e é arte”, afirmou o regente.

Vozes Ancestrais é um projeto contemplado no programa Bolsa Fundação Nacional de Artes (Funarte) - Pixinguinha de Música, a originalidade e a valorização de obras escritas por compositores brasileiros são características que destacam a iniciativa. A temática explorada quebra paradigmas de apresentações geralmente focadas na cultura europeia. Segundo o músico Lucas Barreto, a experiência é emblemática:

“Uma experiência maravilhosa e especial, voltar ao Maranhão dessa vez para trazer música. Um espetáculo que, principalmente, exalta a cultura popular brasileira, músicas afro-indígenas brasileiras, canções que falam dos povos originários, de religiões afro-brasileiras. É legal quebrarmos esse paradigma e trazer o que realmente se mostra a cultura brasileira. Cantar em coral é uma experiência que sempre me agregou muito, na condição de músico e profissional da música, além de ser uma experiência musical complexa porque preciso me concentrar no que faço, mas, ao mesmo tempo, ouvir meus colegas é uma corrente que faz parte de um todo”, compartilhou o músico.

O momento vai além do entretenimento, reforça a cultura que permeia o solo brasileiro e que geralmente é desvalorizada: “É muito importante que possamos ter essa oportunidade de ouvir sons da ancestralidade não só africana como indígena. Tive a oportunidade de visitar alguns países da África e alguns espaços indígenas, não só aqui no Maranhão, como no Amazonas e na Bahia, realmente nos faz lembrar essa ancestralidade que eu vi. É muito importante para nos trazer de volta a nossa essência, é como um despertar que nós precisamos olhar e prestar atenção nas nossas ancestralidades”, enfatizou a professora do curso de Música da UFMA Brasilena Gottschall.

O concerto “Vozes Ancestrais: a música coral afro-indígena brasileira” ecoa o som da ancestralidade, preservando os nossos valores e a nossa tradição histórica. Receber essa programação reafirma o empenho da UFMA como promovedora e incentivadora da cultura brasileira e da valorização dos povos originários.

 

Por: Aline Vitória

Fotos: Valdo Tavares

Revisão: Jáder Cavalcante

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