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Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFMA encerra programação com mais de mil trabalhos apresentados

publicado: 01/12/2025 16h19, última modificação: 02/12/2025 15h35
Seminário de Iniciação Científica e Tecnológica da UFMA encerra programação com mais de mil trabalhos apresentados

27 trabalhos foram premiados no Câmpus São Luís. Foto: Agaminon Sales (SCOM)

Na tarde dessa sexta-feira, 28 de novembro, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-graduação e Internacionalização da UFMA (AGEUFMA), realizou o encerramento do 37º Seminário de Iniciação Científica (SEMIC) e do 17º Seminário de Iniciação ao Desenvolvimento Tecnológico e de Inovação (SEMITI).  A cerimônia foi realizada na Cidade Universitária com transmissão ao vivo para os Centros de Ciências Bacabal, Balsas, Chapadinha, Codó, Grajaú, Imperatriz, Pinheiro e São Bernardo. 

O encerramento contou com a premiação de 27 trabalhos apresentados do Câmpus São Luís. Vale ressaltar que, este ano, tanto as apresentações como as premiações ocorreram de forma descentralizada pelos nove câmpus da instituição.

Ao todo, 1.040 projetos do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação Científica (PIBIC), PIBIC - Ensino Médio e Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI) foram apresentados em todos os câmpus. Durante os cinco dias de programação, alunos bolsistas, voluntários e pesquisadores apresentaram o resultado de pesquisas realizadas no ciclo 2024-2025.

Durante a solenidade de encerramento, o reitor da UFMA, Fernando Carvalho, frisou o compromisso da UFMA em divulgar a ciência e a tecnologia produzidas na instituição. O reitor celebrou, ainda, a premiação dos melhores trabalhos apresentados nesta edição. “Esse é o momento mais importante do SEMICTI, é o momento em que premiamos os melhores trabalhos apresentados em todas as áreas. Este ano, nós tivemos recorde de apresentação de trabalhos, e eu tenho certeza  de que a Universidade está fazendo seu papel divulgando a ciência e a tecnologia que são produzidas dentro da nossa instituição”, ressaltou. 

Na ocasião, a UFMA celebrou a inserção dos discentes de Ensino Médio e Graduação na Iniciação Científica. Foto: Agaminon Sales (SCOM)

A pró-reitora da AGEUFMA, Flávia Nascimento, destacou que a edição deste ano foi inovadora por consolidar a descentralização do SEMICTI, permitindo apresentações e premiações em todos os centros e ampliando a visibilidade da ciência produzida na Universidade. “Este ano, o SEMIC foi muito representativo para a nossa Universidade. Conseguimos efetivar e consolidar a descentralização do SEMICTI, conseguimos ter apresentações de trabalhos em  todos os centros, e todos fizeram sua própria premiação. Isso é muito importante para que todos os alunos do centro consigam enxergar a ciência que se faz na Universidade”, pontuou. 

PREMIAÇÃO

Para fomentar a iniciação científica e tecnológica na Universidade, o SEMICTI contou com a premiação dos melhores trabalhos apresentados. Foram premiados trabalhos que conquistaram o 1º, 2º e 3º lugares em todas as áreas de conhecimento contempladas pela edição nas áreas de Ciências Exatas, Tecnológicas, da Saúde, Biológicas, Agrárias, Humanas e Sociais, além das categorias PIBIC Ensino Médio e PIBITI. 

Em São Luís, 27 trabalhos foram condecorados. A premiação reconheceu a excelência da produção científica desenvolvida por estudantes e pesquisadores nas diversas modalidades do evento.

A solenidade de encerramento em São Luís foi marcada pela premiação dos melhores trabalhos apresentados. Foto: Agaminon Sales (SCOM)

Premiados em 1° lugar na categoria PIBIC- Ensino Médio, Emily Barbosa Monteiro, aluna do Colégio Universitário da UFMA, e seu orientador, Leonardo Teixeira Dall’Agnol, professor do curso de Ciências Biológicas da UFMA, apresentaram o trabalho “Estudo da Diversidade de Liquens da Região do Itaqui-Bacanga Utilizando uma Ferramenta de Inteligência Artificial”. 

Para Emily, participar do PIBIC-EM é fundamental para seu crescimento acadêmico e desenvolvimento pessoal.  “Como uma cidadã, por meio desse projeto, eu acredito que ele foi muito importante, não só para o meu desenvolvimento científico-acadêmico, mas também para a minha pessoa, para o meu letramento pessoal”, expressou.

De acordo com o orientador do trabalho, professor Leonardo Teixeira Dall’Agnol, o PIBIC-EM tem demonstrado  resultados significativos na motivação dos estudantes do ensino médio e impacto direto na sociedade. “O PIBIC Ensino Médio tem um papel fundamental de aproximação entre a academia e a sociedade. E uma das coisas que a gente percebe, e acho que é uma das coisas mais gratificantes, é quando a gente vê alunos que dizem assim: ‘Nossa, eu nunca tinha pensado em fazer um curso de graduação ou na área científica, mas hoje em dia não parece tão distante’. Vimos isso muito frequentemente, essa empolgação e esse despertar para a ciência. Com tanto discurso anticiência, negacionista, é essencial na nossa sociedade, hoje em dia, ter essa aproximação. Então, acho que é uma das facetas mais importantes da Universidade", salientou.  

Premiados na categoria PIBIC-EM. Foto: Agaminon Sales (SCOM)

Na categoria PIBIC, na área de Ciências Agrárias, o discente de Ciências da Computação da UFMA, João Victor Abreu Machado e seu orientador, o professor Lívio Martins Costa Junior, foram premiados com o trabalho "Desenvolvimento de software para quantificar a mortalidade de larvas do carrapato bovino Rhipicephalus microplus".

O projeto desenvolveu um aplicativo que utiliza inteligência artificial para automatizar a contagem de larvas do carrapato bovino em testes de eficácia de produtos carrapaticidas. Atualmente, os testes de imersão larval são realizados de forma manual, exigindo que especialistas contem individualmente entre 100 e 250 larvas para determinar quantas estão vivas ou mortas após a aplicação do produto. Com o novo aplicativo, o processo se torna mais ágil.

Para João Victor, ver o trabalho ser reconhecido é essencial para satisfação pessoal.  “É muito especial e único, não estava esperando esse momento, e é muita satisfação ver que o trabalho que a gente fez durante este ano foi reconhecido, muita felicidade e muita gratidão pelo processo. Acredito que estar inserido na Iniciação Científica é superimportante, porque você cresce muito, não só como estudante, mas também como pessoa. Você conhece os professores, outros alunos de instituição científica, e isso só engrandece a sua jornada dentro do mundo acadêmico e dentro do mundo profissional”, externou. 

Premiados na categoria Ciências Agrárias. Foto: Agaminon Sales (SCOM)

SEMICTI

O SEMIC é o evento mais tradicional de socialização  da produção acadêmica dos estudantes de graduação. Criado nos anos 1988, surgiu como espaço para apresentação dos  resultados das pesquisas desenvolvidas pelos bolsistas de  iniciação científica e, ao longo do tempo, consolidou-se como  atividade anual voltada à divulgação científica em todas as  áreas do conhecimento. O seminário integra as ações do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC) e representa importante etapa de formação para os  alunos, incentivando-os a avançar na vida acadêmica e a participar de eventos científicos em âmbito nacional. 

Já o Seminário de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (SEMITI) foi criado em 2008, com o objetivo de valorizar a pesquisa aplicada e incentivar o desenvolvimento de soluções inovadoras em parceria com diferentes setores da sociedade. Vinculado ao Programa Institucional de Bolsas de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação (PIBITI). O evento também ocorre anualmente e, geralmente, de forma integrada  ao SEMIC, fortalecendo o calendário institucional da ciência, tecnologia e inovação da UFMA. 

Nesta edição, 913 trabalhos apresentados eram do PIBIC, 89 do PIBITI e 38 PIBIC-EM. 

Por: Sarah Dantas

Fotos: Agaminon Sales

Revisão: Jáder Cavalcante

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