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Semic e Semiti 2024 são encerrados com premiações na UFMA

publicado: 10/12/2024 12h11, última modificação: 10/12/2024 13h27
Semic e Semiti 2024 são encerrados com premiações na UFMA

Com o objetivo de dar visibilidade e reconhecimento aos projetos e às pesquisas desenvolvidos na Universidade Federal do Maranhão (UFMA) e por estudantes do ensino médio, o XXXVI Seminário de Iniciação Científica (Semic) e o XVI Seminário de Iniciação Tecnológica e Inovação (Semiti) tiveram encerramento na última sexta-feira, 6, no Auditório Central da UFMA. Com mais de cinquenta premiados de diversas áreas, o encerramento dos seminários, que ocorreram dos dias 2 a 6 de dezembro, foi marcado pela entrega de troféus aos discentes e docentes com os melhores trabalhos apresentados ao longo do evento.

A coordenadora de Programas de Iniciação Científica e Tecnológica da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-graduação e Internacionalização da UFMA (Ageufma), Lucilene Amorim Silva, explicou: “O Semic e o Semiti são seminários que mostram os resultados de pesquisas científicas de desenvolvimento tecnológico desenvolvidas pelos alunos e pelos docentes, então é uma oportunidade única que o aluno tem de expor os trabalhos para a comunidade acadêmica e para a comunidade em geral”.

O reitor da UFMA, Fernando Carvalho, ressaltou a importância da solenidade para a Universidade e para a comunidade acadêmica: “A UFMA detém pelo menos 70% da produção científica do nosso estado. O Semic, que é o resultado dos trabalhos que são apresentados pelos nossos discentes, contribui muito para isso com artigos científicos, patentes. Então, é muito importante nós termos um evento assim, não só aqui [em São Luís]. Como nós determinamos no ano passado, já nos comprometemos para que todos os centros fizessem sua cerimônia separadamente, e foi o que aconteceu”.

A solenidade contou, por meio de transmissão ao vivo, com a participação de pesquisadores e docentes dos Centros de Ciências Bacabal, Balsas, Chapadinha, Codó, Grajaú, Imperatriz, Pinheiro e São Bernardo, sendo presidida em São Luís e celebrando as produções do ciclo 2023-2024 dos nove Centros.

A pró-reitora da Ageufma, Flávia Nascimento, avaliou a realização dos seminários: “Foi um sucesso. A UFMA deu um espetáculo de ciência e tecnologia, animação e empolgação dos nossos alunos, que apresentaram seus trabalhos de pesquisa e também de inovação tecnológica. Nós voltamos ao presencial depois da pandemia, o que foi um desafio, mas também foi muito prazeroso; e nós pudemos interagir entre as áreas. Tivemos ampla cobertura, tanto em São Luís quanto no continente. Houve apresentação presencial em todos os centros da UFMA, com trabalhos excelentes e perguntas desafiadoras. O Semic e Semiti serviram seu propósito, que é levar ciência e tecnologia para a comunidade, não só à nossa comunidade interna, mas para fora dos muros da Universidade”.

A discente do curso de Ciências Biológicas Zulma Alves, cuja pesquisa visa documentar e identificar as espécies utilizadas nos rituais de religiões de matrizes africanas, contou sobre sua participação nos seminários e na cerimônia: “Foi minha primeira vez e foi uma experiência incrível. A gente acaba ampliando nossos olhares, principalmente, para a pesquisa. E a gente vai se descobrindo como pesquisador e entendendo a potência que a pesquisa tem aqui no Maranhão também”, relatou.

Iniciação científica cada vez mais cedo

Dando evidência ao mérito da iniciação científica também para os estudantes do ensino médio, o reitor comentou: “É muito importante começar a despertar nos nossos alunos do ensino médio a sua pretensão de, futuramente, ser um pesquisador, atuar na Universidade, porque nós sabemos que temos que prepará-los para o futuro, para que eles assumam a produção científica e tecnológica da Universidade”.

O estudante do Colégio de Aplicação da Universidade Federal do Maranhão (Colun) e participante do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC), Lyan Lidio Gonçalves, premiado por sua pesquisa, pontuou: “A nossa pesquisa vem para enriquecer a História e não tirar o método tradicional de ensino, mas, sim, aproximar e servir como uma metodologia de ensino. Foi muito gratificante e muito importante participar do evento porque estou concluindo o ensino médio, é como se eu estivesse fechando um ciclo com chave de ouro. A iniciação científica faz com que os estudantes tenham uma visão crítica acerca dos conteúdos”.

O professor de Educação Básica, Técnica e Tecnológica do Colun Raimundo Inácio também reconheceu o valor da iniciação científica para os estudantes do ensino médio: “Quanto mais cedo a gente é exposto aos princípios da produção científica, acredito que isso tem um impulso muito grande na trajetória acadêmica. Eu tive a felicidade de fazer PIBIC na graduação, mas agora o Colégio Universitário, com a oferta desde o ensino médio, amplifica muito o potencial e ajuda o aluno a ter contato com publicações científicas, com formas de pesquisa, então acredito que é um ganho muito significativo para esses estudantes”.

Trabalhos premiados

A professora Larissa Leda, orientadora do trabalho de Cezar Augusto Veras, que galgou o prêmio em primeiro lugar da categoria das Ciências Sociais Aplicadas, destacou a importância do Semic: “A ideia central é a formação dos alunos, de futuros pesquisadores, que é o grande benefício que o Semic traz. Essa pesquisa faz parte de um projeto anterior, maior, que tem a ver com a tentativa de classificação e categorização de como a monstruosidade é retratada na teledramaturgia nacional; esse plano específico que foi premiado faz um levantamento empírico de toda a teledramaturgia brasileira de 1970 até 2023, então é um trabalho de levantamento de dados de muito fôlego”.

“Eu tô muito feliz, é um evento muito importante e que dá visibilidade e valor para nós, que somos pesquisadores. Pra mim, participar foi muito interessante e muito importante e por isso me envolvi ainda mais nessa pesquisa. Falar desse tema é importante porque dá visibilidade também à representatividade que cada vilão tem dentro das narrativas, que é o principal”, expressou o primeiro lugar da categoria das Ciências Sociais Aplicadas, Cezar Veras.

Nos Centros de Ciência do continente, foram premiados os três melhores trabalhos apresentados. No Câmpus de Balsas, a pesquisa "Síntese, Caracterização e Aplicação de Complexo Fotosensibilizador em Célula Solar", desenvolvida por Gabryelle Sousa de Araujo e orientada por Regina Maria Mendes Oliveira, conquistou o primeiro lugar entre os oito trabalhos expostos. Para a discente, a premiação é um estímulo para continuar com as pesquisas. “Essa é minha primeira pesquisa, então eu nunca tinha ganhado nada. Fiquei muito feliz por ter sido premiada, principalmente, pelo reconhecimento que isso traz para o currículo, ainda mais por se tratar de um evento da própria UFMA. Sem falar na motivação pessoal para continuar mais um ano na pesquisa”, celebrou Gabryelle.

 

Finalizando seu discurso durante a cerimônia de encerramento, o reitor da UFMA deixou uma mensagem aos discentes: “O Semic e o Semiti mostram o resultado do trabalho de vocês ao longo do ano sob a orientação dos nossos pesquisadores, e isso é importante porque vocês estão produzindo ciência e tecnologia na Universidade. Isso melhora cada vez mais a qualidade da nossa instituição. Queremos que a Universidade tenha qualidade em todos os sentidos: na extensão, na pesquisa, na internacionalização, na inovação, na pós-graduação, no empreendedorismo”.

Confira aqui a lista completa dos premiados.

Por: Lucas Cássio Ferreira

Fotos: Dcom-UFMA

Revisão: Jáder Cavalcante

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