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Projeto de extensão da UFMA promove oficina "Elaboração e Gestão de Projetos Culturais" no Coroadinho, em São Luís
A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Programa de Extensão na Pós-graduação (PROEXT-PG) promove, em parceria com o Instituto Rede Coroado de Natal, a Oficina Elaboração e Gestão de Projetos Culturais, neste sábado, 26, e domingo, 27, no Centro Educa Mais Dorilene Silva Castro, no Alto da Bela Vista, Coroadinho.
A atividade é parte das ações do Programa UNA-SE Cultura, Educação Ambiental e Patrimonial, que contempla a região do Polo Coroadinho e o entorno do Parque Estadual do Bacanga.
O UNA-SE é um projeto de extensão executado por quatro programas de pós-graduação da UFMA: Desenvolvimento e Meio Ambiente da Rede Prodema, o Programa de Pós-Graduação em Ciências da Informação e o Programa de Pós-Graduação em Artes Cênicas. Foi contemplado por meio de um edital de chamada interna da Agência de Inovação, Empreendedorismo, Pesquisa, Pós-Graduação e Internacionalização (AGEUFMA) e da Pró-reitoria de Extensão e Cultura (PROEC) da Universidade.
De acordo com o coordenador do projeto e professor da UFMA, Arkley Bandeira, o Polo Coroadinho foi escolhido para a execução do projeto devido à sua proximidade com a Universidade, tanto em termos geográficos quanto pela relação já estabelecida por meio de serviços prestados pela instituição. O polo Coroadinho é formado por bairros com vários núcleos de cultura popular, como bumba meu boi, tambor de crioula, cacuriá, festas do Divino Espírito Santo, grupos de teatro, coletivos de mulheres e casas de matriz africana.

O Parque Estadual do Bacanga é rico em biodiversidade e sítios arqueológicos e favorece o desenvolvimento de atividades de caráter científico, educativo e recreativo. Ambos têm forte representatividade na região por meio do instituto do Ecomuseu Sítio do Físico e do Instituto Rede Coroado de Natal.
Ao longo do projeto, serão desenvolvidos cinco produtos principais voltados ao fortalecimento do Polo Coroadinho. O primeiro é a capacitação da comunidade para a elaboração de projetos voltados a editais de financiamento, inicialmente, com foco sociocultural, mas com perspectiva de expansão para as áreas de meio ambiente, saúde e educação. A segunda ação é a criação de um selo territorial que valorize produtos da economia criativa e solidária da região, como artesanato feito com materiais recicláveis e manifestações culturais tradicionais. O terceiro produto consiste na elaboração de um inventário turístico com foco no Parque Estadual do Bacanga, visando mapear atividades e potencialidades da região. O quarto é a criação de uma biblioteca virtual reunindo produções acadêmicas e relatos orais sobre o território, fortalecendo a memória e identidade local. Por fim, o quinto produto será a realização de um evento entre os dias 4 e 6 de junho, durante a Semana Internacional de Meio Ambiente, com foco em clima, meio ambiente e patrimônio cultural.
Todas essas ações foram pensadas ao longo de anos de trabalhos realizados pelos programas de pós-graduação. Arkley Bandeira salienta a importância de inserir a extensão na pós. “Nós já trabalhamos a extensão de forma bastante interessante no âmbito da graduação e agora, por meio desse edital, nós conseguimos propor um projeto que foi contemplado para justamente aproximar os estudantes da pós-graduação da extensão. Nós teremos vários desdobramentos no cunho acadêmico: primeiro, é inserir os estudantes na questão da extensão; segundo, produzir conhecimento. Por exemplo, o selo territorial já é o projeto de mestrado de um orientando meu no Prodema. Os estudantes de PIBIC também vão poder participar do levantamento bibliográfico, ou seja, todo mundo sai ganhando, e a própria comunidade, que vê na Universidade um parceiro estratégico. A universidade avança seus muros e busca problemáticas reais para atuar”, coloca.
O UNA-SE tem vigência de um ano de execução e, como resultados, pretende fomentar habilidades criativas para o desenvolvimento de produtos e serviços inovadores com a adoção de práticas mais responsáveis do ponto de vista ambiental.
Revisão: Jáder Cavalcante