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Projeto da UFMA leva cultura e diversão com bonecos para crianças em São Luís

publicado: 04/12/2025 16h03, última modificação: 04/12/2025 16h42
Projeto da UFMA leva cultura e diversão com bonecos para crianças em São Luís

Crianças do bairro Jambeiro brincando com fantoches. Foto: divulgação

A Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do curso de Teatro, promoveu, no dia 28 de novembro, um evento de Teatro de Bonecos com crianças do bairro Jambeiro, em São Luís. A atividade reuniu cerca de 25 crianças em uma tarde dedicada à diversão e à valorização da imaginação como instrumento lúdico.

A Praça do Riacho Doce foi transformada em um verdadeiro palco cultural, com encenações de contos, rodas de conversa e recreações. Além do entretenimento, o evento representou uma oportunidade de inclusão cultural e artística, levando acesso à arte para toda a comunidade local.

À frente da organização, o discente e participante da Coletiva Teatrar, Rafael Lobato, reflete sobre a força de integração social possibilitada pelas artes cênicas. “Levar essa ação, centrada na brincadeira com teatro de bonecos, nasce da necessidade de apresentar às crianças uma nova linguagem artística. Muitas delas nunca tiveram acesso ao teatro de formas animadas”, salientou. 

E frisa o papel do estímulo a criatividade no desenvolvimento infantil. “Por isso essa iniciativa busca ampliar seu repertório cultural, despertando a imaginação, o encantamento e a possibilidade de experimentar outras formas de expressão por meio do universo lúdico dos bonecos”, enfatizou Rafael Lobato.

Transformação e inclusão

Coletiva Teatrar promove momento lúdico entre crianças do bairro Jambeiro, em São Luís. Foto: divulgação 

Em um cenário dominado pelas telas, a apresentação do mamulengo – tradicional teatro de bonecos marcado pela improvisação e pelo humor popular – para as crianças do Jambeiro representa um resgate da imaginação e da criatividade infantojuvenil. A iniciativa promove o respeito ao patrimônio cultural regional, que precisa ser preservado e transmitido às novas gerações. 

No evento, o envolvimento das crianças foi engajado, mas com alguns desafios; ao se deparar com os bonecos e narrações de histórias, o público acostumado ao entretenimento tecnológico, primeiramente, sentiu certa dificuldade em dar vasão à criatividade, mas com dedicação logo se sentiu à vontade para dar vida aos seus próprios contos por meio dos fantoches.

Foi uma tarde de fascínio e criatividade orgânica, construindo memórias especiais na vida de cada uma das crianças acolhidas pela magia do teatro.          

A importância da brincada é refletida pelo integrante, Darlysson Chagas, que exalta o momento de troca de saberes e o uso da arte como manutenção da infância em áreas de vulnerabilidade socioeconômica. "Percebemos o empenho de cada criança com a brincada feita, hoje observo a necessidade de artistas como nós e de grupos como o nosso em agir em comunidades vulneráveis à ação de conteúdos nada infantis para essas crianças, a iniciativa da coletiva Teatrar se faz necessária cada vez mais nas comunidades, e eu, como membro desse lindo projeto, rememoro o porquê eu quero fazer arte” citou.

A docente do curso de Teatro e coordenadora do projeto, Daiana Roberta, enfoca a beleza de compartilhar arte e o trabalho criativo produzido pela instituição para as crianças do bairro nas proximidades da Cidade Universitária. ”Fazer a brincada de bonecos na Praça Rio Doce, no Jambeiro, para nós, da Coletiva Teatrar, foi um momento de levarmos o Teatro de Bonecos para as crianças que não conheciam a linguagem. Nós ensinamos a animação do nosso Casimiro Coco para as crianças. Fiquei muito feliz, porque compartilhamos nossos saberes e levamos alegria e brincadeira para as crianças da comunidade do Jambeiro na área Itaqui-Bacanga. Esse é o nosso compromisso artístico-político. Nossa ação chega às praças, escolas e comunidades”, finalizou a docente.

A programação foi bem recepcionada pelos moradores da região, que solicitaram prontamente outra edição do evento.

A UFMA destaca o compromisso de promover democracia cultural para todos os públicos, independentemente de idade e classe. E celebra iniciativas como a Teatrar, que buscam inclusão para quem mais precisa, por meio da integração artística e estímulo criativo, superando os muros da Universidade.

Por: Elcyane Ayres

Fotos: divulgação 

Revisão: Jáder Cavalcante

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