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Professora do Departamento de Letras da UFMA integra grupo de tradutoras do livro “Raízes feministas”

publicado: 10/04/2024 10h14, última modificação: 10/04/2024 10h14
Professora do Departamento de Letras da UFMA integra grupo de tradutoras do livro “Raízes feministas”

A docente do Departamento de Letras da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), Émilie Audigier, integra time de tradutoras do livro “Raízes femininas” a obra é um lançamento da editora da Câmara dos Deputados com tradução da língua francesa para a língua portuguesa e está em seu segundo volume.

Com o marco do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922, houve uma movimentação de publicação de diversos artigos, conferências e eventos relacionada ao legado feminino nos moldes sociais, como a luta feminista, que segue destacando-se no cotidiano moderno. A obra busca abordar essa luta e os impactos que causou em mulheres de diferentes gerações, que buscam a circulação de ideias para defender os direitos das mulheres como também a necessidade de outras lutas por justiça social, associando a dimensão do gênero à de raça, classe e espiritualidade.

Émilie, que foi convidada para participar do projeto pela professora Marie-Hélène Torres da Pós-Graduação em Tradução da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), onde é pesquisadora permanente e desenvolve um projeto sobre as mulheres francesas feministas na História, explica sobre a sua tradução no capítulo “A mulher pobre do século XX” e a importância de contar a história de mulheres para difundir conhecimento sobre a luta dessas mulheres: “O capítulo da obra redigido e traduzido por mim e por Cláudia Grijó Vilarouca conta a história de Julie-Victorie Daubié, primeira mulher a obter um título de bacharel na França. Aos 37 anos, ela cumpriu seu próprio desejo de igualdade entre homens e mulheres na educação e no trabalho. Nesse livro, ela expressa sua maior preocupação: a condição econômica, moral e política das mulheres. E, no capítulo citado, aborda o ensino domiciliar, apontando a desigualdade e discriminação sofridas pelas mulheres. A autora francesa faz uma crítica mordaz à sociedade do seu tempo e defende um sistema em que a justiça e o dever imprescindível e mútuo de solidariedade entre os sexos e entre capital e trabalho prevaleciam” destaca.

Para Émilie, os benefícios de pesquisar em rede e unir-se a pesquisadoras mulheres de diferente universidades brasileiras e do exterior são imensos e enriquece cada participante intelectualmente. “A possibilidade de se mobilizar em torno de problemáticas e objetos literários em comum como foi com a temática da história do feminismo são essenciais. A coleção Raízes Feministas da Tradução foi idealizada e é coordenada por Ana Maria Chiarini (UFMG), Andreia Guerini (UFSC) e Karine Simoni (UFSC) e está em seu segundo volume, sendo o primeiro publicado em 2022, onde se dedicou aos estudos de mulheres italianas no contexto feminista” acrescenta.

A obra faz parte da coleção que integra a Linha Legado, concebida por um grupo de mulheres dedicadas a resgatar a produção intelectual feminina voltada para a defesa da igualdade de direitos e de oportunidades entre homens e mulheres muito antes do que é considerado o marco inicial da consciência feminina, no final do século XIX. O livro pode ser encontrado no site da editora da Câmara do Deputados de maneira gratuita em formato de PDF. 

Por: Karina Soares

Produção: Gabriel Jansen

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