Professora do Departamento de História da UFMA é selecionada para fazer parte da equipe de projeto aprovado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia de Portugal

O projeto “A Transcrição dos Processos da Inquisição Portuguesa (1536-1821)”, do qual a professora do Departamento de História da UFMA Marize Helena de Campos faz parte, foi selecionado para receber financiamento da Fundação para a Ciência e a Tecnologia (FCT), agência pública nacional de apoio à investigação em ciência de Portugal. A pesquisa tem por principal objetivo a transcrição de vasto acervo documental da Inquisição alocado no Arquivo Nacional da Torre do Tombo (ANTT), em Portugal, com base em uma metodologia de indexação e de transcrição de textos manuscritos.

Coordenada pelo professor Hervé Baudry do Centro de Humanidades (CHAM), da Universidade Nova de Lisboa (UNL), a pesquisa conta com um grupo interdisciplinar, formado por dez professores com vasta experiência na temática inquisitorial e paleografia. A professora informou que faz parte da equipe como investigadora, ao lado de outros nove pesquisadores, cujo projeto tem como investigador responsável o professor Hervé Baudry.

“Foram longos meses de preparo coletivo, mas os pareceres finais, que levaram o projeto a ser aprovado, nos encheram de orgulho e de certeza que será um belo e importante trabalho científico. Os pareceres destacaram o mérito científico e a natureza inovadora do projeto, inclusive do ponto de vista internacional; o mérito científico do pesquisador principal; o mérito científico da equipe de pesquisa; e a qualidade e viabilidade do plano de trabalho e dos indicadores esperados”, comentou a docente.

Segundo Marize Helena, o desenvolvimento da pesquisa será, em sua grande parte, realizado de forma remota em 18 meses, já que praticamente todo o acervo a ser transcrito consta da base digital do Arquivo Nacional da Torre do Tombo.

Marize Helena foi aluna de mestrado de Anita Novinsky, da Universidade de São Paulo (USP), pioneira e uma das mais importantes estudiosas da temática inquisitorial no Brasil, e já desenvolveu várias pesquisas na área da inquisição portuguesa, sobre processos contra mulheres na Inquisição do Grão Pará e Maranhão do século XVII, além ter domínio nos critérios da transcrição paleográfica, atributos que acredita que tenham sido decisivos para que o seu nome fosse escolhido para integrar a seleta equipe do professor Baudry.

“Estou muito honrada, pois levarei comigo o nome e o selo de excelência da Universidade Federal do Maranhão a um trabalho de nível internacional e de qualidade científica inquestionável, que certamente contribuirá para futuros e importantes estudos”, realçou a docente.

Por: Carlos Marques

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Revisão: Jáder Cavalcante