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Professor e mestrando de Comunicação Social lançarão livro sobre rádios comunitárias no bairro Anjo da Guarda
SÃO LUÍS - O professor do curso Comunicação Social Ed Wilson Araújo (foto em destaque) e o mestrando em Comunicação pela UFMA Saylon Sousa divulgam o lançamento do livro “Vozes do Anjo: do alto-falante à Bacanga FM”, produção focada na pesquisa sobre a formação e evolução do bairro Anjo da Guarda, a criação da emissora de alto-falante Rádio Popular e, dez anos depois, a fundação da rádio comunitária Bacanga FM. O livro será lançado em fevereiro, em data ainda a ser divulgada, em formato impresso, e-book e podbook, um áudio comentado com informações adicionais e comentários sobre a pesquisa.
A obra conta com o contexto histórico da comunicação popular no bairro e é fruto de uma pesquisa iniciada em 2016 pelos autores. No trabalho, foram feitas entrevistas, um levantamento de dados e pesquisa de campo, com personalidades que contribuíram para a formação e manutenção das rádios. “Quando batizamos o livro com o título ‘Vozes do Anjo’, a pluralidade de vozes e pessoas que ele significa vai ao encontro do sentido que as rádios implementaram no bairro. Atores, políticos, homens e mulheres envolvidos na rádio de alto-falante fundaram a Rádio Bacanga em 1988. Lideranças comunitárias, de movimentos sociais, as pastorais sociais e artistas, as personalidades das histórias das duas emissoras são moradores da comunidade, padres, estudantes, trabalhadores e trabalhadoras que estavam no dia a dia do bairro”, conta o docente.
A participação popular foi um grande fator na construção de uma comunicação comunitária, que serviu para unir e dar voz ao bairro, na análise de Saylon Sousa. “Conforme o bairro se desenvolve, a comunidade sente necessidade de se expor, falar e se fazer presente. Os meios de comunicação popular e comunitária são um espaço para isso, para mobilizações e teatro. Daí vem a rádio popular, o alto-falante. Era um espaço para as pessoas poderem manifestar o que almejavam, seus anseios, o que estava difícil. Era um espaço democrático e ainda é um local onde eles reverberam sua identidade”, avalia.
Todos os membros da rádio Bacanga FM são integrantes da comunidade, em que as pautas são criadas de forma orgânica, com interações, conversas e curiosidades do dia a dia. “Anteriormente, com o alto-falante, a programação era mais focada nas urgências, problemas da comunidade, informações e notícias. Quando vai para o dial, entra o aspecto mais jornalístico e de entretenimento. Tem o Cantinho do Rei, programa do Roberto Nilton; o Bacanga Comunidade, reggae, gospel, variedades, é uma rádio eclética”, diz o mestrando. A rádio atualmente tem vínculos com a Associação Comunitária do Itaqui-Bacanga e com comerciantes locais para a colaboração com os custos de manutenção.
Por: Andressa Algave
Revisão: Jáder Cavalcante