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Possível quarta onda de covid-19 foi o tema de debate no programa Rádio Opinião, da Rádio Universidade FM 106,9
“O mundo está entrando em uma quarta onda da pandemia do novo coronavírus”. Essa foi a avaliação feita pela Diretora Geral adjunta de acesso a medicamentos e produtos farmacêuticos da Organização Mundial de Saúde (OMS), a brasileira Mariângela Simão, na abertura do Congresso Brasileiro de Epidemiologia.
Apesar do avanço da vacinação e dos benefícios causados por esta no Brasil, como a diminuição de óbitos e o número de internações, causados pela covid-19, o mundo traz uma perspectiva preocupante a respeito da doença. Sobre o assunto, o programa Rádio Opinião da Rádio Universidade FM 106,9, entrevistou o diretor do Núcleo de Modelagem Covid-19 da Universidade Federal do Maranhão, o médico epidemiologista Antônio Augusto Moura.
O diretor explicou que no momento atual, o Brasil vive uma calmaria em relação à doença, porém temporária. “O Brasil está vivendo o bônus que foi a campanha de vacinação e também o bônus de uma onda muito forte que a gente teve da covid esse ano, no primeiro semestre. Muita gente teve covid e a gente sabe que a infecção dá uma imunidade temporária, então a pessoa fica protegida de se reinfectar num período curto de tempo. Infelizmente é um período curto, porque para a covid-19, não há imunidade permanente. A vacinação já chegou a percentuais bem elevados no Brasil, entre 60 a 70 por cento de imunização, e com isso o país, nesse momento, está vivendo uma calmaria. Essa calmaria, infelizmente é temporária”, alertou.
Moura ainda retificou a importância da continuação do uso de máscaras em lugares fechados e abertos com aglomerações e fez uma crítica à flexibilização do uso de máscaras nesses ambientes. “Nós estamos vendo o início de um processo que pode nos levar a uma nova onda da covid no país, no próximo ano, e a intensidade dessa onda vai depender de dois fatores: da cobertura que a vacina chegar e do comportamento em relação ao uso de máscara. Neste momento, a única medida defensável seria relaxar o uso de máscara em espaços aberto sem aglomeração. Fora isso, não é recomendável. A covid não foi embora, se baixarmos a guarda a próxima onda vai ser mais forte do que poderia ser”, declarou.
Confira a entrevista completa:
Por: Bruna Castro