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Pesquisadores da UFMA publicam trabalho sobre desenhos presentes nos azulejos do Maranhão em revista internacional

publicado: 22/10/2021 15h07, última modificação: 25/10/2021 16h25
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Um trabalho conjunto entre pesquisadores da UFMA foi divulgado na revista internacional Ethnobiology Letters, no dia 8 de outubro. Com o título “A Flora dos Azulejos no Maranhão”, a pesquisa foi produzida pelos docentes Lucas Cardoso Marinho, do Departamento de Biologia (DBIO), e Fabiane Rodrigues Fernandes e Livia Flavia de Albuquerque Campos, ambas do Departamento de Desenho e Tecnologia (DDET), além de mais três alunos do curso de Biologia: Alícia Ewerton, Amanda Garcia e Leandro Menezes.

O professor Lucas Marinho contou que o objetivo do trabalho foi identificar os azulejos que tenham algum tipo de elemento semelhante a uma planta, ramo, flores ou folhas e, com base nisso, identificar a espécie. “Obviamente que há dificuldade porque muitos desses elementos são estilizados, mas algumas espécies foi possível identificar, ou pelo menos a família. Concluímos que todas as plantas ilustradas nos azulejos são de origens europeias, dos países de origem deles, embora algumas, como as roseiras, parreiras e tulipas, sejam cultivadas aqui no Brasil”, explanou.

A pesquisa começou a ser pensada em 2019 e desenvolvida a partir de 2020, mas, por conta da pandemia, foi produzida de forma mais lenta. “Os alunos fizeram um levantamento sobre os azulejos, depois identificamos os desenhos e, por último, escrevemos. Para essa identificação das ilustrações, utilizamos o método de associação aproximada. Reconhecemos os elementos fitomórficos, identificamos a forma e associamos às famílias botânicas. A família mais representada é das asteráceas, da qual fazem parte girassóis, margaridas e cravos”, detalhou o docente.

Marinho acrescentou que o trabalho tem importância multidisciplinar para profissionais tanto do Brasil quanto de outros lugares do mundo: “É importante tanto do ponto de vista do design, arquitetura e história quanto do ponto de vista biológico, da botânica. Além disso, nossa conclusão tem uma importância para a sociedade em geral, porque, embora essas plantas não sejam nativas e de certa forma não representem nada afetivo, o próprio azulejo em si, independentemente da planta grafada nele, se tornou algo típico e pertencente à população maranhense”.

Por: Kaio Lima

Produção: Laís Costa

Revisão: Jáder Cavalcante

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