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SÉRIE PRÊMIO FAPEMA 2024
Pesquisador da UFMA é premiado na 19ª edição do Prêmio Fapema por estudos sobre a aplicação da inteligência artificial na oftalmologia

O professor e pesquisador da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), João Dallyson Sousa de Almeida, foi premiado na categoria Pesquisador Sênior na 19ª edição do Prêmio Fapema. O reconhecimento foi concedido pelo trabalho desenvolvido na área de Ciências Exatas e Engenharias ao longo de quase quinze anos, principalmente, na área de processamento de imagens oftalmológicas e na aplicação de inteligência artificial para o diagnóstico e a triagem de doenças oculares.
Com formação em Ciência da Computação, Dallyson iniciou sua trajetória acadêmica na UFMA, onde concluiu a graduação (2007), o mestrado (2010) e o doutorado (2013), ambos em Engenharia de Eletricidade, com ênfase em processamento de imagens médicas. Desde 2013, atua como professor e pesquisador na UFMA, sendo atualmente Professor Associado II e vice-coordenador do Programa de Pós-Graduação em Ciência da Computação.
Dallyson dedica-se ao desenvolvimento de soluções tecnológicas para a detecção automática e diagnóstico de doenças oftalmológicas, como estrabismo, glaucoma e retinopatia diabética, utilizando técnicas avançadas de aprendizado de máquina e visão computacional. Seu trabalho resultou em sistemas inovadores para a triagem de pacientes, permitindo diagnósticos mais rápidos e acessíveis.
O pesquisador é coordenador do Laboratório de Visão e Processamento de Imagens (VipLab), que mantém parceria com o professor Geraldo Braz. O VipLab integra o Núcleo de Computação Aplicada (NCA), onde colabora com estudos dos pesquisadores da UFMA Aristófanes Silva, Anselmo Paiva e Jorge Meirelles.
Um estudo recente, publicado em um ranking global de publicações e citações na área de Inteligência Artificial (IA) e Estrabismo, destacou um grupo de pesquisadores da UFMA como um dos três mais influentes do mundo na aplicação de IA para o diagnóstico da condição. Esse reconhecimento posicionou a UFMA como a terceira maior instituição em número de publicações sobre o tema, ficando atrás apenas da Universidade Johns Hopkins e da Universidade Vanderbilt, ambas nos Estados Unidos.
O ranking analisou as 146 publicações mais relevantes no mundo entre 2002 e 2023, por meio de uma análise bibliométrica conduzida pela Faculdade de Medicina da Universidade de Zhejiang, na China.
João Dallyson ressalta a importância do reconhecimento para consolidar os avanços de seu grupo de pesquisa. “Esse prêmio reconhece um trabalho que não é só meu, mas de um grupo de pesquisa, do VipLab, que envolve pesquisadores parceiros e, principalmente, os alunos de graduação, mestrado e doutorado que passaram e ainda atuam no laboratório. É gratificante ver esse esforço sendo valorizado”, afirma o pesquisador.
Além disso, sua pesquisa se expande para outras áreas da saúde, incluindo segmentação de massas pancreáticas em imagens de tomografia computadorizada (CT), reforçando a aplicabilidade das técnicas de IA em diferentes especialidades médicas.
Entre 2016 e 2018, Dallyson coordenou o Programa de Bolsas de Iniciação Científica (PIBIC-UFMA), onde implementou melhorias tecnológicas no sistema de bolsas, automatizando processos e integrando o sistema com a Plataforma Lattes. Desde 2019, é Bolsista Produtividade em Pesquisa do CNPq (Nível 2), reconhecimento concedido a pesquisadores com produção científica de destaque.
Com 28 premiações acadêmicas, Dallyson tem seu trabalho amplamente reconhecido. Entre os principais prêmios, destacam-se:
Prêmio FAPEMA de Melhor Dissertação (2010)
Finalista do Prêmio SUS C&T (2012)
Finalista do Prêmio FAPEMA – Tese de Doutorado (2014)
Prêmio FAPEMA Jovem Cientista (2023) – como orientador
Melhor artigo na conferência internacional ICEIS 2024
Menção Honrosa e Medalha Eduardo Campos – Prêmio Mais IDH para a Ciência (2015)
Oito premiações por orientação de trabalhos PIBIC e PIBITI
Prêmio FAPEMA Pesquisador Sênior (2024)
Além disso, seus trabalhos científicos são amplamente publicados em periódicos internacionais de alto impacto, consolidando sua atuação como referência na área.
Olhando para o futuro, o professor enfatiza a importância de transformar as pesquisas em produtos acessíveis à população. “Nosso principal objetivo é que essas soluções tecnológicas cheguem, de fato, às pessoas. Queremos desenvolver ferramentas que possam ser usadas na triagem e no diagnóstico precoce de patologias, garantindo um impacto social significativo, além de contribuir com a formação de novos pesquisadores”.
Com uma trajetória consolidada na pesquisa e na docência, iniciada em 2013, o professor segue impulsionando o desenvolvimento da inteligência artificial na medicina e reforçando a UFMA como referência na área.
Por: Amanda Cibelly
Produção: Sarah Dantas
Revisão: Jáder Cavalcante