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Pesquisador da UFMA descreve nova espécie de bromélia
O pesquisador da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Elidio Guarçoni desenvolveu o estudo “Vriesea badinii (Bromeliaceae, Tillandsioideae), uma nova espécie de Ouro Preto, Minas Gerais, Brasil”, que descreve e ilustra uma nova espécie de bromélia que se encontra ameaçada. O trabalho conta com a parceria dos doutores e especialistas na família, Andrea Ferreira Costa, do Museu Nacional do Rio de Janeiro, e Igor Kessous, do Instituto Federal do Sul de Minas (IFSULDEMINAS). A revisão está vinculada à Coordenação de Ciências Naturais Biologia.
A iniciativa se refere a uma revisão de uma espécie de bromélia que ocorre em Minas Gerais e tem o intuito de conhecer a biodiversidade e propor áreas de conservação. O pesquisador, Elidio Guarçoni, explica como foi o processo de revisão. “Quando a gente vai fazer revisão de um grupo botânico, a primeira coisa que a gente faz é olhar, procurar saber quais plantas já estão coletadas. E hoje a gente faz isso como? Olhando nas bases de dados on-line, que é o SpeciesLink e Jabot. Terminou de olhar nas bases de dados on-line? A gente vai conferir, em herbário, se aquelas plantas que já foram coletadas, se a identificação delas está correta ou não. E aí, sim, a gente vai a campo, fazer novas coletas, em locais onde ainda não houve coletas, justamente observando essas bases de dados. Então, durante a consulta a herbários, é que nós encontramos essa exsicata, que é uma espécie nova. Essa planta estava no meio das plantas, nós a observamos, não conseguimos identificar, e aí partimos para um estudo para ver se era uma espécie nova ou não”, detalhou o professor.
Elidio Guarçoni compartilha como surgiu a iniciativa em realizar o trabalho e pontua as dificuldades enfrentadas. “Estava fazendo a revisão das espécies que ocorrem no Maranhão e estão depositadas no herbário BMA e acabei encontrando exsicatas do meu doutorado; a nova espécie é uma dessas exsicatas. Em relação à nova espécie, a dificuldade é saber como ela se encontra hoje, já que ocorre em uma área sujeita a fogo constante e numa região extremamente explorada pelas mineradoras”, ressaltou o pesquisador.
Como benefício, o estudo pode ajudar a gerar um novo ponto turístico para Ouro Preto, proporcionando visitações e observações da fitodiversidade da área. A nova espécie foi descoberta a 1.500m de altitude. Na região, está localizada a "Estrada Real" e ainda extremamente conservada.
Por: Aline Vitória
Fotos: arquivo pessoal
Revisão: Jáder Cavalcante