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Pandemia de covid-19 ainda presente

publicado: 12/07/2022 11h01, última modificação: 12/07/2022 16h16
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Os números revelam que os casos de covid-19 vêm subindo no Brasil. O Conselho Nacional de Secretários da Saúde (Conass) alerta que o país está atualmente com uma média móvel de 57.798 mil novos casos e 246 óbitos em sete dias de casos. No final de junho, essa taxa estava em 56.462, novos casos e 217 óbitos. No Maranhão, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde, já foram registrados 1.546 novos casos, nenhum óbito nas últimas 24 horas, totalizando 10.907 casos desde o início.

Segundo informações publicadas no site BBC News, o coronavírus também parece estar por trás da maioria das ocorrências de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) no Brasil. O Boletim InfoGripe, da Fundação Oswaldo Cruz (FioCruz), revela que 71,2% delas foram devido à covid-19 nas últimas semanas. No caso das mortes por SRAG, essa taxa é ainda mais alta: 96,4%.

A médica, pesquisadora da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) e integrante do comitê de especialistas da Organização Mundial da Saúde (OMS), Margareth Dalcolmo, afirma que “As próximas semanas não serão fáceis”. Para ela, o momento atual da pandemia de covid-19 pede a conscientização sobre mais rigor com as medidas não farmacológicas para combater o Sars-CoV-2, como o uso de máscaras de proteção, sobretudo em ambientes fechados, e a higienização das mãos.

“Não há dúvidas de que há um aumento epidemiológico de casos da covid-19 a partir do aparecimento das novas variantes e subvariantes da cepa ômicron no mundo e inclusive no Brasil. Não é surpreendente que isso esteja ocorrendo na medida em que nós sabemos que essas cepas têm o que nós chamamos de escape vacinal. Ou seja, elas contaminam pessoas vacinadas mesmo com três, quatro doses de vacina”, afirmou Dalcolmo.

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Ela explicou ainda que a característica clínica dos casos observados é de menor gravidade, exatamente porque as vacinas protegem contra a gravidade de doença e evitam hospitalizações e, evidentemente, os procedimentos de doença grave. “Então, não há dúvida de que os casos são menos graves, porém, a taxa de transmissão é altíssima. Enquanto a cepa original da covid-19 tinha um R (que é aquela taxa de transmissibilidade) de aproximadamente 2,5, 3,0, essas cepas têm R de 10. Ou seja, 100 pessoas contaminam 1000 pessoas. Então, isso faz com que a transmissão da comunidade, considerando que muita gente, digamos, relaxou com as medidas não farmacológicas, sobretudo o uso de máscaras em ambiente fechado — o que eu sou particularmente contra. Eu sempre disse que era para manter o uso de máscara enquanto não houvesse um controle epidêmico mais efetivo, e isso foi relaxado muito”, completou.

Analisando esses dados em crescimento, o virologista e coordenador da Rede Corona-Ômica do MCTI (Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações), que monitora e sequencia o genoma do vírus circulante no país, Fernando Spilki comenta: "Estamos observando esse processo desde metade de abril, mas com um ritmo maior agora. É o início de uma quarta onda, mas, felizmente, ainda não se compara ao que o Brasil já passou".

Ele lembra que a presença de variantes com alta transmissibilidade, o relaxamento de medidas preventivas e a redução da imunidade contra a covid-19 meses após a vacinação são fatores que explicam o aumento de casos. Ao mesmo tempo, com a vacinação avançada, casos não têm mesma gravidade de ondas anteriores.

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Ação na UFMA

A Universidade Federal do Maranhão determinou, por meio da Resolução 415-2022, que trata do retorno presencial gradual das suas atividades no seu Artigo 3º, parágrafo 3º, que “todas as atividades presenciais, seja em local aberto ou fechado, no âmbito da UFMA serão realizadas obrigatoriamente com o uso de máscaras”. Completando, no Artigo 29, destaca que “os procedimentos prioritários para garantir a segurança em saúde são: I - ciclo vacinal completo (duas doses ou dose única); II - higienização das mãos, preferencialmente lavando-as com água e sabão; e III - uso de máscaras.”

Na UFMA, depois da retomada presencial gradual, tem havido, casos de infecção por covid-19 que se tornaram graves, inclusive com internações. Há casos de infecção de servidores, de componentes da gestão superior e de alunos. Todos esses registros levam a UFMA a ressaltar a necessidade vital de que a população continue mantendo os seus cuidados básicos contra a covid-19: completar o seu ciclo vacinal; usar máscaras, em locais fechados e abertos; fazer a higienização das mãos com água e sabão ou álcool em gel e circular na Universidade, sempre com a máscara cobrindo nariz e boca.

O reitor Natalino Salgado instituiu, desde o início da pandemia (2020), um comitê de crise para acompanhamento do surto e para monitorar a situação na UFMA. “Não podemos baixar a guarda, o uso de máscara, a higienização das mãos, evitar aglomerações desnecessárias, assim como ter o ciclo vacinal completo, ainda são as medidas de prevenção mais eficazes”, alertou.

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Segundo o reitor, que também é médico, a UFMA foi a primeira instituição de ensino a decretar a suspensão de todas as atividades no início da divulgação da disseminação do coronavírus. “A UFMA está empreendendo uma campanha de educação para utilização dos equipamentos de biossegurança guardando sempre as condições sanitárias e o cuidado da preservação da vida”, enfatizou.

A UFMA reitera a importância de a comunidade universitária cumprir as medidas sanitárias contidas na Resolução n° 417 – CONSUN, de 31 maio de 2002, orientadas pelas autoridades de saúde e respaldadas pelo Comitê Operativo de Emergência de Crise – COE-UFMA decorrente do novo coronavírus (Sars-Cov2 e covid-19), para a prevenção e o controle dos riscos de transmissão em ambientes de trabalho. Qualquer sintoma de desconforto, procure uma unidade de saúde, e mantenha-se em isolamento domiciliar para evitar a transmissão.

Por: Sansão Hortegal

Revisão: Jáder Cavalcante

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