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Palestra de docente de Oceanografia da UFMA abre os trabalhos na Semana do Meio Ambiente no Porto do Itaqui
As atividades da Semana do Meio Ambiente no Porto do Itaqui foram abertas com uma programação cheia. A solenidade, realizada na manhã do dia 6 de junho, contou com a presença de autoridades do executivo municipal e estadual e recebeu a palestra da professora Cláudia Kiose, do Departamento de Oceanografia e Liminologia da UFMA, para conversar sobre os impactos das mudanças climáticas sobre os oceanos. A Semana do Meio Ambiente conta com ações em parceria também com a Prefeitura de São Luís e o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema).
O evento, realizado no auditório da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), foi iniciado com a apresentação dos vencedores do concurso cultural de cartas e desenhos promovido pela Empresa Maranhense para os discentes do Instituto. As ações internas de preservação ao meio ambiente também foram apresentadas pela Emap, com a definição de um líder em cada setor, que instalará uma nova rotina, mais sustentável para os colegas de trabalho e sua respectiva instituição.
Em seguida, a professora Cláudia Kiose, também coordenadora do Laboratório de Estudos e Modelagem Climática (Laclima) da UFMA, iniciou as atividades da semana com a palestra de temática “Nós e o mar que queremos”, em que comentou que o Porto do Itaqui é um dos únicos do Brasil que já iniciou a redução de gases poluentes na atividade portuária. Ela enfatizou que o evento também precedeu as comemorações do Dia Mundial do Oceano e do profissional de oceanografia, no dia 8 de junho.
A palestra foi espaço para apresentar os fenômenos variáveis que provocam as mudanças climáticas e, consequentemente, afetam o comportamento do mar, a fauna e a flora das regiões costeiras, especialmente em regiões portuárias, que provocam mudanças brutas na forma como os animais e as plantas marinhas sobrevivem. Nesse sentido, o clima afeta diretamente o ecossistema marítimo, com o aumento das temperaturas internas, reduzindo a capacidade de reflexo do calor e da luz e ameaçando a vida marinha.
O evento, que foi transmitido pelo Canal Institucional do Diretório Acadêmico de Oceanologia (Daoc), destacou os impactos ambientais sofridos nas regiões costeiras do Maranhão, com iniciativas desenvolvidas para amenizar o fluxo térmico global que ajuda não só o estado, mas todo o mundo a não superaquecer e preservar as vidas no mar. A acidificação dos oceanos oriunda da ação humana nas águas, o desequilíbrio do pH do mar, a extração de petróleo, a queima de combustíveis fósseis e o descarte irregular de resíduos sólidos foram citados como impeditivos para o desenvolvimento de microrganismos marinhos propícios à vida marinha.
Por fim, a vida urbana foi levantada como outro fator que afeta a saúde do os oceanos, por causa dos fenômenos geográficos da superfície que alcançam as regiões costeiras, em que a urbanização não estuda as espontaneidades do mar, especialmente em São Luís, que apresenta uma das maiores variações de maré e que, ainda, despeja resíduos sólidos sanitários direto no leito marítimo.
Para assistir a íntegra da solenidade, a gravação está disponível no Canal do Youtube do Daoc.
Por: Carlos Alcântara
Produção: Bruna Castro
Revisão: Jáder Cavalcante