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Palestra de docente de Oceanografia da UFMA abre os trabalhos na Semana do Meio Ambiente no Porto do Itaqui

publicado: 14/06/2022 09h20, última modificação: 15/06/2022 14h49

As atividades da Semana do Meio Ambiente no Porto do Itaqui foram abertas com uma programação cheia. A solenidade, realizada na manhã do dia 6 de junho, contou com a presença de autoridades do executivo municipal e estadual e recebeu a palestra da professora Cláudia Kiose, do Departamento de Oceanografia e Liminologia da UFMA, para conversar sobre os impactos das mudanças climáticas sobre os oceanos. A Semana do Meio Ambiente conta com ações em parceria também com a Prefeitura de São Luís e o Instituto de Educação, Ciência e Tecnologia do Maranhão (Iema).

O evento, realizado no auditório da Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), foi iniciado com a apresentação dos vencedores do concurso cultural de cartas e desenhos promovido pela Empresa Maranhense para os discentes do Instituto. As ações internas de preservação ao meio ambiente também foram apresentadas pela Emap, com a definição de um líder em cada setor, que instalará uma nova rotina, mais sustentável para os colegas de trabalho e sua respectiva instituição.

Em seguida, a professora Cláudia Kiose, também coordenadora do Laboratório de Estudos e Modelagem Climática (Laclima) da UFMA, iniciou as atividades da semana com a palestra de temática “Nós e o mar que queremos”, em que comentou que o Porto do Itaqui é um dos únicos do Brasil que já iniciou a redução de gases poluentes na atividade portuária. Ela enfatizou que o evento também precedeu as comemorações do Dia Mundial do Oceano e do profissional de oceanografia, no dia 8 de junho.

A palestra foi espaço para apresentar os fenômenos variáveis que provocam as mudanças climáticas e, consequentemente, afetam o comportamento do mar, a fauna e a flora das regiões costeiras, especialmente em regiões portuárias, que provocam mudanças brutas na forma como os animais e as plantas marinhas sobrevivem. Nesse sentido, o clima afeta diretamente o ecossistema marítimo, com o aumento das temperaturas internas, reduzindo a capacidade de reflexo do calor e da luz e ameaçando a vida marinha.

O evento, que foi transmitido pelo Canal Institucional do Diretório Acadêmico de Oceanologia (Daoc), destacou os impactos ambientais sofridos nas regiões costeiras do Maranhão, com iniciativas desenvolvidas para amenizar o fluxo térmico global que ajuda não só o estado, mas todo o mundo a não superaquecer e preservar as vidas no mar. A acidificação dos oceanos oriunda da ação humana nas águas, o desequilíbrio do pH do mar, a extração de petróleo, a queima de combustíveis fósseis e o descarte irregular de resíduos sólidos foram citados como impeditivos para o desenvolvimento de microrganismos marinhos propícios à vida marinha.

Por fim, a vida urbana foi levantada como outro fator que afeta a saúde do os oceanos, por causa dos fenômenos geográficos da superfície que alcançam as regiões costeiras, em que a urbanização não estuda as espontaneidades do mar, especialmente em São Luís, que apresenta uma das maiores variações de maré e que, ainda, despeja resíduos sólidos sanitários direto no leito marítimo.

Para assistir a íntegra da solenidade, a gravação está disponível no Canal do Youtube do Daoc.

Por: Carlos Alcântara

Produção: Bruna Castro

Revisão: Jáder Cavalcante

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