Núcleo de pesquisa da UFMA lança guias sobre Inteligência Artificial para auxiliar organizações e universidades na transição digital

O Núcleo de Inteligência de Dados (NID), vinculado ao Laboratório de Convergência de Mídias (LABCOM) da Universidade Federal do Maranhão (UFMA), lançou dois novos guias focados no uso estratégico da Inteligência Artificial Generativa (IAG). O objetivo é auxiliar organizações públicas, privadas e entidades do terceiro setor a incorporarem essa tecnologia em seus processos, além de oferecer suporte às universidades no processo de internacionalização acadêmica.

Os guias estão disponíveis para download gratuito no site do NID e foram desenvolvidos como parte de uma iniciativa de popularização e aplicabilidade prática da IA. Um dos guias aborda a automação de processos organizacionais com inteligência artificial, enquanto o segundo foca no uso da IA na internacionalização de instituições do ensino superior. Segundo o coordenador do NID e professor do curso de Comunicação, Márcio Carneiro, a criação dos guias está alinhada com a missão do núcleo de "tangibilizar a tecnologia para a sociedade", facilitando a transição digital para organizações que buscam otimizar processos e aumentar a produtividade.

"Esses guias fazem parte de uma das linhas de atuação do NID. Eles transferem o conhecimento acadêmico e científico para as organizações que querem iniciar sua transição digital de maneira orientada", explica o professor. Ademais, o coordenador ressalta que outros dois guias já estão em desenvolvimento, um voltado para a indústria do audiovisual e outro para análise de mídias sociais.

Automação de processos organizacionais usando IA

O primeiro guia, focado em organizações, oferece uma abordagem prática para o uso da IA generativa em diversas áreas, como comunicação, marketing e educação. Ele propõe soluções que ajudam a automatizar tarefas repetitivas e demoradas melhorando a eficiência e o desempenho das instituições. O material também alerta para os riscos e as limitações do uso da IA, especialmente em contextos que exigem precisão e confiabilidade de informações.

"O guia trata das primeiras questões que uma organização deve considerar: quais são os riscos, quais processos podem ser automatizados e como começar essa transição", destaca o professor Márcio. Ele ainda salienta que a IA generativa, embora seja muito útil para gerar conteúdos e testar ideais, não é indicada para entregar informações precisas, sendo importante entender onde e como utilizá-la de forma segura.

Entre os exemplos práticos incluídos no guia, estão as aplicações em setores como recursos humanos, onde a IA pode automatizar o processo de criação de anúncios de vagas, estruturação de entrevistas e outros procedimentos administrativos. "Ela substitui o processamento humano em tarefas repetitivas, economizando tempo e proporcionando ganhos de produtividade", completa Carneiro.

Utilização de Inteligência Artificial no Setor de Internacionalização de Universidades

O segundo guia, foi pensado para instituições de ensino que desejam otimizar seus processos de internacionalização com o auxílio de inteligência artificial. O material explora como a tecnologia pode facilitar a criação de parceiras internacionais, automatizar processos administrativos e oferecer suporte multilíngue em tempo real pra estudantes estrangeiros.

O guia aborda oito áreas de atuação dentro do setor de internacionalização e inclui comandos (prompts) para que os gestores possam utilizar ferramentas como GPT-4 para gerar conteúdos personalizados. "Esse guia é um dos primeiros no Brasil com foco específico na internacionalização de universidades com IA. Ele oferece soluções práticas que podem ser aplicadas por qualquer instituição que tenha interesse em adotar IA para ampliar sua atuação global", afirma o professor.

Impacto social e educacional

O NID também tem por objetivo capacitar profissionais para o uso estratégico da IA, contribuindo para o desenvolvimento tecnológico no Brasil. Segundo Carneiro, a Inteligência Artificial é uma área de conhecimento relativamente antiga, mas sua subárea, a IA generativa, ganhou grande destaque nos últimos anos. "Estamos na fronteira desse conhecimento, oferecendo soluções e ferramentas práticas para que a sociedade e as organizações possam aproveitar essa tecnologia de forma eficiente", conclui o coordenador do NID.

Com esses lançamentos, a UFMA se mantém à frente na inovação e na democratização do acesso à tecnologia, colaborando diretamente com a transição digital de diferentes setores. Para mais informações e para acessar os guias, os interessados podem visitar o site oficial do NID ou site oficial do LABCOM.

Por: Geovanna Selma com informações do NID

Revisão: Jáder Cavalcante