Notícias
No mês em que é celebrado o Orgulho LGBTQIA+, UFMA cria a Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ação Afirmativa
Pautada pelos princípios de inclusão e diversidade, a Universidade Federal do Maranhão (UFMA) reafirma diariamente seu compromisso com a integração por meio de ações e políticas voltadas para a promoção da igualdade de gênero. Hoje, 28 de junho, Dia Internacional do Orgulho LBTQIA+, a Universidade anuncia a criação da Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ação Afirmativa (DIDAAF).
Instituída na gestão do atual reitor da UFMA, Fernando Carvalho Silva, a Diretoria será fundamental na promoção da cultura acadêmica inclusiva e na implementação de políticas que visam combater a discriminação, não somente de gênero, como também racial. A diretoria foi criada em resposta à crescente necessidade de enfrentar preconceitos e promover um ambiente seguro e acolhedor para todos os membros da comunidade universitária.
O reitor da UFMA, Fernando Carvalho, destaca a criação da Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ação Afirmativa, que promoverá políticas contra discriminação, assédios e preconceitos, como um passo inédito para um ambiente acadêmico mais justo e inclusivo.
"Essa é a realização de mais um compromisso do nosso programa de gestão, que é a criação da nossa Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ação Afirmativa, que será responsável pela política educacional de prevenção e enfrentamento a todas as formas de discriminação, assédios e preconceitos. Esta é uma iniciativa inédita na nossa Universidade, um passo firme em direção a um ambiente acadêmico mais justo e inclusivo”, sublinha.
Entre seus objetivos, a DIDAAF propõe a valorização nos espaços administrativo e acadêmico da diferença e da diversidade; inclusão de segmentos societários historicamente discriminados – negros, indígenas, quilombolas, público LGBTQIA+, e promoção da igualdade e equidade de oportunidades e de tratamento de gênero, visando o fortalecimento da luta política e acadêmica de e para uma UFMA plural, respeitosa da diversidade e inclusiva.
O diretor da DIDAAF, Acildo Leite da Silva, pontua que a Universidade, com seu papel educativo, é fundamental para ampliar as ações formadoras sobre as questões de valorização e respeito à igualdade de gênero e racial.
Além da política de acesso à Universidade, a Diretoria irá avançar com políticas de permanência para essas comunidades. Atuará como suporte institucional e de formação por meio de parcerias com outros órgãos, inserção do debate sobre essas temáticas nas matrizes curriculares, promoção da formação social, fóruns de discussão e ações educativas nas escolas, visando os alunos de ensino médio que serão os futuros discentes da instituição.
Promoção contínua da Inclusão - Em 2006, a Universidade implementou a política de ações afirmativas para ingresso na graduação. Segundo o diretor da DIDAAF, atualmente, 50% das vagas da graduação são destinadas a essas ações. Outro avanço significativo foi a implementação das ações afirmativas nos cursos de pós-graduação stricto sensu ou lato sensu gratuitos, por meio da Resolução n° 3.058-Consepe.
Essa medida tem o objetivo de promover a inclusão e permanência de diversos grupos, como pessoas com deficiência (PcD), negras (pretas e pardas), indígenas, quilombolas, trans (transgêneros e transexuais) e em situação de baixa renda. A política será aplicada nos processos seletivos periódicos e em fluxo contínuo para ingresso de discentes regulares nos cursos, abrangendo tanto programas de pós-graduação em rede quanto Projetos de Cooperação entre Instituições para Qualificação de Profissionais de Nível Superior (PCI).
A diretoria está vinculada a reitoria da Universidade e, dentro dela, existem a Divisão Gênero e Diversidade (Diged) e Divisão de Ação Afirmativa e Relações Raciais (Diafre).
Ampliação institucional – O diretor Acildo Leite enfatiza o papel fundamental da UFMA em promover ações de inclusão, acesso e permanência dessas comunidades na instituição. Acildo também destaca o significativo progresso da universidade com a criação da diretoria, que irá institucionalizar os diálogos e ações voltadas para a igualdade de gênero.
"Para mim, é até emocionante, me causa uma certa emoção. Eu acho que a população negra, indígena, LGBTQIA+, quilombola, de fato, está recebendo da Universidade a criação de um espaço institucional na gestão superior da Universidade. Eu penso que, com a diretoria, nós iremos avançar, porque saímos de um trabalho quase que voluntário, de professores, pesquisadores e estudiosos que têm um compromisso político, para ter um espaço institucional de ampliação da diversidade. A diretoria tem potencialidade para sairmos apenas do direito ao acesso para ampliar a permanência, e essas ações serão desenvolvidas com outras pró-reitorias, pois a diretoria irá trabalhar com a transversalidade. Ter uma divisão voltada para a diversidade de gênero, com possibilidades concretas de tratar dessas pluralidades de gênero na comunidade LGBTQIA+, é extremamente importante, sobretudo neste dia de hoje. A diretoria abre possibilidades para garantir o acesso e a plena participação desses estudantes e dessas estudantes dentro do espaço universitário. Por isso, acho que é importante esse dia para a Universidade, porque a gente começa a construir uma outra história a partir de um espaço institucional", finaliza.
Por: Sarah Dantas