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Mestranda do Programa de Pós-Graduação em Educação e Práticas Educativas do Câmpus Imperatriz lança o Curta “Marcas”
O curta-metragem “Marcas” é o produto final do mestrado profissional em Educação do Programa de Pós-Graduação em Educação e Práticas Educativas (PPGEPE) da UFMA Câmpus Imperatriz. A produção integra a dissertação de Susy Kelly Azevedo de Melo, intitulada “Narrativas de professoras da educação infantil sobre gêneros e sexualidade em uma escola pública municipal de Imperatriz-MA”, sob orientação do professor Jónata Ferreira de Moura, do PPGEPE-UFMA.
O roteiro mostra a trajetória de Regina, uma professora de meia idade, que enfrenta desafios relacionados a gêneros e sexualidades, representando tantas outras docentes que vivenciam situações semelhantes no cotidiano escolar.
Segundo a mestranda Susy Kelly Azevedo de Melo, responsável pela criação, a personagem Regina foi cuidadosamente elaborada a partir da fusão das quatro professoras pesquisadas, reunindo aspectos físicos e trajetórias de vida. “Regina é uma personagem ficcional construída a partir das narrativas das professoras participantes da pesquisa. Ela reflete tanto singularidades individuais quanto o coletivo de professoras da educação infantil”, detalha Susy Azevedo.
Baseado nas histórias de quatro docentes: Púrpura, Anne, Jaqueline e Grazielle, o curta transforma experiências reais em uma narrativa sensível e acessível, abordando temas como assédio sexual, homofobia e papéis de gênero.
Susy de Melo explica sobre a construção do roteiro. “O filme precisava retratar essas situações de forma direta, respeitosa e sensível, valorizando as histórias compartilhadas pelas professoras e respeitando os limites da plataforma onde o filme foi produzido”.
A opção pela animação surgiu pelo potencial de dialogar com públicos diversos, inclusive com crianças da educação infantil. “Gosto de como algo aparentemente leve nos proporciona reflexões profundas, que tocam, emocionam e dialogam com a criança que existe em cada um de nós”, acrescenta a mestranda.
O curta busca provocar reflexão sobre a naturalização dos papéis sociais de gênero e suas consequências, especialmente, para grupos historicamente subalternizados, como mulheres, pessoas negras e LGBTQIAPN+. “Espero que o filme incentive o diálogo dentro da escola, com famílias e entre profissionais da educação, ajudando a desconstruir estereótipos e promover respeito à diversidade”, destaca a mestranda.
Com cenas leves e uma trilha sonora envolvente, “Marcas” já tem despertado identificação em professores e estudantes, que reconhecem na trajetória de Regina partes de suas próprias vivências e desafios.
O curta está disponível no YouTube.
Por: Thátila Sousa - Núcleo de Comunicação CCIm
Imagem: Reprodução/ Youtube
Revisão: Jáder Cavalcante