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Mês de maio chama a atenção para as doenças inflamatórias intestinais

publicado: 20/05/2024 12h49, última modificação: 20/05/2024 12h49
Mês de maio chama a atenção para as doenças inflamatórias intestinais

Muitas são as enfermidades que impactam a qualidade de vida dos indivíduos, entre elas, as doenças inflamatórias intestinais (DIIs). Para reforçar a importância do tema, foi criada a Campanha Maio Roxo e instituída uma data no mês (19), para celebrar o Dia Mundial das Doenças Inflamatórias Intestinais. A Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), por meio de seus hospitais universitários, como o Hospital Universitário da UFMA (HU-UFMA), que oferece tratamento especializado na área e oportuniza de forma gratuita uma assistência de qualidade para os pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS). 

As principais DIIs são a retocolite ulcerativa e a doença de Crohn, que são doenças inflamatórias crônicas que desenvolvem, geralmente, dor abdominal e diarreia inflamatória (pode ter a presença de sangue, muco, pus) que evoluem oscilando em períodos de agravamento da inflamação e de melhora. Elas não têm cura até o momento, mas têm controle clínico.


Doença pode afetar vida profissional e pessoal quando não tratada

Um paciente com diarreia crônica desenvolve emagrecimento, diminuição do apetite, fraqueza, desidratação e apresenta dor abdominal crônica. Além disso, por muitas vezes não consegue fazer o controle, causando transtornos na vida social e na vida profissional. Por conta da dor abdominal, pode ficar dependente de medicamentos analgésicos e até mesmo de medicamentos opioides.

Rosilma Barreto, coloproctologista do HU-UFMA destacou que a doença de Crohn pode acometer desde a boca até o ânus e que a retocolite ulcerativa é uma doença restrita ao cólon e reto e que a prevalência dessas doenças no Brasil é de cerca de 100 casos para cada 100 mil habitantes. Segundo ela, não existe uma causa específica, mas os fatores de risco que influenciam a manifestação das doenças são: genética (herança de genes que torna uma pessoa mais propensa a desenvolver a doença); reação anormal do sistema imunológico a bactérias do intestino; fatores ambientais (vírus, bactérias, dieta, tabagismo, estresse e alguns medicamentos; vivência em área urbana (maior prevalência em países mais desenvolvidos); e idade (pode surgir em qualquer idade, mais provável entre os 10 a 40 anos).


Medicações adequadas permitem uma boa qualidade de vida

Nos últimos 20 anos, houve uma verdadeira revolução no arsenal terapêutico dessas doenças. Atualmente, existem medicamentos que alteram a história natural da doença, promovendo a cicatrização do intestino, e com isso, uma prevenção das complicações que podem acontecer quando o paciente não tem um tratamento adequado. Entre as complicações estão: hemorragia; perfuração intestinal; complicações infecciosas; fístulas; abscessos abdominais, condições que provocam muitas vezes internação hospitalar prolongadas e aumento da morbimortalidade.

Embora as DIIs não tenham cura, as medicações disponíveis permitem que as pessoas consigam ter uma boa qualidade de vida. Entretanto, é necessário seguir alguns cuidados, como uma alimentação saudável, acompanhamento médico adequado, evitar o uso do cigarro, entre outros.

Tratamento especializado

O HU-UFMA possui o Ambulatório da Gastroenterologia, que já realiza tratamento clínico e, este ano, o Serviço de Coloproctologia abriu um ambulatório, onde além do tratamento clínico, os pacientes têm a oportunidade de realizar tratamento cirúrgico, quando necessário. 


Sobre a Ebserh

O HU-UFMA faz parte da Rede Ebserh desde 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem pacientes do Sistema Único de Saúde (SUS) ao mesmo tempo que apoiam a formação de profissionais de saúde e o desenvolvimento de pesquisas e inovação.

 

Por: HU-UFMA

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