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Maranhão tem aumento de casos da covid-19

publicado: 10/01/2022 11h15, última modificação: 10/01/2022 19h44
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O Estado do Maranhão voltou a registrar um aumento de casos da covid-19. Até esse domingo, 9, foram 372.010 casos e 10.397 óbitos, segundo boletim da Secretaria de Estado da Saúde (SES). Só nas últimas 24 horas, foram registrados 83 novos casos, dos quais 16, na Grande Ilha, 31, em Imperatriz, e 36 nas demais regiões, e nenhum óbito.

O número de casos ativos – pessoas com covid-19 – teve alta e chegou a 2.588. Desse total, 2.404 foram orientados a ficar em isolamento domiciliar, 100 estão internados em enfermarias e 84 em leitos de Unidade de Terapia Intensiva (UTI).

Com o aumento dos casos de pessoas com covid-19 e mais o aumento de casos de pessoas com de H1N1 e H3N2, diversas medidas têm sido adotadas pelos governos municipal e estadual, para garantir a segurança da população.

Uma delas foi o cancelamento do carnaval 2022 em cidades como São Luís, São José de Ribamar, Pinheiro e Imperatriz, que já divulgaram a informação. Outra medida foi a renovação, por parte do Governo do Maranhão, do estado de calamidade pública, em virtude do aumento dos casos. A medida foi estabelecida por causa do atual momento da pandemia, em que novas variantes estão surgindo, a exemplo da Delta e da Ômicron, que já possuem registro de infecções no Brasil e têm alto grau de transmissão.

“A vida em primeiro lugar! Por conta do aumento de casos de Covid, 10% dos testes positivos, decidi pelo cancelamento do carnaval de São Luís este ano. Teremos um auxílio para quem faz o nosso carnaval, que será anunciado nos próximos dias. Nossa missão é cuidar das pessoas!”, declarou o prefeito da capital, Eduardo Braide.

Com esses casos de infecção por covid-19, a Grande São Luís enfrenta um aumento também nos casos de síndrome gripal causada pelo vírus Influenza, H1N1 e H3N2. Desde o fim do mês de dezembro de 2021, pacientes com sintomas gripais têm lotado hospitais em São Luís e na Região Metropolitana. O avanço dessas enfermidades levou o governo estadual a decretar a retomada do uso de máscaras em locais fechados.

“Temos a leitura de um acervo de indicadores que levaram a que nós dialogássemos com a equipe. Eu próprio participei de reuniões com médicos infectologistas para chegar a esse novo decreto”, afirmou o governador.

O novo decreto prevê que, em lugares abertos, o uso de máscaras passa a ser opcional em todo o Maranhão. Quanto a lugares fechados, a máscara é opcional para cidades com mais de 70% da população com 2 doses ou dose única. Para cidades com menos de 70%, em que estabelecimentos não exigirem comprovante de vacinação, o uso continua sendo obrigatório. Os prefeitos podem editar normas exigindo o uso da máscara, de acordo com a situação em cada cidade.

Na UFMA, o reitor Natalino Salgado, que também é médico, tem estado preocupado com a saúde e segurança da comunidade acadêmica e, por essa razão, desde o início da pandemia, ele criou o Comitê Operativo de Emergência de Crise (COE-UFMA), que se reúne constantemente para avaliar o atual cenário da pandemia e analisar o retorno ou não das atividades presenciais.

Segundo o reitor, não há nenhuma perspectiva, nos próximos dois anos, de eliminar completamente a pandemia pela covid-19 e com riscos de aparecer outras pandemias. "Há riscos, há previsões nesse sentido. Estamos vivendo um momento de grandes incertezas que não nos permite, hoje, dizer o que é que vai acontecer. Agora em janeiro, entraremos em um debate interno para analisar a situação pandêmica no mundo, no Brasil e no Maranhão, e verificar a possibilidade de retomada das nossas atividades. A Universidade está com o calendário muito razoavelmente ajustado para a gravidade da pandemia, se comparado com as outras universidades, o que a torna até exemplo para elas. Então, ainda não há uma definição sobre o retorno das atividades presenciais, mas tenho certeza de que as práticas laboratoriais vão permanecer”, explicou.

Ele enfatizou ainda que uma questão importante são as salas de aula com aglomeração. Em salas com baixa ventilação, o risco de contaminação é muito grande. “Com a influenza, o estado gripal, que também está ceifando vidas e sobrecarregando os hospitais, a comunidade está correndo dois riscos: a covid-19, com a cepa Delta, que está predominando; e Ômicron, que vem com uma velocidade, e, dificilmente, o Brasil ficará imune a essa situação”, detalhou.

Na sexta-feira, 7, a Universidade emitiu uma nota informativa sobre os últimos acontecimentos relativos aos casos de covid-19 no Maranhão. A nota elogia a atitude do prefeito de São Luís, Eduardo Braide, em cancelar o carnaval da capital. Em tempos de aumento dos casos de covid-19, bem como dos de Influenza, de crescimento da ocupação dos hospitais, UPAS e unidades de saúde, cancelar o carnaval é um ato de sensatez e responsabilidade. Convém registrar que essa atitude do prefeito de São Luís também se verifica em outros municípios do estado e do país, e elogia, também, o ato de decretação de calamidade pública pelo governador Flávio Dino, efetivado no dia 6 de janeiro, que perdurará até 31 de março deste ano. É uma atitude necessária ao enfrentamento dos casos novos, principalmente os ocasionados pela variante Ômicron.

Segundo a nota, para o primeiro semestre de 2022, estão sendo efetivadas as ações embasadas na análise do contexto da pandemia. Como sempre fez desde março de 2020, quando foi uma das primeiras universidades a decretar o ensino remoto/híbrido e a atividade administrativa remota, como necessária preservação da sua comunidade, a UFMA continuará levando em conta, para a continuidade das suas atividades de ensino, pesquisa e extensão, em primeiro lugar, a preservação da vida.

O reitor Natalino destacou que a Universidade está entre as cinco, num total de 69 universidades federais brasileiras, que conseguiram fazer um planejamento acadêmico, que seu deu em uma ampla discussão interna, com o apoio dos setores administrativos, diretores de centro e, desse calendário do segundo semestre de 2021, já está em finalização no dia 28 janeiro. “A UFMA mostrou um padrão de organização e responsabilidade, incorporou tecnologias, e fomos exemplares e pioneiros nessas estratégias”, afirmou.

Por: Sansão Hortegal

Revisão: Jáder Cavalcante

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