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I Festival Artes Sem Barreiras realiza premiação das categorias de dança, música, poesia e teatro

publicado: 19/10/2021 13h38, última modificação: 19/10/2021 23h43

Na manhã da última sexta-feira, 15, ocorreu a premiação do I Festival Artes Sem Barreiras (Fasb), promovido pelo Departamento de Letras (Deler), com o apoio da Diretoria de Acessibilidade (Daces), vinculada à Pró-Reitoria de Ensino (Proen) da Universidade Federal do Maranhão. A premiação contou com a entrega de tablets e valores em dinheiro.

A Diretora da Daces, Maria Nilza Oliveira, informou que a premiação se constituiu na classificação da apresentação dos trabalhos submetidos nos eventos on-line nas categorias de dança, música, poesia e teatro. “Essa premiação foi simbólica e procurou promover a valorização dos talentos de cada participante e estimulá-los a produzir mais obras artísticas, teatrais e musicais. Destaco a contribuição do estudante do curso de Letras – Inglês Antônio Mateus Cunha Pereira, que contribuiu na inserção de legendas em cada vídeo submetido, uma forma de garantir a acessibilidade a pessoas com deficiência auditiva”, comentou.

Ela ainda informou que cada categoria contou com três classificados, exceto a categoria de dança, que contou com apenas um competidor. “Os participantes avaliaram de forma positiva e sugeriram que ocorresse de forma anual. Estamos analisando essa proposta. Agradeço a colaboração na organização do Festival e do I Seminário Nacional Interdisciplinar em Linguagem e Acessibilidade Comunicativa dos docentes do Departamento de Letras, dos servidores da Diretoria e dos estudantes do curso de letras nas modalidades Inglês, Espanhol, Francês e Libras. Agradeço também o apoio dos quarenta monitores que tivemos”, pontuou.

A estudante do curso de Letras – Inglês da UFMA Jéssica de Lourdes Cantanhade Barbosa, vencedora da categoria “Poesia” e terceira colocada da categoria “Música”, explicou que a música apresentada foi desenvolvida alguns anos atrás e que, quando ficou sabendo do Festival, percebeu que suas produções artísticas combinariam com a proposta do evento.

Essa música permite que a autoestima das pessoas com deficiência seja levantada e que podem ter uma vida normal como qualquer outra pessoa, trabalhando, tendo uma família e ingressando em uma universidade pública. A poesia que eu criei tem a ver com a minha luta em dar visibilidade às pessoas com deficiência e contestar questões e direitos negados a elas, e lutar por mais políticas públicas inclusivas”, ressaltou. 

A mãe de Augusto Neto, segundo colado na categoria “Música”, Adriana Lima de Alencar, professora e instrutora de Libras na rede de ensino do Estado do Maranhão, descreveu que, desde pequeno, seu filho demonstrou aptidão pela música. “Desde os cinco anos de idade, meu filho começou a ter gosto musical, e, a partir de então, começamos a incentivá-lo a tocar instrumentos. Ele se identificou muito com o violão e foi aprimorando a arte de tocar ao passar do tempo. Essa música classificada foi composta pelo pai dele e tocada e interpretada por ele”, finalizou.

Cerimônia de premiação do Festival Artes Sem Barreiras

Confira os premiados:

Categoria Teatro

1º Simone Pereira - O patinho surdo

2º José Peixoto - Piada

3º Lenice Azevedo - Jesus Liberta

Categoria Poesia

1º Jessica Cantanhade - Espectro do saber

2º Ana Júlia Gomes - Recomece

3º Arenilson - Redes Sociais

Categoria Música

1º Profª. Suzana Lucas e grupo Louvenglish - Above All

2º Augusto Neto - Amor Especial

3º Jéssica Cantanhede – Nunca perdi a esperança

Categoria Dança:

1° Denis Fernandes Morais

Saiba mais

O I Seminário Nacional Interdisciplinar de Linguagem e Acessibilidade Comunicativa e o I Festival Arte Sem Barreiras foram realizados entre os dias 22 a 25 de setembro, de forma remota e tiveram como público-alvo professores, intérpretes de libras, instrutores de libras, professores da educação básica, gestores, pesquisadores, estudantes de graduação, familiares e movimentos sociais ligados à educação inclusiva, bilíngue e de surdos e com acessibilidade de pessoas com necessidades educacionais especiais.

A programação dos dois eventos contou com debates, mesas-redondas, minicursos, comunicações orais, pôsteres digitais e apresentações culturais; e objetivaram fortalecer ligações entre instituições de educação básica e superior, abrindo espaço para pesquisas científicas e estimular habilidades artísticas dentro de um ambiente democrático, contribuindo para a acessibilidade na comunicação de pessoas com deficiências, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação.

Por: Allan Potter

Produção: Marcos Paulo Albuquerque

Fotos: Luciano Santos

Revisão: Jáder Cavalcante

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