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Grupo de Trabalho “Acolher” analisa dados de pesquisa sobre as Mães na UFMA
A Pró-reitoria de Assistência Estudantis (Proaes), a Diretoria de Diversidade, Inclusão e Ações Afirmativas (DIDAAF) e o Coletivo de Mulheres Mães da UFMA delegaram representantes para constituírem um Grupo de Trabalho (GT) que vai propor ações com base nos resultados obtidos pela pesquisa sobre mães e pessoas que gestam na Universidade. Trata-se do GT “Acolher: ações e políticas para inclusão de mães e pessoas que gestam na Universidade", que iniciou suas ações na última segunda-feira.
Para Lissandra Cardoso, diretora de Atenção à Saúde do Discente da UFMA, a criação do GT é um passo essencial para iniciar a discussão das necessidades das mães, permitindo que as demandas sejam abordadas de forma mais precisa, comparando os dados obtidos no mapeamento com as experiências vivenciadas pelas mães. Ela explica que, “além de subsidiar projetos e políticas mais eficazes, essa iniciativa fortalece a construção de uma assistência estudantil mais inclusiva e eficiente, contribuindo para a redução da evasão e a promoção da equidade no ambiente acadêmico”.
A pesquisa foi realizada no início do semestre 2024.2 com base em um questionário que circulou por toda a comunidade universitária a partir dos sistemas institucionais. Foram enviadas 510 respostas por pessoas com filhos, entre docentes, discentes e TAEs. Pais de crianças pequenas (até 8 anos de idade) também puderam responder ao questionário, considerando a importância do compartilhamento das funções do cuidado e a diversidade na parentalidade.
Os resultados trazem diversas indicações em torno das principais demandas das mães, além de indicarem, numericamente, como estão distribuídas na Universidade. Com essas informações, que foram tratadas e cruzadas considerando as categorias que as mães ocupam na UFMA, o GT está elaborando o relatório técnico que tornará público um mapa descritivo, que será utilizado como referência para a proposta de nossas políticas institucionais.
Os gráficos indicaram, por exemplo, uma elevada demanda por espaços para amamentação, assim como por ações que apoiem o desenvolvimento das atividades pedagógicas das estudantes. Outra demanda apontada nas respostas foi pela adaptação de banheiros para comportarem a troca de fraldas e a disponibilização de infraestrutura para acolherem as mães que precisam levar suas crianças à Universidade.
Diante de tais indicações, o GT agora está em fase de levantamento de referências e de espaços disponíveis na UFMA para a construção do projeto de ação, que tem por objetivo fazer com que a Universidade contribua para a diminuição das desigualdades de gênero que se manifestam pelas práticas do cuidado majoritariamente atribuídas às mães.
Para Brenda Soares, doutoranda do Programa de Pós-Graduação em Políticas Públicas e representante do Movimento Mães da UFMA, “a implementação do GT em nossa Universidade representa um grande avanço para toda a comunidade universitária, sobretudo, para as mulheres-mães. Sem dúvidas, conseguiremos avançar no que diz respeito ao combate a uma das maiores causas de retenção e evasão escolar das mulheres: a falta de apoio quando se tornam mães”, avalia. E completa: “como estudante e também mãe, fico muito feliz e grata com a iniciativa, que é fruto também das lutas das estudantes organizadas.”

As próximas etapas de trabalho do GT estão previstas para o início do semestre 2025.1, quando serão realizados novos encontros para discutirmos o levantamento das referências e para a construção do texto do projeto. Também está prevista a divulgação dos dados quantitativos que foram identificados como relatório técnico, que poderá contribuir com o embasamento de outras pesquisas e propostas realizadas na UFMA.
Por: DIDAAF
Revisão: Jáder Cavalcante