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Grupo de Pesquisa LabPortos desenvolve ação sustentável e governamental no Porto do Itaqui
Reunindo gestores e representantes das gerências do Porto do Itaqui, a Empresa Maranhense de Administração Portuária (Emap), em parceria com a Universidade Federal do Maranhão (UFMA), por meio do Observatório Portuário, realizou a “Oficina de construção da nova matriz de materialidade Environmental, Social and Governance (ESG) do Porto do Itaqui 2025” no último 2 de julho.
A iniciativa faz parte do projeto Observatório Portuário, do Grupo de Pesquisa LabPortos, que atua na pesquisa, na análise e na propagação de informações sobre o setor portuário e o transporte aquaviário, sendo financiados pela Emap. Na coordenação do projeto, estão os professores do Departamento de Ciências Contábeis, Imobiliárias e Administração (DECC) Sérgio Cutrim e Tadeu Teixeira.
Na programação, Sérgio Cutrim apresentou a evolução da sustentabilidade, desde a filantropia até o ESG, e a relação com o setor portuário e ainda citou o objetivo do momento. “O objetivo foi fazer um primeiro mapeamento no processo de atualização da materialidade e dos stakeholders do Porto do Itaqui. De acordo com o conceito e padrão da Global Reporting Initiative (GRI), temas materiais representam os impactos mais significativos da organização na economia, no meio ambiente e nas pessoas — e o inverso também: temas que impactam a organização. Os impactos podem ser positivos ou negativos, reais ou potenciais. E os stakeholders são os indivíduos, grupos de indivíduos e organizações que afetam ou podem ser afetados pelas atividades, produtos ou serviços de uma organização e pelo desempenho associado a essa organização”, afirmou.

A atividade é a primeira oficina técnica dedicada à construção da nova materialidade ESG do Porto do Itaqui, ligada aos padrões internacionais da Global Reporting Initiative (GRI), versão 2021. “Durante o encontro, foram apresentados os fundamentos da nova abordagem da GRI, que orienta a identificação, avaliação e priorização dos impactos mais significativos, sejam eles positivos ou negativos, atuais ou futuros, como ponto de partida para definir os temas materiais que vão nortear a estratégia ESG e o relatório de sustentabilidade do porto. Com base em uma metodologia estruturada, os participantes iniciaram o mapeamento dos impactos e stakeholders, seguindo critérios como escala, alcance, caráter irremediável e probabilidade de ocorrência. Essa construção coletiva e técnica visa garantir que a materialidade reflita com precisão os desafios e as oportunidades do setor portuário maranhense no contexto da sustentabilidade global”, contou Sérgio Cutrim.
A oficina representa um avanço significativo para o fortalecimento da sustentabilidade na gestão portuária, possibilitando o engajamento das lideranças da Emap; orienta o planejamento estratégico; reforça a relação porto-cidade e promove a expansão da transparência institucional, posicionando o Itaqui entre os portos referência em práticas sustentáveis no Brasil.
“Na primeira fase da construção da materialidade, foram identificados e analisados vinte e seis temas materiais, divididos em cinco categorias: Desenvolvimento Econômico; Meio Ambiente; Infraestrutura; Segurança Social e Governança. Esses temas ainda serão analisados, filtrados e priorizados. Foram identificados e analisados vinte e dois stakeholders, divididos em cinco categorias: Governo; Órgãos Reguladores e Fiscalizadores; Setor Empresarial e Operacional; Trabalhadores e Suas Representações; Serviços Técnico-Marítimos; Comunidade e Sociedade Civil. Esses stakeholders ainda serão analisados, filtrados e priorizados”, menciona Sérgio Cutrim sobre as metas alcançadas com a programação.

A próxima etapa do projeto será a consolidação e validação dos temas materiais identificados, contando com a participação do público, entrevistas com outros stakeholders, especialistas externos, pesquisa por meio de formulários eletrônicos e aprovação pelo conselho da Emap. Com essa inciativa, a Universidade Federal do Maranhão ressalta sua dedicação em promover conhecimento com aplicabilidade, auxiliando para a gestão sustentável dos portos brasileiros e estimulando condutas ligadas aos critérios internacionais de sustentabilidade e governança.
Por: Aline Vitória
Fotos: divulgação
Revisão: Jáder Cavalcante