Fórum de Graduação conta com palestra sobre as Diretrizes Curriculares das Licenciaturas e os obstáculos da formação de docentes

A continuação do evento Fórum de Graduação 2021, iniciativa realizada pela Pró-Reitoria de Ensino (Proen) apresentou na manhã da quarta, 23, o terceiro painel da programação, intitulado “Diretrizes Curriculares das Licenciaturas”. A ocasião contou com o palestrante Mozart Neves Ramos, docente da Universidade de São Paulo (USP) e membro do Conselho Nacional de Educação (CNE), e a mediação da pró-reitora de Ensino, Isabel Ibarra Cabrera. A conversa teve foco na necessidade de novas medidas de profissionalização de docentes nos cursos de licenciatura e foi transmitida pelo Canal Institucional da UFMA no Youtube.

O painel abordou uma preocupação já pensada pela Proen sobre as complicações do ensino remoto, como contou a pró-reitora. “Nosso interesse maior como Pró-Reitoria de Ensino foi reestabelecer a docência por meio remoto, agora com o objetivo de fazer um projeto institucional de formação de professores, e para isso, precisamos ouvir a todos os setores”, apontou.

O debate sobre a formação acadêmica do professor é o fator mais importante do processo de ensino, destacou Mozart Ramos na sequência. “Esse tema ganha uma importância fundamental principalmente agora em função da pandemia da covid-19, que têm nos mostrado, infelizmente, já com os primeiros resultados de avaliações diagnósticas, que o impacto na aprendizagem tem sido terrível”, explicou.

A palestra do professor apontou esse impacto na descontinuidade do ensino pela adoção de novas ferramentas e técnicas que ainda não estão contempladas nas formações de licenciatura. O cenário da atualidade exige do professor e dos alunos novas competências para aprendizado, incluindo o uso de ferramentas digitais, a comunicação em diferentes contextos e usar esses meios para projeção de futuro e produção.

A palestra propôs a necessidade da mudança da Formação Inicial Docente (FID) para essa adaptação. Entre os problemas enfrentados pela licenciatura, estão as altas taxas de desistência da graduação; a baixa carga horária prática; a fragmentação curricular e a articulação com a educação básica. “O professor da universidade pública que vai se debitar, exclusivamente, à qualidade do ensino básico, que muitas vezes não tem reconhecimento dentro da academia. Precisamos entender o valor de quem tá cuidando da base de toda a educação”, declarou o docente.

Assista ao painel “Diretrizes Curriculares das Licenciaturas”:

Por: Andressa Algave

Produção: Laís Costa

Imagens: Thalia França