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FESTIVAL GUARNICÊ: uma itinerância em prol do cinema e da cultura
O Festival Guarnicê de Cinema, promovido há 44 anos pela UFMA, já é um evento consagrado no calendário cinematográfico brasileiro. Seu formato já está consolidado, com o recebimento e exibição de produções das mais distintas regiões do país, de cineastas e videoastas consagrados e iniciantes, gente de todas as idades e todas as criatividades.
Este ano, o festival deu um passo a mais na sua dinâmica. Logo após o fechamento do evento, que este ano foi híbrido (mostras presenciais e on-line; abertura e encerramento presenciais), a turma (equipe) que o promove saiu em comitiva para o interior do estado. Era a consecução de uma nova faceta do Guarnicê: a itinerância.
Com patrocínio da Equatorial Energia, Centro Elétrico e Instituto Cultural Vale, Governo do Estado do Maranhão por meio da Lei de Incentivo à Cultura, que bancaram a logística dessa iniciativa, a equipe do Guarnicê percorreu as estradas do Maranhão, chegando a Pinheiro, São Bento, Chapadinha, Timon, Imperatriz e Itinga do Maranhão. O formato do projeto contemplava o oferecimento de oficinas para jovens alunos de escolas públicas, estaduais e municipais, sobre como fazer vídeos no celular, com base na técnica do “stop motion” e exibição, em praça pública, de curtas metragens nacionais e um longa-metragem maranhense. Os curtas exibidos foram: A Incrível Aventura das Sonhadoras Crianças contra Lixeira Furada e Capitão Sujeira, As Novas Aventuras do Kaiser, Anastácio - o Vagabundo, Murada e Açaí. Os longas metragens foram: Muleque Té Doido - a lenda de D. Sebastião e Muleque Té Doido – Mais doido ainda.
Também nessas sessões ao ar livre, eram exibidas as produções dos alunos que participaram das oficinas. Em imperatriz, os alunos levaram até torcida para aplaudir o filminho (a produção) dos colegas.
A iniciativa da Proec-Dac efetiva um desejo antigo, que era o de levar o Festival Guarnicê para além dos muros da Universidade – e mais ainda: para além dos limites da Ilha de São Luís. Não é uma tarefa fácil, pois envolve (demanda) uma logística que envolve recursos financeiros e envolve um esforço concentrado de muita gente. Mas, no fim, a experiência mostrou que valeu muito a pena!
Chegando às cidades, o projeto levava cinema, cultura e, também, geração de renda. Isso porque as cadeiras, os equipamentos de tela, som, luz, o pipoqueiro que distribuía pipoca de graça durante a exibição na praça, o hotel para abrigar a equipe, a van que transportava pessoas e equipamentos, o restaurante, tudo, tudo era aproveitado localmente, deixando em cada município, além da alegria e do encantamento da sétima arte, recurso financeiro.
Contando os seis municípios, em média o projeto alcançou, de público assistente, cerca de 1.200 pessoas. E de alunos participantes das oficinas, em torno de 360.
É preciso registrar que foi fundamental o apoio dos órgãos governamentais, como o governo do Estado, por meio da Lei de Incentivo à Cultura; a Secretaria Estadual de Cultura; as prefeituras por onde o projeto passou e a direção das escolas participantes do projeto. Sem tantas mãos apoiando, seria impossível tirar o festival da capital.
Ao final dessa jornada, o que fica é a sensação de quão grandiosa é a tarefa da Universidade Federal do Maranhão, por meio de sua Pró-Reitoria de Extensão e Cultura: a tarefa de proporcionar ensino, pesquisa e extensão, mas também arte e cultura para a população maranhense, tarefa de ser um vetor de formação humana, na mais ampla acepção do termo – para a qual o projeto do Festival Guarnicê de Cinema Itinerante contribui, de forma efetiva.
Se depender de nós, todos os anos, assim que se apagarem as luzes das telas do festival, em São Luís, faremos com que elas se acendam pelos demais municípios maranhenses.
Rosélis de Jesus Barbosa Câmara
Diretora do Departamento de Assuntos Culturais (DAC-UFMA)
Zefinha Bentivi
Pró-reitora de Extensão e Cultura (PROEC-UFMA)
Marcos Fábio Belo Matos
Vice-reitor e diretor de Comunicação da UFMA
Revisão: Jáder Cavalcante